24 de set. de 2016

Strike Estivadores de Santos

Estivadores em greve ocupam seu campo de trabalho em navio após protestos no Porto
A Polícia Federal deteve oito estivadores, no protesto na Libra Terminais, que culminaram com a ocupação do campo de trabalho  no navio Ocean Blue. Os protestos são contra a utilização de mão de obra estrangeira nas operações de navios naquele terminal marítimo.
A Libra chamou a Polícia Federal e a tropa de choque da PM para conter a manifestação dos estivadores em seu terminal, na Ponta da Praia, em Santos.
A federal levou os oito estivadores para  à sede da Polícia Federal, sete  estavam a bordo da embarcação o oitavo  em terra, na instalação portuária. A pena ocasiona reclusão de 1 a 3 anos, além de multa. Eles poderão responder em liberdade se for paga a fiança total de R$ 12 mil, calculada a partir dos antecedentes criminais de cada estivador, a policia militar ,o Choque está no terminal e o navio ‘Ocean blue’ , voltou a operar com mão de obra estrangeira, contrariando a Lei dos Portos e a Constituição Federal, atracado em um dos terminais da empresa Libra, na Ponta da Praia. 
 A Greve não e somente dos  estivadores avulsos e dos vinculados também e este e o grande repúdio do empresariado que achou que com a vinculação os trabalhadores da Barcelona brasileira iriam abandonar suas crenças .
O trabalho da estiva é altamente complexo e difícil, exigindo experiência de quem se propõe a executá-lo. Um descuido e ocorre acidente,esta  irresponsabilidade ,prova a ganância dos empresários que submetem, terceiros  a risco e a carga também pode sofrer avarias, pois uma carga mal estivada pode causar problemas tanto na operação quanto na  viagem do navio em alto mar, colocando em risco a tripulação.



A greve dos estivadores de Santos não é ilegal nem abusiva e suas reivindicações são procedentes. A conclusão é do Ministério Público do Trabalho MPT, em parecer assinado pela procuradora Vela Lúcia Claro e anexado ao processo de dissídio coletivo de data-base que tramita no Tribunal Regional do Trabalho TRT.
É completamente inverídico o argumento  que os trabalhos relacionados à movimentação de contêineres realizados por estivadores  nos navios são 80% automatizados.
Os pleitos dos estivadores, reajuste salarial de 10% , condições de trabalho , composição das equipes e PLR obrigatório pois o ano anterior se negou dando um baixo  abono , aos vinculados  e retroativo à março (data-base da categoria), 11,78% de reajuste salarial e VR de R$ 30,00 para os avulsos.
O segundo e mais polêmico esta no desrespeito ao acórdão do TST, que prevê a realização de 33,33% de suas operações com avulsos e de 66,66% com vinculados e as empresas estão utilizando calculo acima de 70%.
A Greve dos estivadores será julgada pelo TRT no dia 28
A multa aplicada por cada estrangeiro é de R$ 2.483,24. A lei 6.815-1980 proíbe estrangeiros de exercerem atividades remuneradas a bordo.Olha que país constrangedor e mais barato pagar a alguém que não paga imposto no país do que um estivador ocupar  seu campo de trabalho  em prol de sua família e cidade a multa e 5 vezes R$ 12 mil , somente no Brasil mesmo.

Três terminais foram multados após a Polícia Federal achar 14 estrangeiros de Montenegro, Samoa, Filipinas, Indonésia, Ucrânia, Tuvalu e Bulgária,atuando  nos navios MSC Maureem, R$ 17.382,68.  Mol Paramount R$ 9. 932,96 e Nordic Stralsund R$ 7.449,72 ,atuando em navios, o que é proibido, (BTP e Santos Brasil) em R$ 34.765,36 para três navios
A juíza Maria Cristina Xavier Ramos Di Lascio negou pedido de liminar da Sopesp que pretendia suspender a greve nos terminais de contêineres.
O caráter republicano e isento já foi posto à prova, e reprovado, inúmeras vezes.O evento  de ir por via judicial na mudança da forma de prestação de serviço de estiva no porto de santos foi um condução coercitiva do cidadão estivador , fora intimado, junto a sociedade  , marcando o auge da exposição pública da arbitrariedade da obrigação  , levando a uma reação firme, e republicana, de uma comunidade profissional  que já escolheu em que regime de garantias civis e políticas quer viver.
O episódio do Acordão  levou o arbítrio a novos limites. A fragilidade esta na desproporção da ação  que não  geram um retorno sócio econômico aos prejudicados ,tornaram-se ainda mais evidentes por causa de sua coincidência  total com o entendimento empresarial , tornando a responsabilidade do ente publico um mero adjetivo .
O combate à corrupção e o desejo dos estivadores mas não seremos complacentes com os precarizadores  e sua perseguição política e  policial.

Quem vai limitar a ganância do setor de container  será o juiz Sergio Moro? 

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