14 de jan. de 2015

Três Ministerios para Escoar

Três ministérios para Escoar
O Ministro Edinho Araújo da Secretaria de Portos juntamente com os ministros dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, e da Agricultura, Kátia Abreu anunciaram, no dia (13/01),  ações estratégicas para viabilizar o escoamento da safra agrícola 2015. Os três Ministérios estão investindo para dar continuidade às ações adotadas para evitar congestionamentos de veículos no corredor de acesso ao Porto de Santos, além de melhorias na infraestrutura dos corredores multimodais do Arco Norte nos estados do Mato Grosso, Rondônia, Amazonas, Tocantins e Maranhão.

As medidas são resultado da ação integrada de planejamento do grupo de trabalho formado por técnicos dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, dos Transportes e da Secretaria de Portos, com a participação do DNIT, ANTT, Antaq, Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Conab, Codesp, Confederação Nacional do Transporte (CNT), e Confederação Nacional da Agricultura (CNA).


A produção total no Brasil da Safra 2013/2014 de algodão pluma, arroz, feijão, trigo, milho e soja foi de 193.386,1 milhões de toneladas, enquanto que a previsão da Safra 2014/2015 é de 202.183,8 milhões de toneladas, um crescimento de 5% da produção, de acordo com o monitoramento agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O destaque no levantamento é para o complexo soja e farelo, que teve produção de 86.120,8 mihões de tons na Safra 2014, e tem uma expectativa de 11% de crescimento para este ano, com total de 95.919,8 milhões de tons. Desse total, 43% destinam-se à exportação.
A maior parte da produção está concentrada na região Centro-Oeste. A distribuição espacial da produção de 202,2 milhões de tons é de 85,4 milhões no Centro-Oeste (42%); 71,7 milhões de tons no Sul (36%); 19,2 milhões de tons na região Sudeste (9%), 19,1 milhões de tons na região Nordeste (9%) e 6,8 milhões de tons na região Norte (4%).
Segundo o levantamento, a região de Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), região que acelera a dinâmica de expansão da agricultura brasileira. Ao todo foram produzidas 8,6 milhões de tons do complexo soja (grãos e farelo) em 2014 (15,2% da produção de 2014) e a expectativa é que, em 2015, aumente para 10,5 milhões de toneladas (17, 2% da produção de 2015).
Aumento na exportação: Em 2013/2014 foram exportadas 61,5 milhões de toneladas do complexo soja e farelo, e a previsão é que, com o aumento da produção, a exportação aumente para 64,2 milhões de toneladas em 2015. Isso significa um aumento de 6,2 % nas remessas internacionais.
Os dados demonstram uma concentração das remessas pelo Porto de Santos e Paranaguá (50% das exportações na Safra 2013/2014). Outro aspecto em destaque é o crescimento da exportação por meio de Porto Velho, Itacoatiara, Miritituba, Santarém, Barcarena e São Luiz.
De Sapezal para Itacoatiara, o produtor tem custos de R$ 202,00 por tonelada, para um preço de comercialização de R$ 885,00 por tonelada. De Sorriso para Santos, o valor da despesa em transporte alcança a marca de R$ 260,00 por tonelada.

 Garantia de boas condições de trafegabilidade nas rodovias

ARCO NORTE
 Melhorias na infraestrutura nos
corredores multimodais em 6 estados (MT/RO/AM/PA/TO/MA):
 Garantia de trafegabilidade na BR-163/MT/PA entre Sorriso/MT e Miritituba/PA (945 km)
 Trechos pavimentados (809 km) - completar a contratação da manutenção em todo segmento
 Trechos não pavimentados (136 km) - previstas adicionalmente as seguintes intervenções:
Colocação de cascalho em trechos de atoleiro
Disponibilização de patrulhas de desencalhe (tratores) para socorro de veículos
 Continuidade das obras de pavimentação da BR-163/PA e de duplicação da BR-163/364/MT
 Manutenção das demais Rodovias do Arco Norte: BR-364/174/158
 Dragagem do Rio Madeira (finalizada em nov/2014)
 Incentivo à multimodalidade no Arco Norte: financiamento de 426 embarcações hidroviárias com recursos do FMM para operação nas Hidrovias do Madeira/Tapajós
CORREDOR DE ACESSO AO PORTO DE SANTOS
 Aprimoramento da Fiscalização da ANTT - controle do agendamento e fiscalização de transporte:
o Postos de fiscalização:
 4 fixos - Limeira/SP (Rodovias Bandeirantes e Anhanguera), Aparecida do Taboado/MS e Paranaíba/MS
 1 móvel - Três Lagoas/MS
o Suporte de tecnologia em tempo real
 Melhoria e qualificação da infraestrutura viária - duplicação de rodovias
o BR-060/GO (Goiânia - Jataí): concluída em out/2014
o PIL Rodovias: Em andamento duplicação de 213 km nas BR-050/060/163
 Incentivo ao Uso do modal ferroviário:
 Ampliação de Capacidade e Melhorias Operacionais no Acesso ao Porto
 Duplicação da ferrovia entre Campinas e Santos (223 km) - 95,5% concluída - conclusão mar/2015.
 Otimização da logística com aproveitamento do Complexo Intermodal de Rondonópolis/MT (Ferronorte) - permitirá transportar 10% mais que em 2014
o Fiscalização conjunta ANTT/ANTAQ para melhorar operação e infraestrutura ferroviária dentro do porto


 Atualização da estrutura de governança de gestão e operação do escoamento da safra:reforçando o papel da Autoridade Portuária na coordenação local da operação.
 Aperfeiçoamento das normas que regulamentam o processo de agendamento para acesso ao Porto de Santos.
 Aperfeiçoamento do processo de fiscalização de cumprimento do agendamento, associado ao reforço das equipes dos órgãos competentes.
 Credenciamento, pela Codesp, de um novo pátio de triagem de caminhões graneleiros .
 Introdução, em fase experimental, do novo sistema de agendamento e sequenciamento de caminhões, denominado PORTOLOG, ferramenta da "Cadeia Logística Portuária Inteligente" que contempla: Santos (projeto Piloto), Santarém, Itaqui, Pecém, Fortaleza, Suape, Aratu, Vitória, Rio de Janeiro, Itaguaí, Paranaguá e Rio Grande.
PORTOLOG
sistema de agendamento e sequenciamento de caminhões já está em uso pelos terminais graneleiros do Porto de Santos, em escala reduzida, e futuramente substituirá o atual sistema de agendamento (SGTC).

No que se refere aos outros portos por onde escoará parte da safra destinada à exportação, no caso do Porto de Paranaguá, segundo do país em escoamento de soja, já existe há mais de dez anos um sistema de agendamento que tem funcionado de modo eficiente.

Já os portos do chamado Arco Norte, tanto públicos, quanto os Terminais de Uso Privado, dispõem no seu conjunto de plena capacidade, em torno de 100 milhões toneladas, para movimentar o volume de grãos previsto para escoar por aqueles portos.
Ainda em relação à capacidade de movimentação e operação portuária, há que se destacar os investimentos em infraestrutura e acessos portuários, cujos reflexos são melhorias para o escoamento da soja destinada à exportação, a partir de 2015. São medidas que compreendem desde a alteração da poligonal do Porto de Vila do Conde; até a implantação do TEGRAM no porto de Itaqui e a autorização para implantação de Terminais de Uso Privado no Arco Norte, perfazendo um total de R$ 1 bilhão em investimentos, aumentando a capacidade de escoamento de granéis vegetais em 23 milhões de ton/ano.

Fonte:Portos do Brasil

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