12 de jan. de 2011

A Primeira mulher portuario do Brasil

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Aidila, a força da mulher

As mulheres podem até ser minoria no trabalho portuário,
mas, ao poucos,
elas estão começando a mudar essa realidade.
A conferente Aidila Maria de Menezes Chaves
foi a primeira Mulher no Brasil a trabalhar na atividade portuária.
Nascida no Ceará, ela resolveu vir estudar arquitetura no
Recife no início da década de 1980.
Já morando em Pernambuco, ela ficou
sabendo, por meio de uns amigos,
que o Porto do Recife iria abrir concurso para
a função de conferente de cargas.
Em 1983 sai o resultado das provas:
de todos os amigos que prestaram o concurso,
apenas Aidila foi aprovada.
Já são 27 anos de dedicação e amor à função de conferente.
No início das atividades,
uma surpresa:
os trabalhadores avulsos não tiveram resistência
em aceitar a presença de Aidila no Porto do Recife.
“Eles sempre me respeitaram muito”, diz.
“Quando eu contei para os meus pais que
iria trabalhar na atividade portuária
eles ficaram com um pouco de receio
porque, até então,
era uma área na qual existiam apenas homens.
Mesmo depois de tanto tempo,
até hoje minha mãe sempre me liga preocupada com o
meu trabalho”, completa a conferente.

Durante a época do concurso, Aidila conheceu o seu marido,
o conferente João Chaves, com quem tem três filhos.
Sempre que dá, ela gosta de
reunir a família para colocar o papo em dia e assistir um bom filme.
Ela também gosta muito de ler,
especialmente livros e revistas relacionados a ciências e
tecnologias.

Para Aidila,
a atividade de conferente é bastante prazerosa, mas ainda
tem algumas lacunas a serem preenchidas.
“As mulheres ainda não têm os
mesmos direitos que os homens no Porto do Recife.
Desde que entrei para a
função de conferente, por exemplo,
eu solicito um banheiro exclusivo para as
mulheres, porém até hoje o pedido não foi atendido.
Nós temos que nos virar
para trocar de roupa e fazer as nossas necessidades fisiológicas”,
conta.
Fonte O Portuario

Um comentário:

  1. Parabéns a todas nós mulheres guerreiras que lutam e enfrentam de cabeça erguida todas as formas de preconceito. E a você Aidila a primeira portuária meus parabéns.

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