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27 de ago. de 2023

O Exclusão do Estivador

 Pensar criticamente a exclusão como um mecanismo de produção da desigualdade social impõe um mergulho na complexidade e nas controvérsias do mundo atual, trazendo a reflexão para o campo ético, o que implica uma discussão de valores e dos efeitos da imposição dos gestores portuários sobre a vida dos estivadores. Será está parada que estamos testemunhando nos congressos e seminários nas falas de profissionais liberais para a comunidade portuária.

A ética emerge como problemática inerente à política, à cidadania e à democracia. A temática da exclusão vincula-se, então, à da transformação social, que se constituem os novos campos de conflitos e os novos atores sociais, nem sempre transparentes ao olhar público em tempos de modernização dos espaços portuários.

Ao incidir sobre os mecanismos que agenciam diversas circunstâncias em que os estivadores vivenciam a situação de exclusão como no direito ao trabalho, requalificação, saúde e segurança, desconstruindo a simplificação da relação entre porto-cidade, para uma comunidade portuária fragmentada. Em que os valores não se vinculam mais a um modelo cultural, mas a múltiplos processos sociais excludentes num movimento ético-político que discutem a eliminação do estivador para implantação do novo perfil.  Como e sentido nas seleções realizadas pelos Rhs dos operadores portuários, para vagas oferecidas , contrariando a convenção 137 da Organização Internacional do trabalho OIT.

Alguns artigos e palestras contribuem para evidenciar os processos de desqualificação social que circunscrevem a vida dos estivadores, mantêm estes homens que protagonizam a beira do cais em posições de machões ante sociais meros carregadores de sacos nas costas. Que o poder que influenciavam no porto e coisa do passado, de uma história sem volta. É que a modernização, com os avanços tecnológicos determina a sua exclusão em todos os sentidos e significados.

O neoliberalismo, destarte, surgiu como o amargo e único remédio para a crise generalizada das economias de mercado. O Estado deveria ser forte apenas para romper o poder dos sindicatos e controlar o dinheiro, devendo, contudo, ser comedido em relação a gastos sociais e intervenções econômicas.

O consenso neoliberal sugere que crescimento e estabilidade econômica só operam pela redução dos custos salariais, liberalização do mercado na perda de direitos, além da proibição de indexação dos salários aos ganhos de produtividade. Por isso é obrigatório o recuo da voz coletiva, a descoletivização, o esvaziamento e precarização da estrutura contratual que faz a relação de trabalho nos conveses e porões de navios.

Essas mudanças que se iniciaram na segunda metade dos anos de 1980 tem como escopo inserir no setor portuário as estratégias de acumulação do capital dentro do paradigma neoliberal. Tendo como partida o Governo Collor no final da década de 80, impulsionou a integração do neoliberalismo nacional ao capital globalizado neste sentido. A Modernização dos Portos, iniciada pela Lei 8.630 de 1993(Governo Itamar Franco) e a Lei nº 12.815 de 2013 (Governo Dilma), deve ser compreendida como estratégia do capital para flexibilização da força de trabalho. A transformação atribui essencialmente uma maior importância à dimensão individual, oposto do modelo convencional portuário.

O que no que lhe concerne, representa uma política de classe com vias de exploração e subordinação do trabalho ao capital. E um dos capítulos e a exclusão do estivador e do que ele representa e significa.

Esse processo de "metamorfoses", entendidas como "dialética do mesmo e do diferente" traz " instabilidade, exclusão do emprego e isolamento social" visíveis hoje, na  legislação de modernização portuária, assim como em seus dois mundos portuários o do porto organizado e o porto desorganizado (tup).

Para NUNES (2022). As modificações no trabalho portuário são reafirmadas com a Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013 (BRASIL, 2013), considerada a Nova Lei dos Portos. Esse fenômeno inicia o declínio dos postos de trabalho e o surgimento de uma pequena elite de trabalhadores de fora do sistema OGMO, que se apresentam como detentores do saber dessa tecnologia. Sem a devida atualização, o estivador, que permaneceu desenvolvendo o trabalho no porto, vê ampliada a sua exclusão social do trabalho portuário.

Para excluir, enterrar ou apagar da sociedade a prestação de serviço avulsa se oferece como salvação o vínculo empregatício.

Heck (2013), por exemplo, identifica justamente como o trabalho vinculado é utilizado como um simulacro pelos empresários, sob o paradigma neoliberal, o trabalho formal mascara o processo de exploração, precarização e degradação do trabalho, a partir do momento que se utiliza do discurso de que ser vinculado possibilitaria ao trabalhador maiores garantias, como o emprego fixo, um salário mensal, uma rotina de trabalho, etc.

Como descreve NUNES(2022) Precarização branca é um termo usado pelos estivadores: ter a carteira assinada recebendo a metade que ganhava como avulso.

CASTEL, R. As metamorfoses da questão social uma crónica do salário. Trad. D. Poleti. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998

HECK, F. M. Degradação Anunciada do Trabalho formal na Sadia, em Toledo (PR). 2013, 217f. Dissertação (Mestrado em Geografia), Programa de Pós-Graduação em  Geografia, FCT/UNESP Presidente Prudente, 2013.

NUNES, J, R, S; Formação dos estivadores do Porto de Santos no processo de modernização portuária /; Orientadora Maria de Fátima Ferreira de Queiroz. -- Santos, 2022. 222 p. ; 30 cm. Dissertação (Mestrado Profissional -  Ensino em Ciências da Saúde), Universidade Federal de São Paulo

12 de ago. de 2023

ITF Conferência Regional da América Latina e Caribe

  Em Cancun no México,  ocorreu a Conferência Regional para América Latina e Caribe da Federação Internacional dos Trabalhadores em Transporte ITF. Participaram representantes de todos os sindicatos da região que compõem os setores da pesca, navegação interior, marítimo e portuário. Na região tem quase 900.000 trabalhadores. Com representantes do Brasil, Argentina, Equador, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela, Colômbia, Antígua, Barbuda, Dominica, Jamaica, Santa Lúcia.

Os trabalhadores, comprometidos em aproveitar a virada política de esquerda na região para buscar uma agenda progressista com dignidade social.

Nos últimos anos, houve várias vitórias da esquerda na região, incluindo a eleição de Lula da Silva como presidente do Brasil e Gustavo Petro como presidente da Colômbia em 2022. Às seis maiores economias da região atualmente têm governos progressistas.

