Com os gritos de ordem " Pra mulher do deputado tem presente " Pro marido da senadora tem presente " Os estivadores desfilaram pelas ruas do centro de santos , a concentração ocorreu por volta das 7 horas na sede do Sindestiva, na Rua dos Estivadores, no Paquetá.
Às 8h30, a categoria começou a caminhar em direção à sede do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp), na Rua Amador Bueno, no mesmo bairro.
Durante o ato cívico , se deu uma parada em frente ao Ministério do Trabalho, na Praça José Bonifácio.
A omissão dos órgãos públicos na imposição do empresariado com a vinculação por tempo de serviço ao trabalho dos estivadores , trouxe consequências negativas ,a sociedade onde estas empresas estão instaladas .No primeiro instante e uma redução salarial , no segundo e o impedimento de crescimento profissional e o terceiro e a mais violenta que a precarização da mão de obra avulsa .
O tema , constata a existência de repercussão ao analisar o mérito da questão , mostra que o operador portuário em nome de uma politica de acumulo de ganho , faz ato reverso no dicionario do gestor .
Voltando ao principio e melhor ao primeiro fator , que como diz o empresario "a lei me da este direito" .
Para ajudar ao entendimento o Dieese lançou um aplicativo, chamado Negociando, para que cada trabalhador ou categoria possa calcular perdas e reajustes salariais e de benefícios, com base nos índices de inflação.
O aplicativo está disponível para baixar na “playstore” dos celulares ou tablets, e é bem simples de usar, com três funcionalidades básicas. Uma delas compara os índices de inflação e do reajuste salarial, apontando perdas ou aumentos reais no período. A outra faz o cálculo dos abonos ou benefícios complementares que seriam necessários para repor perdas, no caso de o reajuste do salário ser inferior à inflação; e a terceira avalia o vale-alimentação ou vale-refeição, indicando em quanto deveriam ser corrigidos, com base em determinado período, para recuperarem seu valor de compra.
Fica a dica
Agora espia o folhetim
Em greve, estivador fez
passeata nesta segunda-feira 12 de março
Estão em greve, desde as 7 horas da manhã desta segunda-feira (12), os 3 mil estivadores avulsos e vinculados de Santos. O movimento, de 24 horas, terminará às 7 desta terça-feira (13).
A categoria se concentrou diante do sindicato, a partir das 7 horas, e saiu em passeata, às 8h30, por ruas dos bairros Paquetá e Centro. Às 9h50, pararam diante do prédio onde funciona o Sopesp.
Sopesp é o sindicato patronal dos operadores portuários do estado de São Paulo, que motivou a greve ao se recusar a negociar com os trabalhadores as reivindicações da campanha salarial.
O presidente do sindicato dos estivadores, Rodnei Oliveira da Silva ‘Nei’, lembra que a data-base da categoria é em março e que desde dezembro tenta negociar com o Sopesp.
Após a passeata, mais uma vez o sindicalista protocolou ofício requerendo a abertura das negociações. Segundo ele, entre dezembro de 2016 e março de 2018, o sindicato protocolou 15 ofícios nesse sentido.
“De dezembro passado até agora, mandamos sete ofícios ao Sopesp, propondo reuniões sobre a campanha salarial”, explica Nei. Os demais, segundo ele, tratam da convenção coletiva de trabalho.
“Essa convenção também está no pomo da discórdia”, diz o líder dos estivadores. “O Sopesp insiste que nós não quisemos assiná-la. Mas como assinar uma convenção que retira direitos dos trabalhadores?”
Assédio
O diretor de imprensa do sindicato, Sandro Olímpio da Silva ‘Cabeça’, reclama do assédio dos terminais de contêineres sobre os estivadores vinculados.
“Mandaram táxis buscarem em casa os trabalhadores e avisaram, por telefone, que os relutantes seriam demitidos ou punidos de outras formas”, lastima o sindicalista.
Segundo ele, os principais assediadores foram os terminais BTP e Libra. Na Santos Brasil, pessoas de outras categorias trabalham a bordo, com a tripulação.
O dirigente da estiva explica que a lei dos portos (12.815-2013) determina que as atividades de estiva sejam exclusivas e específicas: “Nenhuma outra categoria pode exercer a função”.
Sandro lembra que a constituição federal e a consolidação das leis do trabalho (clt) garantem o direito e a liberdade de greve, desde que cumpridas as exigências legais.
“Cumprimos todas as regras da legislação”, diz ele. “Informamos aos operadores e usuários com uma semana de antecedência. Mesmo assim, ameaçam demitir, como já fizeram em greves anteriores”.
Jornalista: Paulo Esteves Passos
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