23 de out. de 2010

Alcoolduto une Petrobras, Cosan e Copersucar

Alcoolduto une Petrobras, Cosan e Copersucar
O principal projeto do alcoolduto
criado para escoar o etanol do Centro-Oeste do país até São Paulo,
será colocado em pratica por grupos sucroalcooleiros,
como Cosan e Copersucar e à Petrobras num empreendimento,
com investimentos superiores a US$ 2 bilhões.

Originalmente criado pela petrolífera brasileira,
o alcoolduto foi desenhado para escoar a produção de etanol
de Senador Canedo GO até Paulínia SP.
No meio do caminho,
grandes grupos sucroalcooleiros também anunciaram projetos paralelos
para transportar etanol por dutos.
A Uniduto,
companhia que reúne Cosan e Copersucar,
decidiu unir forças com a estatal para viabilizar o projeto.
Estão negociando para constituir uma sociedade
para desenvolver um sistema integrado de logística para etanol,
que inclui dutovia ,hidrovia e ferrovia.
A Petrobras ficará com 20% da nova sociedade,
cujas negociações devem ser concluídas até o fim deste ano.
A saída da trading japonesa Mitsui do projeto,
que participava do bloco da PMCC,
em parceria com a Petrobras e a construtora Camargo Corrêa,
acelerou a união do setor privado e da estatal.
O percurso da Uniduto Logística,
empresa criada em 2008 e que reúne 80 usinas associadas,
ligadas a dez grandes grupos produtores de etanol,
entre eles o grupo São Martinho, Santa Cruz, São João e a Bunge,
previa a construção de um corredor dutoviário de 612,4 quilômetros,
interligando 46 municípios do Estado até o terminal portuário,
com capacidade para escoar 16,6 bilhões de litros de álcool por ano.
Os dois projetos se fundirão,
mas o traçado original, de Goiás a Paulínia, deverá se manter.
A partir de Paulínia,
havia expectativa de que o combustível seria escoado até Ilha D’Água RJ,
em dutos adaptados de outros combustíveis da Petrobras.
Agora, esse pedaço a partir de Paulínia será repensado.

Os dois projetos de dutovia para etanol,
o da Uniduto e o da PMCC,
já preveem a integração com modais hidroviário e ferroviário.
Anunciado em 2004,
o alcoolduto da Petrobras
começou a ser desenhado para facilitar o escoamento do etanol até os portos.
Com expectativa de embarques superiores a 5 bilhões de litros/ano,
marca só alcançada em 2008,
o projeto começou a perder espaço
por causa da queda das vendas externas.
Mas o crescimento do consumo no mercado interno ,
os projetos incluem distribuição no mercado interno,
voltou a colocar o empreendimento em pauta,
uma vez que várias usinas,
estimuladas pelo boom de investimentos do setor,
começaram a construir projetos “greenfields” em regiões
fora do Estado de São Paulo ,
principal polo produtor de cana.

Entre os maiores projetos “alcooleiros” está o da Brenco,
que foi comprada pela ETH Bioenergia, do grupo Odebrecht,
no primeiro semestre deste ano.
Somente desse polo são quatro usinas alcooleiras
que juntas produzirão mais de 1,2 bilhão de litros,
nos estados do Centro-Oeste e o projeto de alcoolduto,
a Centro-Sul Transportadora Dutoviária,
que implantara o duto entre Alto Taquari MT e o porto de Santos.
Os estudos mostravam que esse duto
poderia se encontrar com o duto
projetado pela PMCC na altura da Serra do Mar SP.
Fonte: Valor Econômico

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