“Essas vitórias representam uma rejeição às políticas neoliberais que dominaram a região por décadas e um sinal de apoio crescente à justiça social e à igualdade econômica”, Paddy Crumlin, presidente da ITF. “Temos a oportunidade de consolidar as vitórias contra a direita e construir um movimento trabalhista mais forte em toda a região que exija e fortaleça os direitos dos trabalhadores.”

'A medida que os governos da região adotam ideologias progressistas, a ITF reconhece a oportunidade única de colaborar com formuladores de políticas e empregadores para promover mudanças positivas, construir infraestrutura de transporte sustentável e fortalecer os direitos trabalhistas, garantindo a liberdade de associação, negociação coletiva, o direito a greve e proteção contra a exploração.

Sindicalistas representando 90 entidades de 26 países da América Latina e do Caribe debateram e endossaram planos para construir maiores níveis de cooperação entre os sindicatos e estabelecer estratégias regionais e sub-regionais para forjar parcerias estratégicas, facilitar o diálogo e promover uma cooperação mais forte entre partes interessadas em todo o setor de transporte.

O secretário-geral da ITF, Cotton, convidou os delegados a trabalharem juntos para manter e alavancar o impulso político para melhorar a vida dos trabalhadores do transporte e construir um sistema de transporte mais sustentável e equitativo.

“Não podemos deixar passar esta oportunidade”, “Ao colaborar com governos progressistas, aliados e empregadores responsáveis, podemos construir um futuro onde os direitos dos trabalhadores sejam respeitados e o setor de transportes sirva como um pilar da responsabilidade ambiental e social”.

“A ITF está 100%, empenhada em desempenhar nosso papel, mas devemos ser ousados, ambiciosos e focados no que queremos alcançar. Esta região pode ser um exemplo positivo para regiões ao redor do mundo sobre como podem ser os sistemas de transporte social, econômica e ambientalmente sustentáveis.”

Pablo Moyano, vice-presidente regional da ITF América Latina e Caribe, "Esta semana vimos o compromisso dos sindicatos da América Latina e do Caribe para trazer mudanças reais. Há uma luta no mundo contra a ascensão dos extremistas de direita e como os trabalhadores devem ser defendidos mais do que nunca. Há eleições na Argentina no domingo, e estamos em campanha para garantir que a direita não vença porque eles disseram durante a campanha que se vencerem a primeira coisa que farão é abolir os acordos coletivos de trabalho.Os sindicatos da região devem empreender a luta contra a direita que quer tirar os direitos dos trabalhadores, como fizeram com alguns de nossos países irmãos”.

 


Edgar Diaz, secretário regional da ITF América Latina e Caribe, “Devemos coordenar, colaborar e usar o ímpeto desta conferência histórica para avançar ainda mais os direitos dos trabalhadores em toda a região. Em nome da ITF, agradeço a todos os delegados por seu compromisso de enfrentar coletivamente os desafios que enfrentamos, porque unidos barganhamos e divididos imploramos.”

Os trabalhadores portuários se reuniram para discutir o andamento das ações da ITF voltadas para o setor na América Latina e Caribe.

Os estivadores da América Latina estão enfrentando ataques a seus direitos devido a grandes armadores internacionais, regulamentações governamentais deficientes e o loby precarizante dos profissionais liberais do judiciário.

Nossa solução? Treinar estivadores no poder de negociação coletiva e organização para conquistar padrões decentes em todos os portos e cobrara aos profissionais liberais o respeito a cada categoria profissional.

Discutindo o relatório da conferência regional para os estivadores: Na Argentina, há uma forte concentração de multinacionais. Essa é a nossa tarefa mais difícil e exigente. No Brasil e doutrinas empresariais sendo defendidas pelo judiciário. Em El Salvador a ameaça de perda de empregos devido às medidas tomadas pela Comissão Executiva Portuária Autônoma (CEPA), com base nas manobras do Congresso, extinguindo a Autoridade Marítima Portuária e transferindo o responsabilidade à Força Militar e pressionando os trabalhadores portuários a capacitar os militares para o desempenho de funções de estiva.

O encontro é parte do trabalho regular de preparação para a conferência global das seções de Portuários e Marítimos que será realizada entre os dias 4 e 8 de dezembro em Santiago, no Chile.

O evento e para alinhar estratégias em defesa da cabotagem de seus países e combater as bandeiras de conveniência, bem como fazer frente à atuação verticalizada e precarizante aos estivadores por parte de empresas multinacionais do setor portuário.

https://www.itfglobal.org/en/news/itf-left-wing-swing-in-latin-america-and-caribbean-presents-opportunity-strengthen-workers

https://www.rieles.com/front/mexico-itf-la-izquierda-en-america-latina-y-el-caribe-presenta-una-oportunidad-para-fortalecer-los-derechos-de-los-trabajadores-y-transformar-el-transporte/

https://laverdadnoticias.com/quintanaroo/Cancun-sede-de-la-convencion-internacional-de-la-ITF-20230810-0221.html

https://www.infoban.com.ar/11/08/2023/itf-la-izquierda-en-america-latina-y-el-caribe-presenta-una-oportunidad-para-fortalecer-los-derechos-de-los-trabajadores-y-transformar-el-transporte/

29 de jul. de 2023

O conselho Europeu dos Estivadores

 Nos dias 20 e 21 de outubro de 2022, realizou-se em Paris a Assembleia Geral do Conselho Europeu dos Estivadores EDC. Com a participação de 150 estivadores de vários portos europeus nela, os membros aprovaram o estatuto do EDC - Conselho Europeu dos Estivadores e elegeram os coordenadores dos órgãos.

Em particular, uma ferramenta contra o neoliberalismo e sua brutal campanha antitrabalhista e de privatizações. Depois de uma análise alargada da atual situação dos trabalhadores portuários europeus, os membros do EDC acordaram na necessária organização de trabalho interna e um âmbito de trabalho específico para enfrentar, com força, unidade e solidariedade, os desafios atuais e futuros do setor. Na Assembleia Geral em Paris, Anthony Thetard da central sindical francesa CGL foi eleito coordenador geral da EDC, Rafael Egea da confederação espanhola Coordinadora foi eleito coordenador do grupo de saúde e segurança no trabalho e como coordenadora do grupo para a igualdade e a representante sindical a grega Anastasija Frantzeskaki e Nadia Kiritsy (Chipre), Martin Berg (Suécia) e Leon Zidav (Eslovénia) controle das finanças da EDC. A EDC está empenhada em permanecer uma organização de membros iguais, ou seja, "Classificação e arquivo". A maior parte de nossa luta ocorre nos portos, onde somos empregados e organizados em sindicatos.

