21 de mai. de 2015

O Saber do Porto Competitivo

Um porto competitivo e em constante crescimento  exige de suas empresas  um compromisso permanente na busca da eficiência nas operações  na redução da burocracia e na oferta de agilidade  nos serviços agregados . Diante do modelo flexível   e dos novos velhos conceitos ,  onde a divisão técnica a integração do trabalho individualizado modificam as tarefas . 
O desenvolvimento do conteúdo informativo com difusão das ferramentas de inserção tendem a fazer desaparecer as fronteiras tradicionais do cais .

A mecanização, possibilita  usos múltiplos dos próprios conhecimento na captação de uma multiplicidade de informações obtidas na requalificação, prescrita, é substituída ao diagnosticar, prevenir, antecipar, decidir e interferir em relação a uma dada situação concreta de trabalho.

Estas características do trabalho vigoram como qualificação para o posto de trabalho nas ocupações que exigem competências semelhantes .
Não se trata mais, portanto, de um cursinho  , mas da qualificação real do trabalhador, compreendida como um conjunto de competências e habilidades, saberes e conhecimentos, que provêm de várias instâncias, do conhecimento científico, da formação profissional técnico e da experiência de trabalho e social .

O "saber-ser" do que no "saber-fazer". 
O conjunto de competências concretas do trabalho, a articulação dos vários saberes formais, informais, teóricos, práticos, tácitos para resolver problemas ,situações de imprevisibilidade, para superar aos desafios característicos do trabalho. 

A capacidade de reconhecer e definir problemas, equacionar soluções, pensar estrategicamente, introduzir modificações no processo de trabalho, atuar preventivamente, transferir e generalizar a capacidade de planejar organizar , estabelecer e gerenciar seu tempo e espaço na expressão de comunicação com seu grupo, superiores hierárquicos ou subordinados, de cooperação, trabalho em equipe, diálogo e no  exercício interpessoal .
Utilizar todos os seus conhecimentos nas diversas situações encontradas na vida cotidiana para o ambiente de trabalho e vice-versa com iniciativa, criatividade, vontade de aprender, abertura às mudanças, consciência da qualidade e das implicações éticas do seu trabalho.

Entretanto, é preciso,  propiciar uma formação que permita aos trabalhadores agir com critérios de equidade. Neste sentido, compreendendo sua posição e função na estrutura produtiva, seus direitos e deveres como trabalhador, sua necessidade de participação e de acesso  as informações .  O problema que se coloca, hoje, é a necessidade do Porto e do próprio sistema  dessa qualificação que está muito mais ao nível da subjetividade /intersubjetividade do trabalhador do que as qualificações anteriormente existentes.

Nessa abordagem o fato de que ha qualificação real dos trabalhadores, é histórica, contextualizada no processo dinâmico do entra e Sai de  navios mesmo nas mudanças no conteúdo e natureza do trabalho e impactado pelos aspectos mecanizantes deste processo. Mesmo nas relações sociais resultante de negociações entre interesses do capital e trabalho. Trata-se aqui de ressaltar, que as competências não surgem como desdobramentos  da mecanização, mas refletem relações de poder entre interlocutores sociais envolvidos no processo.
Desta forma, as qualificações dependem da conduta e estratégias da Autoridade portuária evidenciada pelos métodos de gestão e da consciência e organização dos trabalhadores na implantação dos programas.

 O raciocínio de polivalência dos trabalhadores, no reagrupamento de tarefas pela supressão de postos ou pelo enxugamento dos quadros. 
Busca uma multifuncionalidade, na qual o trabalhador opera dois ou três equipamentos com domínios dos princípios e habilidades. 
Mesmo que esse trabalhador opere diferentes equipamentos, com diferentes métodos e instrumentos , tendo  um aumento de qualificação, incorporação e transferência de conhecimentos,  auto-organização e participação inovativo do trabalho, abrindo espaços para a criatividade do trabalhador.
Neste  sentido o conceito de multifuncionalidade, onde o trabalhador não apenas domina diferentes técnicas, equipamentos e métodos, mas conhece a origem destas técnicas, os princípios que embasam os processos  suas implicações, seu conteúdo ético,
 compreendendo o "como fazer," mas o "porque fazer." 

Sugere a França , Charte des Programmes de 1992.
O ensino técnico-profissional é, assim, voltado para objetivos definidos em termos de competências terminais a serem adquiridas ao final do curso, do ano, ou da formação, que são explicitamente detalhados e descritos em termos de saberes e ações. Essas competências devem ser avaliadas através de critérios de desempenho altamente especificados.
A identificação das competências requeridas é operada por referenciais construídos na mesma lógica utilizada no ensino técnico e profissional, a partir das mesmas categorias de saberes, saber-fazer e de "ser capaz de."Neste caso, a educação continuada  e na área portuária e a formação em alternância em instituições de formação profissional, representariam uma maneira de manter atualizada  a mão de obra . 
Os critérios de equidade, bem-estar coletivo, democratização da sociedade devem estar presentes e orientar não só o procedimento básico  , mas o técnico-profissional e a requalificação diária . 
Se o centro de treinamento portuário construir competências para as necessidades e exigências das empresas, a formação profissional estará desconhecendo que as competências dos trabalhadores são também fruto das relações sociais e que existem, no contato diário de ação no processo operacional. 

A comunidade  da cidade portuária  discute, negocia a participação nos espaços das instituições de formação profissional para propiciar valorização da experiência, nos seus espaços de trabalho , com exigências de uma organização qualificadora.
Mostrando que precisamos compreender suas vantagens e limitações. 
Na realidade dinâmica, onde convivem as exigências de eficácia na produtividade com a necessidade de um trabalhador qualificado e  competente.
Desdobramento das normas de qualidade como a série ISO 9000 e a ISO 14000 ou PBQP Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade .

O PNQC (Programa Nacional de Qualificação e Certificação) vinculado ao PBQP, e vêm implantando Centros de Exames de Qualificação para a certificação ocupacional em diversas áreas baseadas na experiência .
Voltando  o ponto de vista no sistema formador, os saberes e conhecimentos com dimensão educativa baseado em procedimentos passados por profissionais docentes com experiência  na abordagem de transferência  reconhecida com mecanismos convincentes para reaprendizagens.

Este o papel, das instituições de formação profissional, dos trabalhadores Portuários.
As políticas sociais  e as estratégias que adotam para fazer diferença  na vida dos trabalhadores portuários e da comunidade do complexo do maior porto do Brasil  em ações que buscam programas  ambientais , culturais  e educacionais.
Mas tudo isso com uma  Autoridade Portuária de mão dadas com a comunidade Portuária  . 
Esse o maior elo de responsabilidade  .

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