A importância da educação ganha força com a teoria do capital humano onde investimentos
em recursos humanos evitam o sub aproveitamento dos investimentos realizados.
A
questão de educar-se para o trabalho revelou que,
não pode ficar alheio aos
problemas do emprego,
nem pode restringir-se a preparar ou capacitar o
trabalhador para apenas uma função.
O
processo educativo tem que, obrigatoriamente, contribuir para o desenvolvimento
integral do trabalhador, incentivando e orientado para o aprender a pensar e
para o aprender a aprender.
E dar ao ensino da formação profissional uma educação para o mundo do trabalho, não só
técnica, contida no sistema formal, mas que ofereça expectativas de crescimento profissional ao
trabalhador.
Essa oferta gera comprometimento dos trabalhadores, na concepção
e na metodologia educacional de treinamento, com ganho prático na cidadania.
Quando
a capacitação se intensifica por multiplicação de procedimento formal, esse
isolamento provoca, entre outros efeitos, o engessamento do currículo técnico
para a área em questão.
Não obstante os problemas resultantes dessa situação,
enquanto o paradigma da desqualificação e anti produtividade inflada pelas
associações empresarias nos corredores de Brasília desde 1987, a
qualificação profissional nos moldes ofertados pelo OIT surtiu resultados positivos , para a mão de
obra própria do terminal de Conteiner, mas não para os trabalhadores do quadro do Ogmo.
Orgão que tem obrigação de qualificar e capacitar os trabalhadores tradicionais , mas por
engano do poder são equipados e gerenciados pelos operadores portuarios .
Bastou a mudança do paradigma tecnológico e o intercambio internacional para que se
percebessem os enganos cometidos.
As correções de rumo na formação profissional só serão viáveis quando
houver efetiva participação de governo e trabalhadores.
Por um lado, discute-se
hoje, com muita freqüência, as questões da qualidade do ensino e a necessidade
de reformular os currículos para aproximá-los das novas velhas exigências tecnologicas
existentes.
A história brasileira mostra que a qualificação e requalificação no tocante aos programas de capacitação
profissional estiveram sempre dissociados de um projeto nacional de crescimento portuário resultado de um forte lob empresarial.
Como conseqüência, existe somente dois Ceneps e muitos
dos Foruns Permanente de Qualificação deixão a desejar às demandas formuladas
pelos investimentos de novos portos e na ampliação dos terminais já existentes .
A importância da formação profissional e da
qualificação para o desenvolvimento
econômico é inquestionável.
No entanto, tem
efeitos diferenciados sobre os trabalhadores portuários — notadamente existem
mais centros de multiplicadores para a
mão de obra própria — do que verbas e treinamento para os trabalhadores tradicionais
,arrumadores,conferentes ,consertadores ,estivadores e vigias.
Para os
primeiros,adentrando a área sem experiência para que sejam ensinadas as habilidades
básicas para o desempenho de sua função e possibilitam o aperfeiçoamento
contínuo do trabalhador. Para os tradicionais, a questão é qualificar para um
conjunto de ocupações dentro do porto como um todo para garantir sobrevivência
ocupacional a esse grupo, pois se estivéssemos estudando outro pais o fato de existir dois grupos ja seria considerada uma obra de ficção cientifica .
As instituições de formação
profissional têm grande dificuldade de se manterem tecnologicamente
atualizadas, pois são obrigadas a
disputar as licitações das escassas verbas para treinamento mesma aquela compulsoriamente recolhida para
esse fim, na qualificação dos trabalhadores portuários.
Um grande equivoco burocrático
criar o centro de excelência portuária na lei mas não direcionar as verbas que
seu porto recolhi pra este fim.
O
objetivo de um bom conteúdo programático é fornecer ao trabalhador um leque de
alternativas adequando a formação as necessidades do porto e que amplie as suas possibilidades de crescimento
profissional e simultaneamente, incentivando metodologias de capacitação baseadas
na experiência para
desaguar na qualidade da prestação do serviço.
O problema de uma questão tão complexa como a
apresentada, de dois mundos que se juntam na operação mas com visões tão distantes .
Numa muralha criada pelos os mesmos que caminham nos
corredores do poder chorando dos Custos.
Parabéns Simão pelo artigo!
ResponderExcluirRealmente, nós que estamos no curso de formação do concurso Ogmo/Estica de Rio Grande - RS, já estamos sentindo que após esse curso, conforme comentam os véspera do Ogmo, levaremos muitos anos para poder ter qualificações em outros cursos.
Triste realidade!
Mas, não nos daremos por vencidos e continuaremos nessa batalha!
Parabéns!
Silvio Menezes.