A EDC também participará do SSDC, do Comitê de Diálogo Social Setorial ou do Comitê de Diálogo Social Industrial. Isso ocorre em Bruxelas há muitos anos sob os auspícios da Comissão Européia. Nele, duas associações de sindicatos portuários, EDC e ETF, estão negociando com duas associações europeias de empregadores portuários, ESPO e FEPORT. Os sindicatos de lá travam uma luta feroz contra as tentativas patronais de desregulamentar o trabalho nos portos, o que significaria precarização e desastre social para os trabalhadores. Devemos estar cientes que todas as diretivas da Comissão Europeia, mais cedo ou mais tarde, chegam a todos os estados-membros como uma obrigação. É na SSDC que estamos a impedir que a Comissão Europeia aceite, propostas muito prejudiciais das associações patronais.


Rafa Egea: "Queremos alcançar legislação específica de prevenção nos portos ao nível europeu"

Rafael Egea, eleito o novo coordenador de Saúde e Segurança no Trabalho ao nível europeu do EDC, European Dockworkers Council, durante a sua Assembleia Geral realizada em Paris estabelece como meta para os próximos três anos atingir uma prevenção específica, padrão aplicável em todos os portos europeus.

 Rafael Egea encara esta nova responsabilidade com o objetivo de conseguir um enquadramento legal comum em toda a Europa para os trabalhadores portuários em matéria de segurança e prevenção de riscos laborais. Esta área não é nova para ele, pois, desde 2003 é delegado de prevenção no Porto de Valência, tendo desenvolvido trabalhos nesta área tanto ao nível nacional como internacional.

Em declarações ao Diario del Puerto, o Egea denuncia que não existe legislação específica sobre segurança portuária na Europa. “Existem algumas recomendações da Organização Internacional do Trabalho, mas nem sempre são seguidas”, afirma.

Por isso, considera fundamental abrir canais de trabalho com a Comissão Europeia, a Agência Europeia para a Saúde e Segurança no Trabalho e a própria OIT para atingir este objetivo. "Neste momento, é preciso recorrer à legislação laboral geral, o que dificulta a denúncia de situações irregulares."

Embora reconheça “o contacto permanente com os terminais e a melhoria das relações”, pede aos operadores e às companhias de navegação que se conscientizem dos perigos que envolvem o trabalho dos estivadores a bordo dos navios.

As operações de carga e descarga de material eólico também preocupam a EDC. “Nos últimos anos assistimos a um boom deste tipo de mercadoria nos portos”, afirma Rafael Egea, que antecipa também que se pretende abrir caminhos de trabalho com fabricantes e operadores logísticos especializados para articular, medidas e protocolos com os quais aumentar a segurança na estes tipos de operações.

Na sequência da eleição de Rafael Egea, inicia-se o processo de constituição de uma equipe  europeia nesta matéria durante a próxima legislatura, que se prolongará até ao final de 2025.

Após uma análise aprofundada à situação atual, os membros da EDC concordaram em implementar “a necessária organização interna e um âmbito específico de trabalho a enfrentar”, conforme asseguraram junto da organização. A segurança a bordo dos navios e as operações de material eólico irão concentrar grande parte do trabalho da Comissão de Segurança e Saúde Ocupacional da EDC


Forma de trabalhar

Visita dos delegados do EDC da Grécia, Suécia, Dinamarca e Espanha aos terminais do porto de Barcelona (Terminal APM, Autoterminal, Hutchison Ports-Best): a oportunidade de partilhar experiências diferentes e expandir o conhecimento num mesmo contexto profissional.

Reunião do grupo de Igualdade, Diversidade e Inclusão

Reunião do grupo de trabalho

Reunião do grupo de saúde e segurança

Evento realizado no dia 28 de abril de 2023, Dia Internacional para a Segurança e a Saúde no Trabalho.

Participação em Bruxelas para a reunião do Comité Setorial de Diálogo Social "Portos" para defender os interesses dos Trabalhadores Europeus.

"Todos juntos como um" diz o slogan oficial da EDC:

Todos Juntos Como Um!

28 de jul. de 2023

56.a Convenção ILA dos Estivadores da costa Leste

 O evento ocorreu em Hollywood, Florida, no Diplomat Hotel do dia 23 a 27 de julho de 2023.

A 56ª Convenção iniciou-se na segunda-feira com a presença de mil delegados e uma centena de convidados para debater e explanar sobre os mais variados temas de interesse da comunidade portuária americana e mundial.

 


O presidente da ILA, Harold Daggett, bateu o martelo com o discurso inicial.

“Cada vez mais, sinto fortemente em formar e liderar uma aliança global, armada com a arma para entrar em greve, juntos e mostrar a empresas como a Maersk e ao mundo nossa força”, e disse. “Se empresas estrangeiras como Maersk e MSC tentarem substituir nossos empregos por automação, elas receberão um lembrete doloroso de que os estivadores trouxeram são os responsáveis por estas empresas estarem onde estão hoje.

Em um discurso de uma hora que foi interrompido repetidamente por aplausos.

“Foi um inferno e uma guerra, e nossa força de trabalho da ILA era verdadeiramente os heróis da linha de frente da América. Saúdo cada um de vocês e todos os estivadores que representamos em nossos portos de origem. Quando você voltar para casa após esta convenção, diga a toda a nossa família ILA como estamos orgulhosos deles.”

“Irmãs e irmãos, nós, como organização, mostramos ao mundo o quanto somos importantes durante uma paralisação global”, “Não se engane, foi você quem manteve a América à tona durante uma crise global e nacional. Você manteve nossos portos operacionais e se tornou a linha de vida que nos conectou ao resto do mundo, preenchendo a lacuna entre demanda e oferta.”

“Estou cansado da mídia e de alguns membros do governo culpando o ILA ou o ILWU quando as negociações não estão indo bem”, declarou Daggett. “Nós dois somos acusados de não negociar de boa-fé ou acusados de desaceleração. Ninguém nunca relata como as empresas estrangeiras estão enfrentando o trabalhador americano!”

“Os dias dos acordos de cavalheiros acabaram para mim. De agora em diante, queremos uma linguagem rígida, e qual é a verdadeira intenção dessa linguagem, por escrito, porque depois que um contrato é assinado, todo mundo de repente fica com amnésia.”

“Uma sociedade justa e justa prospera quando recompensamos o trabalho duro e, para mim, é uma questão de princípio, e agora é a nossa hora! Espero e rezo para que tenhamos o seu apoio (USMX).

