8 de dez. de 2010

Ineficiençia operacional portuaria

Porto de Santos é o estopim da ineficiência operacional

O Porto de Santos está em "situação crítica"e provoca um efeito cascata nos demais complexos de cargas do País,devido a sua alta incidência de atrasos nos embarques e desembarques e da longa espera para atracação de navios,aponta levantamento do Centro Nacional de Navegação Centronave.
O cais santista ainda causa custos extras de US$ 95 milhões por ano aos armadores,
aproximadamente 8% do frete das embarcações.
O maior complexo marítimo do País é o estopim da ineficiência operacional portuária.
De acordo com o Centronave,de janeiro a setembro último,os atrasos nos embarques e desembarques nos portos nacionais foram de 72.401 horas 3.017 dias,e as esperas das embarcações para atracação chegou a 78.873horas 3.286 dias.
A somatória dos dois problemas ainda provocou o cancelamento de 741 escalas, um acréscimo de 62% sobre o mesmo período de 2009 ,457.Já as escalas efetivadas caíram 9,1% no País,ficando em 4.237 ante 4.664 do mesmo período do ano passado.
Segundo o diretor-executivo do Centronave, Elias Gedeon,"esses cancelamentos explicam-se pelo congestionamento em Santos,que gera um efeito-dominó, prejudicando a operação nos demais portos".
Como exemplo do gargalo operacional no Porto de Santos,Gedeon revelou que as escalas efetivadas no Terminal de Contêineres Tecon Santos Brasil, o maior do País,caíram de 803 para 705, devido às horas perdidas.
Os atrasos nos embarques e desembarques na instalação cresceram 38,1% nos três trimestres fechados do ano,partindo de 12.348 horas para 17.054.O tempo de espera para atracar subiu 22,1%, de 11.599 para 14.163 horas.
Para piorar a situação,o Centronave verificou que os pátios dos terminais estão lotados,fruto da importação em alta.
A situação fica ainda mais complicada quando se soma os tempos de carregamentos aumento de 75% entre 2009 e 2010 e a vinda de navios maiores,o que reduz o número de berços disponíveis para atracações.
Cálculos do Centronave apontaram que o volume de contêineres movimentados em Santos aumentou 215% nos últimos 10 anos,mas a infraestrutura operacional não acompanhou.
O crescimento de berços foi de apenas 23% e da área alfandegada,de apenas 20% no período.
Janelas perdidas
A soma dos problemas afeta o desempenho dos portos seguintes na rota de Santos.
Segundo o Centronave,o armador acaba tendo de cancelar escalas,especialmente nos complexos da Região Sul.Em Santos,as paradas canceladas englobam 10% dos navios.
Mas nos portos seguintes, esse índice é bem maior, garantiu Gedeon.
Em Paranaguá (PR) e Rio Grande (RS),os cancelamentos neste ano foram de um para quatro navios.
Fonte Atribuna Diogo Caixote.


Soma se a isso erros operacionais como falta de planos de embarque e descarga,
problemas eletrônicos com softwear,quebra de balanças, caminhões ,erros em documentos,
e um excesso de profissionais com muita experiência teórica e pouca pratica,o que provoca muito retrabalho.
Fruto de uma redução salarial ao longo dos dois ultimos anos para algumas funções vitais ,
terminais que não operam 24 horas ou que deixam de operar nos fins de semana e feriados,
nos chamados períodos majorados .
O sucateamento do que e considerado cais publico prova clara da falta de planejamento para o porto ser um só ,o porto de Santos não o porto do terminal a ou b.
Imagina quando a chamada crise global da Austeridade atracar neste complexo portuário .

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