A denominação precarização do trabalho tem sido aplicada
a um processo relativamente recente, ocorrido nas últimas quatro décadas,
provocado pelo desenvolvimento de uma gestão globalizada.
Embora se expresse
pelos efeitos de uma grande transformação que vem afetando o mundo do trabalho,
assenta-se na condição de subordinação do trabalhador assalariado e na sua
situação de vulnerabilidade.
O cenário aponta um processo de acumulação em níveis altos e o aperfeiçoamento da gestão da força de trabalho, para alcançar maior competitividade, elevar a produtividade e garantir a lucratividade.
A globalização tem sido um processo de expansão e hegemonia da transformação do Estado de bem-estar social, da reestruturação produtiva marcada pela flexibilidade e inovações organizacionais, a partir de setores econômicos chaves, da disseminação da tecnologia da informação, levando ao encolhimento da participação do trabalho na produção de riqueza.
O cenário aponta um processo de acumulação em níveis altos e o aperfeiçoamento da gestão da força de trabalho, para alcançar maior competitividade, elevar a produtividade e garantir a lucratividade.
A globalização tem sido um processo de expansão e hegemonia da transformação do Estado de bem-estar social, da reestruturação produtiva marcada pela flexibilidade e inovações organizacionais, a partir de setores econômicos chaves, da disseminação da tecnologia da informação, levando ao encolhimento da participação do trabalho na produção de riqueza.
Desestruturada, a relação de emprego padrão, onde
prevalece o trabalhador assalariado formal, o trabalho remunerado que garante
reconhecimento social entrou em convulsão com as renovadas crises da
acumulação.
À existência múltipla e coetânea do trabalho parcial, por tempo
determinado, sem contrato, em domicílio, precário, associado e acima de tudo
solitário e individualista decorrente
dos mecanismos de rebaixamento dos custos do trabalho, de sua desregulamentação
e perda de valor do trabalho na sociedade contemporânea.
No Brasil, apresentou singularidades nos anos 1990 e o processo de dilapidação dos direitos à condição salarial do trabalhador. Os diferentes impactos aos processos econômicos e sociais sobre o nível de emprego e o mercado de trabalho, atestando ser a flexibilização acompanhada de contínua precarização com consequências sociais. Os empregos sem contrato ou com contratos por tempo determinado, interinidade, trabalho de tempo parcial e formas “atípicas” de ganho.
No Brasil, apresentou singularidades nos anos 1990 e o processo de dilapidação dos direitos à condição salarial do trabalhador. Os diferentes impactos aos processos econômicos e sociais sobre o nível de emprego e o mercado de trabalho, atestando ser a flexibilização acompanhada de contínua precarização com consequências sociais. Os empregos sem contrato ou com contratos por tempo determinado, interinidade, trabalho de tempo parcial e formas “atípicas” de ganho.
A precarização do trabalho elenca perda da renda, o trabalho por conta própria, sem carteira assinada,
contrato por tempo determinado, maquiado num desemprego disfarçado, trabalho desprovido de garantias .
O fenômeno da
precarização do trabalho resulta da conjugação e interdependência de recentes
processos históricos, como a flexibilização, a informalização, a
desregulamentação, a terceirização.
A precarização se presta a múltiplos
batizados e há que caracterizá-la, distinguindo-se flexibilidade, de
flexibilização do trabalho.
Flexibilidade é a habilidade de um sistema para
assumir diversos estados sem deterioração significativa de custos, qualidade
e inovação, se expressa na
jornada, salários, produção, direitos trabalhistas, relações de trabalho, previdência social, na
legislação e no mercado de trabalho.
A flexibilidade,
e um conjunto de formas e
de práticas na gestão dos recursos humanos: processos de downsizing e
reengenharia, substituição do trabalho de tempo integral pelo trabalho parcial,
por subcontratação.
Ela baixa o custo salarial o transformando em lucro empresarial; a flexibilidade do emprego pressupõe uma alteração na organização do
trabalho, que passa de um conjunto de postos permanentes e estáveis, para
empregos individualizados e flexíveis. Uma mão de obra individualizada sem censo coletivo e social .
Pelo
fato de as relações de trabalho configurarem um “campo de tensão”, exprimem
tanto as pressões exercidas pelo mercado no sentido de mercadorização da força
de trabalho, quanto as normas sociais e institucionais que asseguram a sua “desmercadorização”.
Quanto mais pessoas habilitadas para as funções menor sera a remuneração . Explícitas ou difusas, compartilhadas ou aceitas pelas partes envolvidas, essas normas institucionalizadas transitam entre a eliminação das causas do conflito e a materialização das formas de regulação das relações de trabalho.
Quanto mais pessoas habilitadas para as funções menor sera a remuneração . Explícitas ou difusas, compartilhadas ou aceitas pelas partes envolvidas, essas normas institucionalizadas transitam entre a eliminação das causas do conflito e a materialização das formas de regulação das relações de trabalho.
Essa é a chamada reconfiguração das relações produtivas e
institucionais, na qual as formas anteriormente estabelecidas de definição de
empregos, dos contratos e dos postos de trabalho estão se transformando de tal
modo que o próprio conceito da forma de trabalho assalariado é posto em questão.
As práticas de flexibilidade, introduzidas na década de 1990, com o PL 8 de 1993 e por algumas decisões judiciais e executivas como a mudanças das poligonais o não cumprimento da 137 e 145 da OIT alteraram o conteúdo histórico do processo do trabalho.
As práticas de flexibilidade, introduzidas na década de 1990, com o PL 8 de 1993 e por algumas decisões judiciais e executivas como a mudanças das poligonais o não cumprimento da 137 e 145 da OIT alteraram o conteúdo histórico do processo do trabalho.
Todas estas medidas geraram o aumento da instabilidade de renda, achatamento da
hierarquia dos postos de trabalho e reformas, como a multiplicidade de tarefas
múltiplas extensivas, a cobrança de capacidade para dominar novas e múltiplas tarefas .
Fonte
Da precarização do trabalhador portuário avulso a uma
teoria da precariedade do trabalho
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