Concluindo “Não seremos silenciados; não vamos ser quebrados. Daremos um salto adiante, não apenas para nós mesmos, mas em homenagem aos guerreiros do passado e para as gerações vindouras. Deixe nossa voz coletiva ecoar pela história, lembrando ao mundo que a força do trabalho pode mover montanhas e moldar o destino das nações. Que todos os trabalhadores marítimos caminhem lado a lado, abrindo caminho para um futuro mais brilhante e próspero.

“Hoje vamos deixar esta casa de trabalho mais unida do que nunca e vamos mostrar ao mundo mais uma vez que a solidariedade é o caminho para a vitória!”

Além dos delegados da ILA da Costa Leste e do Golfo dos Estados Unidos, região dos Grandes Lagos, Canadá e Porto Rico; pela primeira vez, o ILA receberá delegados das Bahamas. Estivadores das Bahamas filiados há ILA no ano passado.

Além de líderes sindicais dos estivadores do International Longshore and Warehouse Union ILWU , Federação Internacional dos Trabalhadores em Transporte (ITF) .do Conselho Internacional dos Estivadores (IDC) e estivadores da África, América Latina, Asia e Europa.

Oradores



Joe Biden é o 46.º e atual presidente dos EUA.

- Clayola Brown, a presidente nacional do Instituto Philip Randolph, disse que a ILA é a melhor união para a inclusão que ela já viu. "Eu sei o que o ILA tem feito na comunidade de cor ao longo de todos estes anos. ”


- Clayola Brown recebeu um cheque de doação de 25.000 dólares da ILA para o Instituto Philip Randolph.

- Jonathan Daniels, o Chefe do Executivo e Diretor do Porto de Port Everglades, Florida, mencionou que ele quer criar novas oportunidades de emprego para os homens e mulheres da ILA.

- John Nardi, presidente da Associação de Navegação de Nova Iorque e Nova Jersey, discutiu o que mudou desde a última convenção e o que não mudou. Em relação à automação, ele disse: "Se o desempenho e a produtividade estão lá, não há necessidade de automação!

Dennis Daggett, vice-presidente executivo da ILA, "Ninguém vai interromper a nossa missão de fornecer poder e representação em todo o mundo. ” "Uma lesão para um é uma lesão para todos. ” "Queremos linguagem couraçada e a intenção real dessa língua por escrito. Anos depois de assinarmos o contrato, as pessoas ficam com amnésia. ” "Estamos a chegar com tudo o que temos no nosso arsenal. Mostrámos ao mundo o quão importante é o trabalho que fizemos [durante o covid] e agora é a nossa hora de recebermos o pagamento. Aumentos de dois e três por cento não vão chegar desta vez. Nossa filiação merece mais. E se não conseguirmos, vamos estar a chegar a essas ruas. ”

O governador Murphy do estado de Nova Jersey disse: "Vamos dar-lhes uma luta com Harold na liderança e eu mesmo ao teu lado. Eu prometo-te. ”

Alan Robb, presidente do Atlântico Sul e do Distrito da Costa do Golfo, "Não se enganem sobre isso, nós vamos fazer história. Não me refiro apenas ao ILA. Vamos fazer história do trabalho. ” Ele também falou sobre ser melhor internamente como uma organização. "85% mais ou menos do que fazemos é resolver a resolução de conflitos internos. Consegues imaginar o quão poderíamos ser se esse número descesse para 5%? ”

Willie Adams “Somos trabalhadores essenciais desde o início da ILA e da ILWU. ” "Eu direi, e adverto os empregadores.... Não nos leve muito leve. Não o faças. ” "És um tesouro nacional pelo qual vale a pena lutar e pelo, qual vale a pena morrer. Deus abençoe o ILA. ”



Paddy Crumlin, o presidente da Federação Internacional dos Trabalhadores dos Transportes (ITF) fez um discurso ardente sobre a história da união, a sua importância no mundo e como temos força em números quando nos unimos em todo o mundo.

Jordi Aragunde, o Coordenador Internacional do Trabalho do IDC, está a liderar a luta pelo IDC. Nsta semana, o ILA angariou meio milhão de dólares para o IDC.

Paul DeMaria, Vice-Presidente Executivo e Diretor de Operações da USMX, disse que a USMX está empenhada em obter um novo Contrato Coletivo e empenhada nas negociações locais que se seguem.

Benny Holland, Vice-Presidente Executivo Emérito da ILA, pediu aos delegados da ILA que levassem esse plano de jogo de volta para os seus membros.


Uma coisa e certa 

Só é lutador quem sabe lutar consigo mesmo. A paz começa quando o estivador e o trabalho  portuário são tratados com respeito. Na beira do cais aprendemos com os mais velhos a lutar pela classe com os companheiros de lingada e ensinamos os novos a ter dignidade e as conquistas são reflexos desta cultura.

11 de jun. de 2022

9ª Assembleia Geral do Conselho Internacional dos Estivadores (IDC) em Nova Orleans

Estivadores concluem poderosa assembleia de dois dias prometendo solidariedade e energia renovada para crescer o movimento sindical dos estivadores no mundo e os brasileiros estavam presentes.

 

Líderes de sindicatos de estivadores que representam mais de 130.000 trabalhadores em mais de 50 países em todo o mundo como membros do Conselho Internacional de Estivadores (IDC), concluíram a 9ª Assembleia Geral do IDC em Nova Orleans, Louisiana. Os delegados dos estivadores deixaram a Assembleia com energia renovada e focando a força de sua solidariedade coletiva para lutar por direitos trabalhistas, segurança do emprego, respeito e reconhecimento dos estivadores como profissionais qualificados e defendendo empregos diante da automação, privatização e ataques legislativos por parte dos governos em todos os países onde o IDC fincou sua bandeira.

 Dennis A. Daggett, Coordenador Geral do IDC, foi reeleito para um novo mandato de quatro anos e liderará a organização até 2026.

 A Assembléia Geral da IDC abordou uma questão espinhosa sobre o cumprimento da afiliação à Constituição da IDC. Após longos debates e discussões, o IDC fez a dura determinação de que os sindicatos afiliados ao IDC que se recusarem a aderir às Regras da Constituição do IDC – como se recusarem a pagar as taxas de associação – serão expulsos pelo corpo diretivo dos delegados do IDC. Mesmo se expulso, o IDC enviou uma mensagem aos membros de base dos sindicatos de estivadores afetados de que eles “nunca andariam sozinhos” se enfrentassem uma ameaça a seus empregos ou meios de subsistência. “Se você estiver sob ataque e precisar de nossa ajuda, estaremos lá com você imediatamente”, disse o IDC. A Assembleia Geral do IDC deu à sua Comissão Permanente autoridade para readmitir sindicatos que são expulsos ou suspensos. Além disso, o plenário da Assembleia Geral decidiu reformar sua estrutura organizacional para obter maior eficiência e agilidade no atendimento às demandas dos trabalhadores portuários.

