29 de abr. de 2015

VI. Debate sobre a capacitação de Trabalhadores Portuários nos portos de Salvador e Aratu-Candeias:


Situação atual, iniciativas em curso e Propostas

Inicialmente o Presidente do Conselho fez a apresentação do Secretário da Indústria Naval e Portuária do Governo do Estado da Bahia, o Sr. Carlos Costa,  passando-lhe a palavra.
 O Secretário Carlos Costa agradeceu e disse ter tomado  conhecimento de que um debate sobre a capacitação dos trabalhadores da área  portuária estaria na pauta desta reunião, por isso fez questão de estar presente, especialmente para ouvir e tentar ajudar nessa questão, até porque esse assunto é também uma preocupação do Governo de Estado. 
Informou ainda que iria à Secretaria  de Portos na semana seguinte à reunião, sendo um dos assuntos a tratar o referente ao  treinamento dos trabalhadores. 
O Secretário de Estado se colocou à disposição para contribuir e participar do debate. 
O Presidente do Conselho, antes de dar início ao debate, citou o art. 33 da Lei nº 12.815
que delega ao OGMO a competência para  formação do trabalhador portuário e do trabalhador portuário avulso, e também o art. 33  do Decreto nº 8.033, 
que institui o Fórum Nacional Permanente para Qualificação do  Trabalhador Portuário
Em seguida agradeceu a presença da representante do OGMO,  a Senhora Daniela Pinheiro, passando-lhe a palavra. 
Dando inicio, a representante do  OGMO falou sobre seu trabalho à frente da área de treinamento e apresentou o quadro atual dos TPA’s 
(Estiva, Vigia, Capatazia, Conferente, Consertador), esclarecendo sobre  a forma de escalação informatizada, bem como a situação dos trabalhadores  aposentados que continuam na ativa. Sobre o treinamento, esclareceu as obrigações  legais do OGMO na formação profissional e treinamento multifuncional. 
Justificou a não  realização de cursos do PREPOM nos últimos dois anos (2012 e 2013) em virtude da dificuldade na celebração do convênio entre o OGMOSA e a Marinha do Brasil para a  realização das capacitações.
 Expôs que tais dificuldades residem desde a dificuldade de  manusear o sistema SICONV para formalização e gestão dos convênios até a  indefinição quanto ao responsável na Marinha do Brasil para a assinatura do  instrumento. 
Destacou o fato de o OGMOSA, por se encontrar em situação de  adimplência em relação aos tributos federais e ter buscado a celebração de convênio  com a Marinha do Brasil para a realização de treinamentos do PREPOM, acabou sendo  prejudicado em relação aos demais OGMOs que se encontram em situação de  inadimplência. Isso porque, segundo a representante, para as entidades inadimplentes,  a Marinha do Brasil financia e gere diretamente a realização das capacitações sem  necessitar do convênio.
 O Capitão-Mar-E-Guerra José Correa Paes Filho corroborou as  informações. 
A partir disso, a representante do OGMOSA e o Capitão-Mar-E-Guerra  informaram que ambas as instituições estão em tratativas avançadas para a realização  de treinamentos do PREPOM diretamente financiada pela Marinha do Brasil, sem a  necessidade de celebração do convênio.
 Em seguida, a representante do OGMOSA  apresentou sugestões para melhorar o programa de treinamento e para ampliar o Centro de Treinamento e Qualificação Portuária, de modo a reduzir a dependência do PREPOM, a partir de outras parcerias, a exemplo do PRONATEC, via SENAI local. 
Registrou também o fato de o OGMO não ter representação no 
Fórum Permanente para  Qualificação do Trabalho Portuário e apontou a necessidade da entidade em participar  do referido colegiado, em razão de conviver diretamente com as atividades realizadas  pelos trabalhadores portuários e saber de suas dificuldades.
 O Conselheiro Roberto Zitelmann disse que foi muito oportuno o debate e falou sobre a importância de realizar  cursos para desenvolver a multifuncionalidade e capacitação dos trabalhadores,  especialmente em razão da frequente modernização dos das técnicas operacionais e dos equipamentos portuários. 
O Conselheiro Gilberto Moura Costa ressaltou a importância do debate, sugerindo abrir um espaço fixo nas pautas de reuniões para  trazer informações sobre a capacitação dos trabalhadores, lembrando que o OGMOSA  é muito bem avaliado nacionalmente e precisa de apoio no sentido de constituir uma escola especial para treinamento e formação de portuários. Prosseguindo, lembrou que  o porto é o maior arrecadador de ISS do município, por isso, sugere que a Prefeitura, o  Estado e a FIEB sentem juntos para buscar uma forma de criar uma escola de formação  para o trabalhador portuário, obtendo como resultado uma maior produtividade e competitividade. 
O Conselheiro Roberto Zitelmann disse que levará a sugestão para a  próxima reunião da Comissão de Porto da FIEB, no sentido de buscar recursos para  essa iniciativa. 
O Presidente do Conselho agradeceu a presença da representante do  OGMO e do Secretário da Indústria Naval e Portuária da Bahia, considerou debate muito proveitoso e disse que é oportuno manter um canal aberto para o assunto na  pauta do Conselho.


Fonte ATA DA 4ª REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO DE AUTORIDADE PORTUÁRIA DOS 2 PORTOS DE SALVADOR E ARATU-CANDEIAS, REALIZADA EM 18 DE JULHO DE 2014.

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