12 de nov. de 2010

Dormentes na preservação ambiental

Existem no Brasil,
aproximadamente 30.000 Km de linhas ferroviárias,
sendo 25.000 Km na bitola larga de 1,60m
e 5.000 Km na bitola métrica de 1,00m,
com aproximadamente 1.750 dormentes/Km na bitola métrica
e 1.850 dormentes por quilômetros na bitola larga,
ou seja, um total de 60.000.000 de dormentes assentados.
Dormentes são fabricados em madeira de lei como
aroeira, ipê, angico ,etc ou em
madeiras moles como pinho, eucalipto ,etc.
Dormentes de concreto Bibloco:
é formado por dois blocos rígidos de concreto armado sob cada trilho,
unidos por uma barra flexível de aço;
Monobloco:
é constituídos por somente uma peça rígida e contínua de uma
extremidade a outra.
São submetidos a grandes momentos fletores que aparecem em
diferentes seções do dormente.
São exclusivamente protendidos para resistir à
distribuição dos momentos fletores provenientes das ações dinâmicas.

Os dormentes de plástico contribuem
para o aumento da segurança nas ferrovias
já que não são suscetíveis a desprendimento das placas de fixação
, e também mantém as fixações, quaisquer que sejam.
Com isso,
a bitola é mantida tanto nos trechos em tangente quanto nas curvas,
mesmo após suportar muitos milhões de toneladas de carga .
A economia com dormentes de plástico
chega a 48mil dólares por milha por ano nos Estados Unidos
e são compostos com 85% material reciclável,
sendo o restante as resinas responsáveis por sua resistência mecânica.
A expectativa de vida deste produto está estimada de 30 a 40 anos.
É mais leve que o dormente de madeira,
não racha nem trinca, não conduz eletricidade,
e o seu uso inaugura uma nova era na preservação do meio ambiente.
Evita-se o corte de árvores e de madeiras nobres
e o desmatamento e afasta o perigo tóxico
representado pelos preservativos usados no tratamento da madeira.

A Vale foi a pioneira no Brasil na instalação importando dos EUA ,
e foram instalados inicialmente na ferrovia Vitória a Minas 500
e em Carajás, 1,2 mil unidades.
O Dormente de Plástico Reciclado
tem grande receptividade junto aos operadores ferroviarios,
tais como na CBTU - Metrorec, MRS Logística,
Companhia Ferroviária do Nordeste CFN,
Companhia Siderúrgica Nacional CSN, entre outras.


Dormentes de plástico começam a ganhar espaço nos trilhos do país
A Wisewood,
empresa de madeira plástica, de Itatiba (SP),
está em busca de investidores para promover sua expansão no país.
Primeira fabricante de dormentes de plásticos
a partir de lixos residuais em escala industrial,
a companhia tem contrato fechado
com a concessionária de ferrovias MRS Logística
e seus produtos já estão sendo testados pela Vale.
A Wisewood é especializada em dormentes para reposição,
a malha ferroviária é de cerca de 29 mil quilômetros no país,
dos quais entre 1,5 milhão e 2 milhões de peças são repostas por ano.
Em regiões que alagam,
como a de Santos, por exemplo,
precisam de reposição a cada dois anos porque apodrecem.

Em sua fábrica recebe o lixo residual,
entre os quais rebarbas de fraldas descartáveis,
recipientes de óleo combustíveis e de detergentes,
bombonas e sacos de embalagens para transformá-los em dormentes.
O material é coletado de cooperativas, sucateiros e das próprias indústrias.
A produção das peças de plástico ainda é marginal,
mas já tem atraído interesse de grandes companhias.

Com 95% de participação na empresa, Igel quer obter os 5% restantes,
por isso, negocia a entrada de novos investidores.
Com faturamento projetado em R$ 6 milhões para este ano,
a expectativa é atingir R$ 20 milhões em 2011
e alcançar R$ 50 milhões no ano seguinte.
Para buscar essa meta,
além dos novos investidores e diversificação dos negócios,
Igel aposta em novos contratos.
“Conversamos com diversas ferrovias
e estamos dispostos a efetuar todos os testes
necessários para colocarmos nossos produtos no mercado.”
Antes de instalar os dormentes de plástico nos trilhos,
os produtos foram testados pelo IPT, PUC-Rio e Unicamp.
Fonte: Valor Econômico

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