 O IDC compromete-se a trabalhar incansavelmente com os Sindicatos de Estivadores que foram expulsos para resolver disputas e reunir todos os sindicatos de Estivadores, sob o guarda-chuva do IDC e com respeito à solidariedade global e à Constituição como base.

 Os mais de 400 delegados presentes na 9ª Assembleia Geral montaram uma equipe de Coordenadores de Zona para realizar a missão do IDC.

 Na Zona Europeia reestruturada, Andy Green. Na Zona da Costa Oeste, Ed Ferris. Paul Keating, Oceania e Zona Asiática. César Luna, Zona da América Latina e Caribe. Kenneth Riley Zona da Costa Leste. Guigrehi Aklégbou Pierre, Zona Africana.

 Por outro lado, o uruguaio Fabian González foi eleito Coordenador de Prevenção (S&S).

 Entre as importantes resoluções e declarações políticas elaboradas na Assembleia de Nova Orleans, os delegados do IDC adotaram uma importante resolução de diversidade: “Não discriminação com base no nascimento, etnia, sexo, classe, idade, habilidade ou qualquer outra circunstância que envolva discriminação de qualquer tipo é um princípio inegociável. Portanto, a IDC se declara antifascista, anti-homofóbica, antirracista e antibullying.”

 Forte solidariedade e apoio ao Sindicato aos Estivadores da Costa Oeste dos EUA, International Longshore and Warehouse Union (ILWU), atualmente envolvidos em negociações de contrato com a Pacific Maritime Association.

 Em referência à América Latina, a Assembleia foi informada dos ataques sofridos pelos trabalhadores do Brasil, Uruguai, Argentina e Equador, onde a privatização de áreas portuárias, a verticalização de empresas e o não reconhecimento de quem e o profissional portuário, estão na ordem do dia. Também às complicadas situações na Colômbia e em El Salvador. Além disso, os delegados manifestaram seu apoio à recuperação dos bens sindicais dos trabalhadores de Veracruz, México.

 A Zona América Latina e Caribe foi reformada para dar uma resposta mais eficaz e rápida às demandas dos membros filiados.

 Por seu lado, a Zona Africana destacou algumas das conquistas alcançadas na Costa do Marfim, como o reconhecimento legal dos estivadores mas, a situação dos trabalhadores no continente africano continua a ser preocupante devido à precariedade dos postos de trabalho resultante da excessiva permissividade por parte dos governos em acordo com as empresas.

 Na Zona Europeia, é preocupante a situação de não reconhecimento sindical dos estivadores de Trieste e Monfalcone, a quem o IDC presta apoio logístico e institucional. No Reino Unido, existia uma situação preocupante em vários portos onde os estivadores negociaram com sucesso as suas condições de trabalho, o IDC vai acompanhar de perto a situação dos estivadores em Portugal. Pois, Portugal é o nosso novo Liverpool e vamos continuar a dar todos os nossos esforços para resolver a sua situação, reflexo da parceria gananciosa entre políticos corruptos e empresários ante sociais.



 As lutas serão constantes, mas o respeito na beira do cais é o que faz os estivadores serem unidos, para não dar nenhum passo atrás.


30 de dez. de 2019

Que 2019 que venha 2020

Foram tantas noticias e historias que la vamos nos .
Participação no seminário "Setor Portuário: Desafios para o Futuro",  no auditório da Autoridade portuária do Porto de Valparaíso,o  encontro foi destinado a promover o processo de diálogo e discussão dos atuais  regulamentos portuários no mundo e  conhecer a experiência dos países latino-americanos e no Foro internacional Modernización en los Puertos: El Gran Desafio Para Los Trabajadores Portuarios.?Investigación en Seguridad y Salud em los Puertos? em Talcahuano ,Chile  ,ambos  eventos   contaram  com as    palestras da Professora doutora Carla Diegues ,Professora Doutora Fátima Queiroz ,João Renato e Lenin Braga .
  V Congresso Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário e Aquaviário , com o trabalho "Descarga de enxofre no porto de Santos:Analise e proposição para a transformação do trabalho dos estivadores " de Maria de Fátima Ferreira Queiróz ,Alexandre Campos Silva ,João Renato ,Reinaldo Nascimento,Acácio Pereira de Macedo  Neto e Mauro Mariano de Assis .

 IX Congresso de la ASOCIACIÓN LATINOAMERICANA de Estudios del Trabajo 
na Universidade  Nacional de Colombia, no auditorio Juan Carlos Celis Ospina  e na Universidad del Valle com a aprestação "Perspectiva Histórica do Trabalho dos Estivadores no Porto de Santos-Brasil: a transformação do trabalho em contexto neoliberal " de Maria de Fátima Ferreira Queiróz ,João Renato  e Mauro Mariano de Assis . 
V Congresso Acadêmico da Unifesp. Projeto "Vozes do Cais".  Gabriele Nascimento 

 A Entrevista Quem paga a conta?. Valor Econômico - Valor Setorial -Portos, São Paulo, p. 42 - 43, 17 out. 2019.Fonseca, A. ; DIEGUEZ, C. R. M. A. ; QUEIRÓZ, M. F. F. .
IV Congresso de História do Trabalho-Portugal- III Conferencia do Observatório para as condições de Trabalho e vida , Novembro  " A Jornada de Trabalho nos Portos: intensidade do labor e saúde dos estivadores. "QUEIRÓZ, M. F. F.; LARA, R. ; NUNES, J. R. S. ; Nunes, L. 
A Professora e doutora Fátima Queiroz participou da  8 General Assembly do IDC em Lisboa , junto a  estivadores de todo mundo  e estudiosos do tema ,num evento  de grande  interesse profissional e social da comunidade portuária , onde se debateu questões relativas ao respeito  social  ,trabalho seguro e saudável  e o impacto da automação  para  os Dockers, estibadores ,estivadores , longshoreman e trabalhadores portuários ,sendo a sinergia destes   temas  um imenso desafio a ser superado por todos .
E o I seminário do programa Vozes do Cais  " O trabalho portuário e o protagonismo dos estivadores do porto de Santos na UNIFESP ,Campus baixada santista  "que contou com a presença da banda Futurafrica , Lenim Braga e João Renato e   com organização da professora Doutora  Fátima Queiroz e Gabriele Nascimento . 

