O Porto liderado por Cândido Gaffrée e Eduardo Guinle foi
autorizado pelo Decreto Imperial no 9.979 a construir e explorar o Porto de
Santos.
E constituíram a empresa Gaffrée, Guinle & Cia., mais tarde
transformada em Empresa de Melhoramentos do Porto de Santos e posteriormente em
Companhia Docas de Santos - CDS.
Em 7 de novembro de 1890 o Governo Provisório
da República assinou uma revisão do contrato de concessão, que foi aprovada
pelo Decreto nº 966, estendendo as obras do cais em mais 1.130 metros de cais
até o Paquetá, incluindo a execução de uma doca destinada ao mercado de peixe.
O prazo de concessão foi elevado para 90 anos.
O marco oficial da inauguração
do Porto é 2 de fevereiro de 1892, quando entregou à navegação os primeiros 260
m de cais, Valongo.
Com o vapor
"Nasmith", de bandeira inglesa.
Uma via férrea de bitola de 1,60 m e
novos armazéns para guarda de mercadorias compunham as obras do porto.
Em julho
de 1892 foi autorizado pelo Decreto nº 942 o prolongamento do cais, de Paquetá
até Outeirinhos. Com mais esta ampliação a extensão do cais já tinha previsão
de 5.021 metros, incluindo-se aí trecho na Ilha Barnabé de 301 metros. No ano
de 1896 o porto já contava com 1 km de cais, 5 armazéns e 10 guindastes
hidráulicos.
Para aparelhar o cais recém-construído para os embarques
de café entraram em serviço novos guindastes e os primeiras correias espirais para o café, conhecidos como shiplouders,
com capacidade para 500 sacas/h.
Para aos serviços de manutenção dos
equipamentos de operação e às necessidades das obras de expansão foram
construídas as instalações das oficinas mecânica, de carpintaria e civil,
serraria, fundição, almoxarifado e depósito para locomotivas.
Em 1906 o Governo
Federal aprovou o estudo para instalação de uma usina hidroelétrica em
Itatinga, com a finalidade de fornecer energia elétrica ao porto. Inaugurada em
10 de outubro de 1910.
Em 1909 o porto já contava com 4.720 m de cais, 26
armazéns internos e 15 externos, um armazém frigorífico, 23 pátios cobertos,
dois tanques para óleo combustível com capacidade de 17.500 m3 e 38.300 m de
linhas férreas. Além disso, cinco ribeirões haviam sido canalizados e cobertos,
a Bacia do Mercado havia sido construída, e a região da cidade que margeava o
estuário em toda a extensão do cais do porto estava saneada.
Somente após 16
anos em e 1926 que retorna as obras, com a implantação de um
cais e de tanques para depósito de combustíveis e inflamáveis na Ilha Barnabé, três
descarregadores pneumáticos para trigo, 30 novos guindastes com capacidade
entre 3 e 6 t, e um guindaste para 30 t para operação no Pátio de Volumes
Pesados.
Após 14 anos inicia a extensão do cais no sentido do rio Saboó.
Foi
entregue à operação em 1945 o primeiro
trecho do cais do Saboó e a montagem do oleoduto entre o Saboó e a Alamoa,
preparando sua futura interligação com o terminal da Ilha Barnabé através de um
trecho submerso com 1.150 m de extensão .
Em 1968.
Nesse ano o cais contava com 7.034 m de
extensão.
Ainda nesse período foi implantada a via navegável ao longo do canal
de Piaçaguera, que culminou com a inauguração dos terminais marítimos da Cosipa
em 1969 e da Ultrafértil em 1971.
Em 1973 foi inaugurado o Corredor de
Exportação de granel da Ponta da Praia.
Em 1980, com o término da
concessão de exploração do porto pela CDS, a CODESP assumiu a administração do
porto.
A CDS passou para a Codesp um complexo portuário formado por 11.387 m de
cais; 32 armazéns externos e 21 internos; 23 pátios internos e vários externos;
uma ferrovia interna e a usina hidroelétrica de Itatinga.
Entre os anos de
1977 e 1981 a PORTOBRÁS construiu o Terminal de Contêineres Tecon na margem
esquerda.
Em 1985 a empresa
Cutrale inaugurou seu terminal destinado à exportação de suco e pellets
cítricos na margem esquerda; em 1986 foi a Cargill Agrícola iniciar as
atividades de seu terminal na margem esquerda para o embarque de granéis em 1989 foi concluída a ampliação do terminal de granéis líquidos
da Alamoa, com mais dois berços.
A
partir de fevereiro de 1993, com a promulgação da Lei 8.630, a CODESP passou a
se afastar progressivamente da operação portuária.
E em 1995, com o
arrendamento do Terminal 37 à Libra Terminais, teve início efetivo a
transferência de áreas para exploração pelas empresas particulares no escopo do
PROAPS – Programa de Arrendamento e Parcerias no Porto de Santos.
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