4 de out. de 2023

A luta por segurança nos portos Chilenos.

 União Portuária do Chile paralisará atividades para solicitar o reconhecimento de doenças ocupacionais.

O Sindicato Portuário do Chile informa que seus associados cruzaram os braços em um movimento social por dignidade, saúde e segurança na beira do cais numa paralisarão a ver navio na quarta-feira, 4 de outubro, de seus três turnos. O procedimento e um grande alerta ao Governo. Isto procura dar resposta a uma exigência histórica que se refere ao reconhecimento no Seguro social das doenças específicas do setor portuário que afligem os estivadores.

Neste contexto, a organização sindical informou que nos últimos meses o Sindicato Portuário do Chile realizou diversas reuniões com o Governo, mas não se chegou a um acordo que dessem respostas aos problemas de saúde e segurança. Hoje é imperativo ter um sistema de reforma antecipada por lei, uma vez que a modernidade dos portos fez florescer patologias e doenças profissionais que não discriminam idade ou sexo.

 “Os Ministérios do Trabalho e dos Transportes têm feito ouvidos de mercador às solicitações dos Trabalhadores Portuários em matéria de investimento e segurança social. Precisamos que as sociedades mútuas reconheçam as doenças que nos afligem hoje e não amanhã. Como trabalhadores portuários, também somos cidadãos infelizmente abandonados por uma deficiente rede do Serviço de Saúde Valparaíso-San Antonio (Ssvsa) que nos entusiasmou com a promessa de um hospital de primeira linha, que ainda não pode ser inaugurado por falta de profissionais e a saída dos diretores da capital da Região de Valparaíso”, acrescentou.

Por fim, a carta solicita esforços de se pôr fim às mortes de estivadores nas zonas portuárias do país, bem como a materialização de uma Lei Portuária.


A operação, ouvidos de mercador fez com que os estivadores fossem a sociedade demostrar a precarização que a modernização traz a saúde e segurança dos estivadores. E quem paga a conta disto e toda a sociedade, quanto o estado liberal e os empresários fazem operação, ouvidos mocós.

Barricadas, cruzadas de braços e manifestações em todos os portos chilenos.


Com barricadas armadas chamas e nuvens de fumaças vistas ao longe e de perto o movimento social por saúde e segurança na rotatória de acesso aos terminais STI e DP World, este e um dos episódios no porto de San Antonio.

Em Puerto Panul, o graneleiro Josco Guangzhou, está a ver navio, pois, seus trabalhadores se submeteram cruzaram os berços.

Estivadores da Região Bio Bio caminharam de mãos dadas pelas ruas do centro de Concepción. Nesta mobilização, a comunidade portuária percorreu as ruas Carrera, Castellón e O'Higgins com o slogan “Não + mortes nos portos”, exigindo segurança, saúde ocupacional e nova legislação portuária.

 


Os membros dos sindicatos ligados ao Sindicato Portuário da Grande Concepción completam esta marcha pacífica nos escritórios da Delegação Presidencial e do Governo Regional para deixar às autoridades uma cópia da carta endereçada pela unidade sindical ao presidente Gabriel Boric.

Ao nível nacional, a medida de cobrança por respeito a saúde e segurança estende-se por 22 terminais desde a Região de Tarapacá até à Região de Magalhães, somando um total de 6 500 trabalhadores portuários que mantêm as suas funções suspensas.

 O Sindicato Portuário do Chile empreendeu esta ação para fazer o procedimento de reflexão nos portos onde está presente devido à falta de avanços nas negociações com o Governo na exigência da modernização do setor, algo que a unidade sindical vem solicitando desde o movimento social por dignidade profissional de 2013/2014 que deu origem à Lei dos Portos Curtos que estabeleceu o horário do lanche de meia hora.

Desde então, os trabalhadores portuários – através de diferentes Governos – têm participado numa série de mesas redondas que, até à data, não tiveram resultados concretos. Vale lembrar que os dirigentes do Sindicato Portuário Chileno se reuniram no La Moneda com o presidente Gabriel Boric no final de julho do ano passado. O Presidente, neste quadro, transferiu para o chefe dos Transportes, Juan Carlos Muñoz, a responsabilidade de avançar nas diversas questões alegadas pelos portuários, mas não houve avanços, inclusive – da UPCH – apontam que as instâncias estavam “congelados”.

Junto a isso, os trabalhadores portuários solicitam o estabelecimento de uma série de direitos básicos aos quais hoje não têm acesso e uma modificação na Lei do Sistema Previdenciário que permita o saque antecipado de seus fundos de pensão.


Por fim, o Sindicato dos Portos enfatizou que os riscos da atividade portuária e a falta de preocupação do Estado com o assunto levou à morte de sete trabalhadores nos últimos 12 meses.

Com a palavra os maiores interessados.

 PORQUE NOS MOBILIZAMOS

A indústria de navegação mudou radicalmente nos últimos 25 anos. Isso obrigou a mudar as formas de operar nos portos, mas no Chile isso foi muito lento porque a legislação não foi modernizada e ficou em 99. Isso fez com que novas doenças surjam no trabalho portuário, principalmente causadas pela fadiga generalizada, que teve um papel importante nos acidentes fatais que ocorreram no último ano nos portos do país.

É por isso que pedimos a todos os governos e parlamentos que sejam feitas as mudanças legais para lidar com isso e até só vemos que as promessas feitas são travadas por poderes factivos que não querem mudanças, mesmo que sejam os trabalhadores a pagar os custos com sua saúde e suas vidas.

As exigências legais são:

• Lei do Porto que permita dar segurança aos trabalhadores, estabilidade a eles e permitir que a indústria cresça sustentável e, assim, permita o desenvolvimento do trabalho.

Exemplo: Autoridade Nacional Portuária, Lei de

Extraportos, Novo Acordo Público Privado de Investimento, Desenvolvimento

Portos estaduais do Sul Austral.

• Direitos básicos garantidos independentemente de forma contratual (Férias, Estabilidade, Indemnizações, Segurança e Saúde).

• Lei do Sistema Previdenciário que permite a retirada antecipada real antes que as condições físicas tornem perigoso trabalhar nos terminais,

mas cuja aposentadoria não significa cair na pobreza.

São muitos anos pedindo isso e os 7 companheiros que morreram trabalhando este ano são um aviso incontestável de que não pode mais adiar essas exigências.

https://www.piensaprensa.com/2023/10/03/trabajadores-portuarios-anuncian-paro-a-contar-de-manana-miercoles/

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