 A obra literária e um  produto intelectual   de um objecto material , que transmite  uma relação intima com o mundo portuário .
Porém, é importante frisar que não são do ponto de  vista individual  , mas sim fruto de uma parceria a duas ou trés mãos  para recontar os fatos numa  narrativa mais bela e cativante, passando pela  emoção  dos estivadores e da razão da professora doutora .

Capitulos  A Formação do Trabalhador Portuário no Porto de Santos e no Porto de Antuérpia   NUNES, J. R. S. QUEIROZ, M. F. F.. e  Organização do Trabalho e Saúde do Trabalhador em perspectiva comparada: portos de Santos e Lisboa. QUEIRÓZ, M. F. F.; LARA, R. ; MARIANO, A.  no livro AS METAMORFOSES DO TRABALHO PORTUÁRIO Mudanças em contextos de modernização,
Este livro é dedicado a todas as trabalhadoras e trabalhadores portuários que colaboraram com suas histórias de vida , seu aprendizado e a realização do trabalho na beira do cais e nos navios e guardava características do trabalho de “ofício” . As  transformações de modelo e as mudanças significativas nos recursos tecnológicos na mecanização  da produção, organizado por Maria de Fátima Ferreira Queiróz; Carla Regina Mota Alonso Diéguez .

 O capitulo "O trabalho dos estivadores no porto:configuração do trabalho e vulnerabilidades dos trabalhadores no seculo XX "no livro "Trabalho, questão social e Serviço Social: a autofagia do capital " QUEIROZ, M. F. F. ASSIS, M. M NUNES, J. R. S. 
Este livro procura demonstrar o processo de incivilidade imposto pela teoria da busca da redução de custo a qualquer custo , que precariza grande parte da sociedade , e converte em algo insignificante , descartável e sem valor a força de trabalho, organizado por Edvânia Â. de Souza e Maria Liduína de Oliveira e Silva   
E  os capítulos "Processo histórico das lutas resistências dos estivadores do porto de Santos ,Brasil "QUEIROZ, M. F. F. ASSIS, M. M NUNES, J. R. S. ,"História e Trabalho dos Estivadores do Porto de Lisboa."QUEIRÓZ, M. F. F.; LARA, R.  e  'O Trabalho na Movimentação de Contentores: implicações na saúde dos estivadores portugueses"QUEIRÓZ, M. F. F. no livro  “Don’t Fuck My Job - As lutas dos estivadores: Uma perspetiva Global”  Este livro  procurou, a partir de diferentes perspetivas e com base na experiência de casos concretos, abordar os principais desafios que se colocam hoje ao mundo da estiva e ao setor portuário mundial organizado por Raquel Varela.

Quem passa a virada de ano na praia  celebra  a passagem indo a beira do mar pular 7 ondas e pedir um desejo para cada uma delas.
O ato, uma homenagem aos amigos e as pessoas a quem temos o prazer  e a honra de conviver , uma forma de desejar melhores momentos para o ano que se aproxima e deixar para o passado os problemas do ciclo que se encerra.

E  ha uma amiga  e um amigo que  todo  o ano passo por este ritual e agradeço o prazer de poder  aprender com eles , a  me expressar com respeito e de forma lucida para ser entendido .E sempre pedindo novos desafios para juntos superá-los nos anos que entram  .

16 de dez. de 2019

ICHCA International 20/20 Cargo Vision Conference & Exhibition 2019.

A ICHCA, a voz da indústria global de movimentação de cargas na IMO e em outros organismos internacionais, reuni  delegados  de 23 países , para compartilhar experiências conquistadas com muito esforço, novas idéias e tecnologias inovadoras para desenvolver entendimento mútuo, compartilhar experiências, explorar inovação e revisar políticas e regulamentos apropriados que possam contribuir para operações de carga seguras, limpas, compatíveis e eficientes.

Organizada pela  Malta Freeport, a ICHCA International 20/20 Cargo Vision Conference & Exhibition 2019 reuniu todas as partes interessadas para explorar como criar operações de carga marítima , mais sustentáveis ​​e seguras na operação portuária .

Teve como  palestrantes :

Dr. Tiago Fonseca, Diretor Técnico, Universidade Marítima Mundial
Patrick Verhoeven, Diretor Administrativo - Política e Estratégia, Associação Internacional de Portos e Portos (IAPH)

Peter Lahay, Coordenador da ITF. União Internacional de Longshore e Armazém (ILWU Canadá)
Philippe A. Bocco, Presidente, Centro de Treinamento Profissional PMAWCA
Manuel Hererra, Professor, Escola de Administração de Louvain - OBOR / Med / África
Michael Luguje, diretor administrativo da Autoridade de Portos e Portos de Gana
Doopyo Kong, Unidade Especializada de Transporte e Marítimo, Organização Internacional do Trabalho (OIT)

E os principais representantes da força de trabalho  e de pesquisa sobre o futuro das operações de carga no mar e em  terra em um momento de automação e digitalização.

O programa abrangeu todos as operações de carga marítima mais seguras, mais sustentáveis ​​e seguras em terra e no mar nas seguintes sessões:

Automação - abraçando a revolução da carga inteligente
Remodelando a agenda de Hsse nas operações globais de carga
 O futuro do trabalho, a força de trabalho e os locais de trabalho no porto
Diversidade, inclusão e empoderamento das mulheres no mundo das cargas marítimas
O mercado de carga: Mediterrâneo, África e Obor
Segurança nas cadeias de contêineres e cargas a granel 
Parte 1 Segurança da cadeia de suprimentos de contêineres e integridade da carga
Parte 2 Saúde e segurança para a indústria portuária e marítima 

Neste entendimento de um mundo com a transparência da informação e participação de todos a 
ITF Dockers   juntou-se à   ICHCA,  para desenvolver novas normas   a fim de promover os direitos e a segurança dos estivadores  em todo o mundo.
“Quase todos os dias descobrimos um grave acidente no local de trabalho, causando mortes e graves ferimentos , e os estivadores de todo o mundo sabem o quão perigosos são os nossos portos. Essa é a principal razão pela qual ingressamos na ICHCA - porque, para que a ICHCA tenha credibilidade como uma voz líder em segurança portuária, é necessário ter sindicatos e participação dos trabalhadores ", disse Paddy Crumlin, presidente da ITF.“Estamos desenvolvendo um programa abrangente para atender aos nossos objetivos estratégicos de organizar mais trabalhadores, fazer campanha contra empregadores não autorizados e avançar políticas para proteger os direitos e a segurança dos estivadores e impulsionar os interesses dos trabalhadores. 

