12 de nov. de 2010

Tarde chuvosa

É uma tarde chuvosa de novembro no grande cais santista
A operação caminhava tranquilamente e der repente
Você incendiou meu trabalho
Com uma tocha flamejante de iras e preconceitos
Derretou o animo do meu terno
que esmoreceu sem interesse
Deixou o frio da solidão no ar
eu me debruço sozinho num nevoeiro
pois há um silêncio no meu porão
O trabalho pereceu

Você sabe que no final,
devemos olhar ao redor ,
os caminhoneiros evaporaram,
e consigo levaram as chaves
pensando nas palavras certas para dizer.
pois as palavras saem,
sem pensar.
Eu farei entender.
E se tivesse que dar a volta ao mundo,
juntando tudo aquilo que movimentei ,
com o auxilio das minhas mãos ou mesmo do meu olhar.
Eu faria num piscar de tempo.
Eu não posso deixar você partir,
sem te mostrar este mundo .
Todo dinheiro do mundo não traria de volta aqueles tempos
pois você me perseguiu
acabou com a minha meta.
Eu tenho um buraco na minha logística ,
estourou a janela
Hoje é o dia,
em que as coisas vão se encaixar.
Você poderia ter feito qualquer coisa, se você quisesse

Mas eu aprendi a superar barreiras
e apenas continuar sorrindo
onde a água flui, é onde o vento
sopra entre os armazéns
e sonoriza nas amarras dos navios atracados nas docas de Santos.
Aqueles homens são sempre iguais frios e calculistas ,
como um vento gelado numa tarde chuvosa de novembro

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