Em resposta ao desrespeito profissional os Estivadores, ILA 1411, iniciaram um movimento paredista traduzido popularmente em greve no State Pier em New London. Ørsted, que junto com a Eversource transformou o cais em um hub port para seus projetos eólicos offshore.
Aconteceu
apenas um mês depois de vários estivadores terem feito piquetes nos portos de
todo o país em protesto contra a empresa dinamarquesa de energia Orsted, que
ignora o respeito profissional.
Os
estivadores se recusaram a carregar uma barcaça no State Pier com peças eólicas
offshore para um dos projetos de Orsted como parte de seu protesto. Pois, a
empresa só quer os estivadores para engatarem desengatarem e peção (lashing e
escoramento) e não para operar os equipamentos e supervisionar as operações.
“Parece que
a indústria eólica será uma grande indústria e eles vão precisar de nós para
carregar e descarregar. E sentimos que nos últimos 100 anos progredimos desde
qualquer maquinário que surgiu, desde os guinchos a vapor até os portêineres,
até agora, e nos adaptamos o tempo todo.”
Por isto iniciaram uma greve por tempo indeterminado em State Pier, New London, Connecticut, devido à recusa de Ørsted em reconhecer a jurisdição da ILA de carga e descarga de carga no porto. As peças da turbina de Ørsted são para o parque eólico South Fork de Ørsted, na costa de Long Island.
Além da
greve e piquetes também esta acontecendo a distribuição de panfletos para
conscientizar a comunidade sobre a postura gananciosa da empresa. Em frente aos
escritórios Ørsted em Newark .
Enquanto os
estivadores cruzam os braços, Orsted traz furas greves ou sub profissionais
gerando tensões em New London. Será que estamos retornando a década de 1930
para a profissão portuária?
Em um comunicado, o porta-voz da Orsted, Tory Mazzola: “A equipe South Fork Wind continua os preparativos hoje para o próximo carregamento da primeira turbina eólica do projeto. Com a ILA ainda se recusando a trabalhar – e tentando hoje bloquear o acesso de outros trabalhadores sindicalizados de Connecticut ao local de trabalho – tivemos que adotar um plano de contingência para manter este trabalho no caminho certo.”
Na manhã de
quarta-feira, dois ônibus tentaram cruzar o piquete no porto, com a presença de
sub profissionais. Os estivadores foram ameaçados de prisão, mas recusaram-se a
ceder. Depois de um impasse tenso, os ônibus finalmente recuaram. Mas com uma
forte presença policial com ajuda da polícia estadual os guiou para dentro do
porto. Do ônibus desembarcaram trabalhadores dos Sindicatos dos Oficiais de
Construção, dos Engenheiros Operacionais e supervisores da Siemens Gamesa,
incluindo alguns de outros países.
Na
quinta-feira, encerrou se a greve de três dias contra a Ørsted.
Uma
demonstração temporária de boa-fé, tentando fazer a coisa certa para a
iniciativa de energia verde do presidente da nação, mas isso é temporário. No
entanto, os estivadores não desistiram da sua afirmação de que devem operar os
guindastes e veículos usados para mover peças de turbinas e pás eólicas na
beira do cais.
O mais
interessante desta disputa e que os impostos destes trabalhadores impedidos de
praticarem sua profissão está sendo usado para a empresa realizar o projeto.
“Temos
obrigações com o estado de Nova York de entregar South Fork Wind e com o estado
de Connecticut de usar o State Pier financiado pelo contribuinte para a
montagem de turbinas, e não podemos permitir que esta paralisação improdutiva
do trabalho atrase qualquer uma das obrigações”, disse Ziogas em declaração.
As
convenções e resoluções da OIT para o segmento portuário, determina que se em
um porto acontecer uma mudança tecnológica a mão de obra local deve ser
habilitada para poder continuar a trabalhar com dignidade social.
Então quando
a ILA local solicita a Ørsted treinamento aos estivadores para operar
guindastes e veículos especializados para mover peças de turbinas ao redor do
cais até os navios, quem desrespeita a legislação internacional e a empresa.
Pois, a Ørsted US assumiu muitos compromissos com os trabalhadores, incluindo a
reciclagem para carregar e descarregar produtos Ørsted, mas não os cumpriu.
Os
estivadores são os profissionais que fazem o trabalho as tarefas e funções para
a carga, descarga e movimentação de mercadorias dentro dos portos e na beira do
cais.
“É um crime
que uma empresa externa possa fazer o que fez, ignorando e destruindo a
jurisdição central histórica e pensando que está tudo bem. É um ataque à nossa
jurisdição, não é apenas a perda desses empregos individuais”, disse Paylor.
Se moda
pegar veremos médicos em tribunais e advogados em obras dando a palavra final e
assinado os documentos, pois, os engenheiros já estão desempregando
estivadores, desde que a empresa esteja lucrando..
https://www.wshu.org/connecticut-news/2023-10-25/longshoremen-union-workers-new-london-state-pier
https://ctexaminer.com/2023/10/27/longshoremen-temporarily-return-to-work-at-state-pier-amid-strike/
https://www.itfglobal.org/en/news/strike-against-wind-farm-giant-orsted
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