“Tivemos a oportunidade de discutir abertamente o terrível histórico de segurança da indústria portuária em todo o mundo, e toda a delegação levantou nossas sérias preocupações sobre a trágica série de mortes que vimos nos últimos anos e levantamos questões específicas de segurança. trabalho em portos, para amarração, digitalização e automação. Nossas mensagens foram fortes e diretas e já estão causando impacto ”, disse Steve Biggs, da Unite the Union, presidente  da ITF Section Occupational Safety, 

“Sem nossas vozes, grupos como o ICHCA podem simplesmente ser câmaras de eco, nós sabemos disso e eles também. Portanto, vemos um enorme valor para a família ITF e para o setor da seção de estivadores ter um assento na mesa da ICHCA. Isso dá à federação global e aos nossos sindicatos a oportunidade de se encontrar diretamente com os principais interessados ​​do setor, como os principais operadores globais de terminais, autoridades portuárias, organizações de empregadores, bem como a OIT e a OMI, e trabalhar de forma colaborativa em uma variedade de questões.

“Esperamos trabalhar com a ICHCA em vários tópicos na IMO. Estamos colocando nossos especialistas em saúde e segurança nos grupos de trabalho da ICHCA, a fim de avançar a agenda dos trabalhadores em saúde e segurança ocupacional e minimizar a interrupção que a digitalização e a automação representam para os trabalhadores e suas comunidades ”, disse Biggs.




8 de dez. de 2018

Conferência de segurança portuária em Sydney

 Membros do MUA lançam nova ofensiva de segurança
Não há mais mortes na beira do cais.

Essa foi a mensagem final da Conferência de Segurança portuária  realizada de 8 a 9 de novembro no MUA Conference Centre, em Sidney.

Mais de 90 delegados de segurança  participaram do evento, representando todos os três terminais de contêineres . Delegações de Queensland, Austrália do Sul, Victoria e Austrália Ocidental , União Marítima da Nova Zelândia e aos sindicatos da Hutchison de Jacarta e Karachi.

O evento foi conduzido por Matt Goodwin, cuja experiência em saúde e segurança e organização ajudou a moldar nossa discussão e os fortes debates.

Paul McAleer, MUA O Secretário  de Sydney abriu a conferência, prestando homenagem aos muitos trabalhadores que perderam suas vidas no cais, que continua sendo uma das indústrias mais perigosas da Austrália.

"Eu reconheço todos os canhoneiros, estivadores e  portuários  que foram feridos e mortos no trabalho. Eu reconheço aqueles que morreram de doenças respiratórias horríveis, como asbestose e mesotelioma.

‘Eu reconheço Nick Fanos, cuja morte trágica ainda me assombra muitos anos depois, e o impacto devastador que sua morte teve sobre sua família e colegas de trabalho. Prestamos homenagem a todos os trabalhadores ao redor do mundo que são mortos no trabalho, a cada minuto, todos os dias.
McAleer delineou uma nova ofensiva de segurança em toda a orla portuaria, reforçando a segurança através da ações coletivas.

Ao longo dos dois dias, os estivadores ouviram alguns excelentes oradores, incluindo:

Warren Smith, Secretário Nacional Assistente do MUA, definindo a direção nacional do sindicato sobre segurança, incluindo o recém-desenvolvido Manual do MUA sobre o Código Nacional de Práticas de Estivagem, mudanças do MO32 e um lançamento nacional do NSCOP para todas as Filiais do MUA;
Dave Henry, Diretor da WHS da AMWU, que fez uma apresentação informativa sobre as investigações e estratégias operacionais no local de trabalho e também descreveu algumas informações úteis sobre a fumaça do diesel e a abordagem do sindicato para essa questão;
Paul Keating, MUA Sydney Secretário Assistente da secretaria de segurança no trabalho ,identificação de problemas e desenvolvimento de campanhas estratégicas e a importância do compromisso incondicional do MUA Sydney Branch em apoiar os HSRs em todas as circunstâncias que forneçam confiança para os membros empreenderem iniciativas para defender nossos direitos legais ;
Paul Garrett, Secretário  da MUA Sydney sobre o uso da Lei WHS, poderes legais e tribunais para garantir a segurança no local de trabalho; as oportunidades de usar meios legislativos para assegurar resultados de trabalho seguros e a importância de lutar por mudanças positivas nessas arenas;

O lançamento de uma iniciativa conjunta dos sindicatos da Hutchison  para unir forças e lutar por melhorias na segurança. Assinada por Sydney e Jacarta em fevereiro de 2018 foi ampliado na forma de um Comitê Regional de Segurança da Hutchison e um Compacto Portuário entre Jacarta, Carachi, Brisbane e Sydney;
Um relatório  da MUNZ sobre a trágica morte do Laboom Dyer no Porto de Auckland recentemente. Outra vida tragicamente interrompida no que parece ser uma circunstância evitável. Os participantes  ouviram relatórios sobre a segurança em todos os terminais da Nova Zelândia e os impactos das campanhas ;
Relatórios de cada um dos três terminais em Port Botany, incluindo uma  comovente e detalhada descrição do incidente quase fatal na Hutchison em abril, e a paralisação massiva de 16 dias que se seguiu por melhoria na segurança no trabalho,
Um relatório alarmante sobre a manutenção de guindaste em Patrick,
A questão da manutenção de cabos de aço no DPW, que tem ramificações nacionais e internacionais .
Um relatório do Dr. Eric Lim, o Médico do Trabalho, que descreveu os direitos dos trabalhadores acidentados, incluindo processo de RTW, reabilitação e compensação.
No segundo dia, os membros participaram de workshops  para abordar tópicos específicos e desenvolver ações práticas nas seguintes áreas:

Opondo-se ao modelo “Trabalhe até falir”: campanha de manutenção em Port Botany;
Fumo e exaustão: impactos na saúde e estratégias práticas para reduzir os danos;
Qualificação e treinamento;
Relatórios de navios: uma campanha conjunta sobre navios pirangueiros;
Campanhas internacionais; e
Um novo Comitê de Terminais da MUA Sydney para Port Botany.



