A Luta contra a ameaça na beira do cais

Aos nostálgicos santistas, do tempo que aqui era o eldorado da solidariedade .
Para termos este titulo lutamos e passamos por cada uma .Em 1891, dois mil trabalhadores do porto são demitidos e substituídos pelos krumiros (fura-greves) de Quintino de Lacerda .
Em  1908. "O dia estava frio, em diversas horas do dia houve correrias pela cidade provocadas pela polícia. Os estivadores continuam firmes, não cedendo diante da abominada atitude da autoridade portuária". Em  1946, na gestão do presidente Eurico Gaspar Dutra,  dois navios franquistas foram trabalhados por bombeiros da capital  furando o movimento social e politico dos estivadores .Em  19 de março de 1980, uma quarta-feira,   tropas federais  mantiveram o controle do porto.
Todos este episódios foram  superados pela força da coletividade social dos estivadores.

 Então o fato de existir ´´ o fura greve`` , isto faz parte do ser humano ,e  você entende o não crescimento profissional a campanha de desqualificação na mídia e o excesso de cursos tanto públicos quanto particulares para funções portuárias , trabalhadores sem Ogmo em funções de chefia operacional. É como um relacionamento, a fase de divórcio entre a comunidade portuária e a autoridade portuária é analisada como um fenômeno  ligado à mecanização tecnológica,particularmente visível nos conteineres,  mas também e sentido nos gestores e trabalhadores,sem  laços estreitos com a profissão e com a  cidade  portuária , tendo à frente não somente os  terminais de contêineres  como os de graneis .

Por volta da metade da década de 70, alguns portos europeus  tentaram  introduzir este procedimento , mas só foi ter exito na Inglaterra após o liberalismo em 1995 , com uma característica  porto privatizado  sem operadores portuários e com terminais de conteiner  arrendados a grande armadores .Neste modelo de porto não se tem espaço para os atravessador  com grande influencia politica .
Voltando ao Brasil, este procedimento e defendido nas salas de aula e os filhos dos estivadores passam a ser doutrinados pela escola do Mercado .

Na historia da humanidade `a greve` sempre foi caso de Polícia, por perturbação ou por atrapalhar o  ganho do amigo pessoal do ocupante de cargo publico.

Á maior ameaça hoje enfrentada na beira do cais Santista  após sete dias, não esta nas redes sociais, nas fotos dos furas greves (em um terminal apelidados de tropa de elite),  que  a maioria achavam   que iam  ficar  eternamente no terminal, alguns desses membros que vestiram a camisa desapeando na barra ,estão neste momento fazendo Fe na parede e lingada como avulso. 

Prova que fura greve não tem nem o respeito e  o carinho dos donos do jogo de camisa e nem de suas comissões técnicas  .

Ao voltarem a parede foram tratados como eram antes de se vincularem.
Nenhum foi promovido, como acima citado, isso faz parte da luta por uma vida melhor .Sendo mais nítida numa sociedade de jeitinho onde a empresa tudo pode e o trabalhador nada tem .

Os senhores feudais dos terminais de conteiner achavam que os estivadores iam para casa chorar debaixo da saia das mulheres , mas somente uma categoria pode mandar a mulher fazer greve e piquete e elas não serão agredidas e nem desrespeitadas, já as demais mulheres dos operários brasileiros receberam, bombas ,gaz lacrimogênio e jato de água, no minimo .

A greve somente acontece  no maior porto do Brasil devido as ações hermenêuticas dos operadores portuário do conteiner no porto organizado de Santos.
O ninho tucano na beira do cais santista já mostra a que veio se dependendo da companhia ja esta  se vendo e sentido suas atitudes nos movimentos sócias deflagrados nos gates dos terminais.

Para o estivador  o trabalho é o remédio para manter o otimismo e a esperança, mesmo quando achamos que não há mais saída que nos leve ao caminho certo.
 Com essa certeza e motivação, foram aos acessos do porto   intensificar   o trabalho de base, o poder da conscientização dos direitos na beira do cais .
Avulso ou vinculado são todos estivadores,e mostram aos empregadores, em suas telas, 
uma categoria estruturada e organizada com  força para enfrentar e vencer os conflitos que se estabelecem na relação entre capital e trabalho.
 O que busca os gestores dos terminais de conteiner  é fragilizar o coletivo da beira do cais, os deixando a  mercê da insegurança   econômica, trabalhista  e  reféns do fantasma do desemprego. Esta a real ameça a se combater .

Termino com as palavras  de um estivador santista

OU ACABAMOS COM A POUCA VERGONHA OU A POUCA VERGONHA ACABA COM A GENTE . Recado de outrora do nosso saudoso ex Presidente Wanderley a todas as classes PORTUÁRIAS e co-irmãs no maior porto da América latina, as representações públicas de interesse regional , reproduzida por eu, com emoção e indignação na câmara de assuntos Portuários, na presença dos representantes das categorias , vereadores e vice executivo de Santos ( Prefeito ) ...Vamos laborar juntos, aglutinar forças para conter essa avalanche que se torna clara, evidente, com efeito dominó a exterminar todas a classes de TPas do nosso País, em detrimento dos operadores portuários e seus executivos, por ganância e visando lucros !!!