24 de mai. de 2017

Estivadores receberão adicional no Po

Portuários avulsos receberão adicional por contato com pó de carvão
    Assim, o TRT-2 concluiu que todas as vezes em que prestaram serviços à empresa houve o contato com o agente insalubre
Estivadores receberão insalubridade por contato habitual com pó de carvão
A reclamação trabalhista foi ajuizada por quatro estivadores do Porto de Santos que trabalhavam nas dependências do porto operadas pela Usiminas. O pedido de pagamento do adicional foi julgado improcedente pela 2ª Vara do Trabalho de Cubatão, mas o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP) reformou a sentença neste ponto, não acolhendo a conclusão do laudo pericial no sentido de que o contato com agente insalubre se dava de maneira eventual.  
De acordo com o laudo, o contato com o pó de carvão ocorria nove vezes ao ano – e os estivadores trabalhavam no cais da Usiminas também nove vezes por ano. Assim, o TRT concluiu que todas as vezes em que prestaram serviços à empresa houve o contato com o agente insalubre, “e de forma totalmente irregular, porque não eram fornecidos equipamentos de proteção individual”. Segundo o Regional, o caráter intermitente das atividades não exclui o recebimento do adicional de insalubridade, nos termos da Súmula 47 do TST.
A Usiminas insistiu, no recurso ao TST, que a exposição ao carvão se dava em caráter eventual. Mas no entendimento do relator, ministro Hugo Carlos Scheuermann, diante da conclusão do TRT, no sentido do contato habitual e sem EPIs, não houve ofensa aos dispositivos de lei e à jurisprudência, ao contrário do alegado pela empresa.
A decisão pelo não conhecimento do recurso foi unânime.    
(Mário Correia/CF)
Ao seguir tal entendimento os estivadores e trabalhadores portuários que prestam serviço não somente com carvão, mas também com outros agentes prejudiciais a saúde terão direito a um adicional. Um grande exemplo esta na operação com enxofre .Uma coisa e certa as filas aos tribunais se formaram nas cidades portuárias pela imposição empresarial ao não cumprir e aplicar o respeito social aos seus prestadores de serviços, baseados nas teorias de modernização  .


     

 

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