29 de abr. de 2015

Um Aspecto da Historia do Porto de Santos

O Porto liderado por Cândido Gaffrée e Eduardo Guinle foi autorizado pelo Decreto Imperial no 9.979 a construir e explorar o Porto de Santos.
 E constituíram a empresa Gaffrée, Guinle & Cia., mais tarde transformada em Empresa de Melhoramentos do Porto de Santos e posteriormente em Companhia Docas de Santos - CDS. 
Em 7 de novembro de 1890 o Governo Provisório da República assinou uma revisão do contrato de concessão, que foi aprovada pelo Decreto nº 966, estendendo as obras do cais em mais 1.130 metros de cais até o Paquetá, incluindo a execução de uma doca destinada ao mercado de peixe. 
O prazo de concessão foi elevado para 90 anos.
O marco oficial da inauguração do Porto é 2 de fevereiro de 1892, quando entregou à navegação os primeiros 260 m de cais, Valongo. 
Com  o vapor "Nasmith", de bandeira inglesa.
 Uma via férrea de bitola de 1,60 m e novos armazéns para guarda de mercadorias compunham as obras do porto.
 Em julho de 1892 foi autorizado pelo Decreto nº 942 o prolongamento do cais, de Paquetá até Outeirinhos. Com mais esta ampliação a extensão do cais já tinha previsão de 5.021 metros, incluindo-se aí trecho na Ilha Barnabé de 301 metros. No ano de 1896 o porto já contava com 1 km de cais, 5 armazéns e 10 guindastes hidráulicos.
Para aparelhar o cais recém-construído para os embarques de café entraram em serviço novos guindastes e os primeiras correias  espirais para o café, conhecidos como shiplouders, com capacidade para 500 sacas/h. 
Para aos serviços de manutenção dos equipamentos de operação e às necessidades das obras de expansão foram construídas as instalações das oficinas mecânica, de carpintaria e civil, serraria, fundição, almoxarifado e depósito para locomotivas.
 Em 1906 o Governo Federal aprovou o estudo para instalação de uma usina hidroelétrica em Itatinga, com a finalidade de fornecer energia elétrica ao porto. Inaugurada em 10 de outubro de 1910. 
Em 1909 o porto já contava com 4.720 m de cais, 26 armazéns internos e 15 externos, um armazém frigorífico, 23 pátios cobertos, dois tanques para óleo combustível com capacidade de 17.500 m3 e 38.300 m de linhas férreas. Além disso, cinco ribeirões haviam sido canalizados e cobertos, a Bacia do Mercado havia sido construída, e a região da cidade que margeava o estuário em toda a extensão do cais do porto estava saneada. 
Somente após 16 anos em  e 1926  que retorna as obras, com a implantação de um cais e de tanques para depósito de combustíveis e inflamáveis na Ilha Barnabé, três descarregadores pneumáticos para trigo, 30 novos guindastes com capacidade entre 3 e 6 t, e um guindaste para 30 t para operação no Pátio de Volumes Pesados. 
Após 14 anos  inicia a  extensão do cais no sentido do rio Saboó. 
Foi entregue  à operação em 1945 o primeiro trecho do cais do Saboó e a montagem do oleoduto entre o Saboó e a Alamoa, preparando sua futura interligação com o terminal da Ilha Barnabé através de um trecho submerso com 1.150 m de extensão .
Em  1968. 
Nesse ano o cais contava com 7.034 m de extensão.
 Ainda nesse período foi implantada a via navegável ao longo do canal de Piaçaguera, que culminou com a inauguração dos terminais marítimos da Cosipa em 1969 e da Ultrafértil em 1971. 
Em 1973 foi inaugurado o Corredor de Exportação de  granel da Ponta da Praia.
 Em 1980, com o término da concessão de exploração do porto pela CDS, a CODESP assumiu a administração do porto
A CDS passou para a Codesp um complexo portuário formado por 11.387 m de cais; 32 armazéns externos e 21 internos; 23 pátios internos e vários externos; uma ferrovia interna e a usina hidroelétrica de Itatinga.
 Entre os anos de 1977 e 1981 a PORTOBRÁS construiu o Terminal de Contêineres Tecon na margem esquerda.

 Em 1985 a empresa Cutrale inaugurou seu terminal destinado à exportação de suco e pellets cítricos na margem esquerda; em 1986 foi a Cargill Agrícola iniciar as atividades de seu terminal na margem esquerda para o embarque de granéis  em 1989 foi concluída a ampliação do terminal de granéis líquidos da Alamoa, com mais  dois berços.
 A partir de fevereiro de 1993, com a promulgação da Lei 8.630, a CODESP passou a se afastar progressivamente da operação portuária.
 E em 1995, com o arrendamento do Terminal 37 à Libra Terminais, teve início efetivo a transferência de áreas para exploração pelas empresas particulares no escopo do PROAPS – Programa de Arrendamento e Parcerias no Porto de Santos.

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