18 de out. de 2020

Olhar sobre a huelga en Bilbao

 As empresas, cosco, Bergé, S.L.P. e Toro e Betolaza acusam os estivadores de terem entrado em greve para perpetuar os seus privilégios no Porto de Bilbao, grupo bem pago que controla o cais contra as disposições da lei. Asseguram que “os serviços mínimos não são respeitados” e que com ameaças e coerção não é respeitada a liberdade de outros trabalhadores entrem no cais.


Os estivadores do Porto de Bilbao –Coordinadora, UGT, ELA, LAB e Kaia– realizam movimentos sociais até o dia 25 de outubro para denunciar violações do acordo coletivo e que as empresas exijam a aplicação das normas liberalizantes estabelecidas na Lei europeia. A contratação dos estivadores é feita através da BilboEstiba, que tem um quadro de pessoal fixo de 320 pessoas e além de um cem avulsos do ETT Ranstad. Os sindicatos denunciam que suas pausas são violadas por falta de pessoal enquanto os contratos são feitos de um dia até os eventuais anos de garantia. As empresas exigem que a lei seja respeitada e que sejam liberalizadas atividades como tarefas complementares, que ficam fora do costado.


O que preocupa as cidades portuárias e o procedimento do parlamento europeu, pois deixam transparecer que somente neste ambiente votam e se elege empresários ou gestores. Será que além da legislação relativa à liberalização da estiva, veremos uma dos advogados, magistrados, médicos, jornalistas e políticos. As lutas de hoje na beira do cais são reflexos da íntima ligação dos empregadores com os membros do parlamento europeu.

Nos tabloides vemos em letras garrafais graves prejuízos para às empresas um duro “retrocesso irreversível” e às quatro empresas recordam os investimentos que realizaram e pedem o apoio das autoridades públicas.


Do outro lado os estivadores denunciam ameaças e coerções de violação dos serviços mínimos e alertam para os danos que o desemprego causa ao porto de Bilbao e a toda a economia basca.

Qual e a distância que separa os estivadores de seus empregadores?

A situação não tem saída fácil, mas a declaração da Bilboestiba não reflete mais do que desespero de pessoas que acreditaram que tudo ganharam, além de uma tentativa de dissolução do CPE, dar as tarefas complementares, as empreiteiras rompendo todos os acordos, em vigor desde 1995.

A exemplo de levar os avulso  para o Grupo II se não fossem treinados pela estiva. Para ser maquinista  o trabalhador deve passar pela estiva, para sua própria segurança. Sem qualquer tipo de negociação  a Ransdtad faz um curso de maquinista e colocam pessoas para entregar e receber com essas máquinas e, para tornar o jogo mais diabólico, a Adecco também entra e oferece pessoal para trabalhar de maquinista.

Os ETTs “são contratos leoninos, não por dia, mas por hora, sem contribuições (como fazem os estivadores profissionais) no Regime do Mar, com horários inaceitáveis ​​… e as empresas vão sempre com a história de que 'isso não é o seu', embora o Acordo com o porto de Bilbao esteja em vigor”.

O conflito, surge pelas tarefas complementares — que em alguns casos chegam a 40% do salário de um estivador no porto basco — nós os fazemos. Neste porto historicamente sempre foi assim. E, de um dia para o outro, a empresa -Bilboestiba — resolveu pular e modificar o Convênio e passou a terceirizar essa mão de obra, inicialmente cedendo-a à Ransdtad e, posteriormente, em joint venture, à Adecco, da qual fazem parte as funções que recolhemos… o que fazem é encurralar-nos nos barcos. Há cerca de um mês, Bilboestiba tomou esta decisão “e, nessa altura, decidimos apresentar o aviso de greve”.

Dizem que os estivadores são radicais, estamos cumprindo as condições dos serviços mínimos, estamos vendo que tem gente na entrega e na recepção de carga que nunca vimos antes no porto de Bilbao, para o qual sabemos que alguns fizeram cursos de poucas horas, e outros que simplesmente vêm da rua para operar máquinas no porto; tudo isso denunciado na comissão de trabalhadores e atuando junto à sede dos ETTs ”.

No que se refere à extinção do CPE, esta se vendo o mesmo enredo da muralha de Lisboa. Nesse sentido e difícil dissolver uma empresa com 320 estivadores. Legalmente podem fazê-lo porque os regulamentos foram alterados e sempre que querem pressionar a parte social, ou aceitamos as suas condições, ou eles podem dissolver a empresa.


A concentração convocada nas docas do complexo da Biscaia. Num movimento social como nunca visto em 25 anos, preparando a comunidade portuária de outros portos espanhóis. Pois, estão chamando  temporários de Santander para cobrir a estiva enquanto durar a greve. E lado a lado com seus familiares e amigos os estivadores caminharam ombro a ombro pelas vias mostrando a sociedade local o canibalismo de seus empregadores por seus soldos.

.https://www.elcorreo.com/economia/empresas-acusan-estibadores-20201014120404-nt.html

https://www.naucher.com/actualidad/comunidad-portuaria/los-estibadores-de-bilbao-muestran-su-union-y-firmeza-sin-fisuras-ante-el-ataque-por-parte-de-las-empresas/

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