Congestionamento obriga operadoras a cortar serviços em três portos chineses
Em resposta aos índices galopantes de congestionamento sentidos nos portos chineses de Xangai, Shekou e Dalian, algumasarmadoras decidiram ajustar as suas linhas afetas às zonas em questão: a solução encontrada, por agora, resume-se ao corte de uma linha semanal Ásia-Europa a cada um dos três portos congestionados, de modo a prevenir atrasos e consequentes prejuízos.
2M e THE Alliance cortam serviços devido aos índices de congestionamento
A Maersk Line e a MSC (ambas da aliança 2M) encerraram já uma escala semanal no movimentado Porto de Xangai (o mais frenético do planeta) no contexto da rota Extremo Oriente-Norte da Europa ‘AE-2/Swan’, revelou a analista Alphaliner.
Devido aos constantes congestionamentos, as armadoras haviam já saltado, nos meses de Novembro e Dezembro, quatro viagens rumo ao porto chinês de um circuito entre seis oferecidos pela aliança na ligação Extremo Oriente-Norte da Europa.
Também a THE Alliance resolveu tomar medidas para escapar ao congestionamento: a aliança passou a omitir o Porto de Dalian da sua ligação Ásia-Norte da Europa no contexto do serviço ‘FE2 Service’. De acordo com a analista, esta omissão estaria prevista para Abril do próximo ano, mas a intensificação dos congestionamentos obrigou a aliança a antecipar tal medida.
Tendência persistente deve ser atacada com «mais capacidade», sugere a Alphaliner
Segundo relatos da Alphaliner, os fatores que vêm causando congestionamentos nos três portos são ainda pouco claros, mas o aumento do volume de mercadorias movimentadas em cada um deles poderá estar na base de tudo: Xangai, cujo porto lidera o ranking mundial, sentiu um acréscimo de 8,3% face aos 11 meses de 2016 (36,9 milhões de TEU’s), Shekou, o segundo maior porto da China, cresceu 5,3% (23,3 milhões de TEU’s) e Dalian, o sétimo maior, cresceu 6,1% até Novembro (9,5 milhões de TEU’s).
«Estas decisões marcam uma tendência de longo prazo que, a menos que seja remediada através de mais capacidade – nos terminais e também nos cais – continuará a pressionar os portos que estão muito perto – se não para lá – dos seus níveis de utilização realistas», comentou a analista ao aprofundar o tema, no passado mês de Abril, após a entrada em funcionamento das rotas das novas alianças.
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