As contribuições
 Um conjunto abrangente de resoluções foi desenvolvido, que estabelecerá uma plataforma para a Filial MUA Sydney nos próximos anos .
As seguintes resoluções foram aprovadas por unanimidade:
Fumos e Exaustão

Esta conferência convida a filial de Sydney do MUA a investigar as doenças associadas a partículas de diesel (DPM) e que os trabalhadores  estão sendo diagnosticados. Esta conferência também conclama  uma campanha ativa por energia limpa,Acordo Nacional de Ar Limpo e a regulamentação de instalações e maquinário a diesel nos portos australianos. Introdução de pontos fixos para testes atmosféricos nos três terminais em Port Botany, incluindo dentro das cabines de guindastes e  unidades de teste atmosféricas portáteis nas maquinas e representantes de segurança podem usá-los a seu critério. Além disso,  a adotar e implementar o modelo de exposição do DPM em todos os três terminais.


Manutenção

Solicitação que todos os terminais DPW a fornecer documentação confirmando os tamanhos corretos em todos os porteineres ZPMC desde 2010. Além de fornecer os parâmetros corretos, um plano de gerenciamento de risco completo , incluindo programações de manutenção planejadas, detalhes do fornecedor ,da inspeção  e tempo de vida dos cabos.

Trabalhar até falhar

Desenvolvimento de um Código de Prática de Manutenção de Estivagem e integre-o no Risco de Gestão de Estiva - Código de Prática. Esse código deve detalhar as tarefas de comissionamento e manutenção preventiva para garantir a operação e a manutenção seguras dos equipamentos usados ​​na estiva. Que o maquinário e seu serviço estão em conformidade com todos os regulamentos, normas e especificações de fabricantes .

Manutenção Operacional

Campanha de check list antes do inicio das operações , com tabulação  dos registros de serviço e  defeitos no tocante aos porteineres e guindastes quadro de aviso para mostrar quando os guindastes foram atendidos pela última vez e  quando sera a próxima .

Saúde mental

Apoio a uma estratégia coordenada e abrangente para combater todos os problemas de saúde mental que estão afetando não apenas os membros da MUA e seus famíliares, mas também a comunidade.


A estratégia deve incluir treinamento em cursos como Primeiros Socorros para Saúde Mental e Conselheiro Acidental. Precisamos que os trabalhadores sejam mais capazes de reconhecer sintomas e abordar colegas de trabalho que estão mostrando sinais de dificuldades .

O MUA deve tomar a iniciativa de incentivar os empregadores a reconhecer a saúde mental como um problema sério no local de trabalho. Os empregadores devem se comprometer a financiar treinamento para conscientização, licença apropriada quando necessário, e uma variedade de serviços de apoio.

Relatório de navios: campanhas conjuntas sobre embarcações pirangueiras

A 2018 MUA Sydney Branch Safety Conference convoca os trabalhadores para estabelecer uma embarcação padronizada no modelo de seção que inclua a notificação do próximo porto de escala.

Além disso, uma lista de distribuição dos principais HSRs em cada terminal que são responsáveis ​​por atualizar o registro de deficiências e encaminhar informações e fotos para a força de trabalho local e a do próxima porto, além disso,  plano de treinamento para o lançamento da NSCOP, incluindo o MO32, com informações e procedimento padronizado.


Direito de greve

Esta conferência considera o direito de greve uma questão fundamental de segurança. O direito de retirar nosso trabalho é nossa melhor defesa contra empresas que desrespeitam o alto risco, tanto em face de risco iminente  como medida preventiva. 

Internacional

Convocamos a MUA Sydney Branch a estabelecer um fundo de rede de segurança regional pelo qual seus associados contribuirão com US $ 1 por semana. O fundo será o principal responsável pelo financiamento de iniciativas de base para apoiar as redes regionais de segurança. Haverá uma comissão de fundos, onde haverá 6 representantes eleitos, dois de cada terminal, um do ERC e um da WHS, sendo a DP World, Patrick e Hutchison. Todas as quantias gastas exigirão o endosso majoritário do Comitê e incluirão signatários de pelo menos um representante de cada terminal.

Todos os futuros Acordos Empresariais de Estivagem do Terminal da Filial do MUA em Sydney devem incluir cláusulas que estabeleçam e apoiem as redes regionais de segurança.

Lixo nuclear

- A indústria nuclear  coloca ameaças inaceitáveis ​​à saúde e segurança dos trabalhadores, das comunidades e do meio ambiente. Essas ameaças incluem sérios riscos à saúde decorrentes da exposição à radiação. Décadas de pesquisa em saúde mostraram que não há dosagem segura de exposição à radiação.
- A Austrália desempenha um papel central na indústria nuclear global, com mineração de urânio e operações de exportação, um reator nuclear ativo em Lucas Heights no sul de Sidney e a importação e exportação de materiais radioativos desta instalação, incluindo varas de combustível nuclear gasto através de Port Kembla.
- A educação e a formação para os estivadores que lidam atualmente com materiais radioativos, incluindo o urânio em Port Adelaide e Darwin e os resíduos nucleares em Port Kembla, são extremamente deficientes.

Treinamento e qualificação 

O Grupo de Trabalho de Treinamento e Qualificações da Conferência de Segurança de Estiva de 2018, em Sydney, identificou que diferentes empresas de estiva estão executando níveis extremamente variados de treinamento, variando de dois a quinze dias.

Precisamos trabalhar com os padrões reconhecidos do setor, com um mínimo de duas semanas de treinamento para todos os novos funcionários, incluindo os trabalhadores de manutenção. Instrutores e coordenadores devem ser trabalhadores portuários e ter uma qualificação nacional mínima do Certificado IV TAE. Os trabalhadores devem ter acesso a um RTO externo com experiência comprovada no setor, por exemplo, METTL. Os novos funcionários devem ter a opção de rotação de tarefas para diminuir as lesões por esforço repetitivo e aumentar as oportunidades de treinamento em uma série de habilidades.

Precisamos de comunicações contínuas entre terminais e portos para manter altos padrões de segurança . 

O sindicato  de Sydney agradece a todos os participantes que participaram da conferência de segurança. É um tema importante: vida e morte.  de Nenhum trabalhador, em qualquer lugar, não deve ser ferido ou morto no trabalho. O objetivo da conferência é unir todos os estivadores e trabalhadores de manutenção em todo o porto e em todo o mundo, para garantir que o que aconteceu com o Laboom, o que aconteceu com Kim, nunca aconteça com outro estivador novamente. Agora vamos trabalhar!
http://www.mua.org.au/sydney_branch_safety_conference_mua_members_launch_new_safety_offensive?fbclid=IwAR2-LiOHlvbvjiem-fme8UYlUd-zei6Zp-Ff2ZrQYM5266r8qdZKjaGo3Wc