25 de jan. de 2021

Aconteceu isto em Valparaiso

 Se o filme On the Waterfront (pt Há Lodo no Cais; br Sindicato de Ladrões, en Argentina, México y Venezuela, Nido de ratas; en España, La ley del silencio ) é um filme de 1954, dirigido por Elia Kazan e estrelado por Marlon Brando, fosse regravado ou repaginado para ir às telas em 2022, qual seria o maior mau real dos portos retratado a sociedade.


Nossa um ato impensável ocorreu em um importante porto do pacífico da América latina.
Na manhã de um segunda-feira, trabalhadores de uma empresa que presta serviços externos ao Terminal Cerros de Valparaíso (TCVAL) montaram barricadas dentro do quebra-mar do Porto de Valparaíso. Chamas arderam na beira do cais com uma grande e gorda fumaça negra, vistas dos quatro cantos da cidade.

O Sindicato dos Trabalhadores Transitórios do Porto ESTIBADORES DE VALPARAÍSO, diante das ameaças da empresa do senhor Marcial Olguín, declara:

1.- Nos portos do Chile. O trabalho marítimo-portuário inclui uma série de tarefas e funções; Entre eles, os trabalhadores portuários desenvolvem a função de “Auxiliar de Embarque” ou “operador de empilhadeira”.

2.- Que a exceção até hoje era o Porto de Valparaíso, onde ditas tarefas eram realizadas pela empresa do senhor Olguín - que erroneamente se autodenomina um "grupo" - à custa do abuso e da exploração dos trabalhadores. Especificamente, por esse trabalho, que tem o valor de uma jornada normal de um trabalhador portuário, o senhor Olguín pagava 50% a menos. Tudo isso com o consentimento das empresas que operam no Porto de Valparaíso.

3.- O nosso sindicato, antes da saída da empresa TCVAL do terminal 2 do porto de Valparaíso, realizou uma negociação inédita com a OPVAL (empresa doca TCVAL) e a Empresa Portuária de Valparaíso, para garantir a estabilidade e continuidade laboral de todos os sócios que trabalham no Terminal 2. Entre as solicitações estava o pagamento da função de Auxiliar de Embarque, como turno integral do porto, e não pela metade. Queremos deixar claro que as pessoas que estavam estacionadas no local 6 do cais não são estivadores do terminal.

4.- Ressalte-se que, diante dessa conquista, o Sr. Olguín ameaçou atear fogo ao Sindicato e hoje em atitude violenta ateou fogo a máquinas portuárias, destruiu materiais de trabalho e a área de refeição do terminal, em além de apostar em pessoas com facas e armas de fogo, dentro e fora do terminal. Fatos muito graves que condenamos veementemente e pelo mesmo motivo agiremos legalmente contra ele.

5.- Estes fatos somam-se aos cometidos pelo seu filho, que agrediu 3 dos nossos associados, fatos para os quais as respectivas reclamações já foram apresentadas no Ministério Público local.

6.-Qualquer agressão a um membro do conselho de administração, aos nossos sócios ou à propriedade sindical, responsabilizamos Marcial Olguín. Estamos preocupados e impressionados pelo fato de Atílio Machiavelli, da companhia marítima, estar pronto para registrar e cobrir os acontecimentos terroristas em Olguín, quando em outras ocasiões nos acusou de "alterar a paz social"

7.- Condenamos a ação seletiva da força pública nesta ocasião, onde não há detentos, represálias ou repressão contra os que atacaram o terminal, uma vez que foram apanhados “em flagrante”. Na greve que fizemos em 2018 e nas mobilizações subsequentes, fomos vítimas de acompanhamentos, prisões, repressão, camaradas com denúncias no Ministério Público e presos, por muito menos do que este “grupo” fez. Pois aqui foram violados os códigos de segurança portuária e ninguém sofreu condenação ou represálias por isso.

Por fim, comunicamos que o Sindicato não funcionará até que a empresa cumpra seu dever de Proteção e Segurança para com seus trabalhadores, sendo um risco comparecer a plantões neste ambiente mafioso. Esperamos que a empresa, assim como o poder público, possa proporcionar condições de trabalho e segurança para nosso pessoal.

Aguardamos o pronunciamento do prefeito de Valparaíso, da autoridade portuária de Valparaíso, da empresa e das autoridades locais.


 A opinião da beira do cais.

 Pseudo líder, este senhor Marcial Olguín. Em uma entrevista, dizem que são praticamente bagunceiros dois trabalhadores portuários de Valparaíso, mas eles não dizem que te explora, estou mais do que nunca em evidência, que não quero perder mais que esses trabalhadores, ′ ′ os seus interesses pessoais ′ ′, Pagando um gol de Port Trabalhava que durou anos, trata-se da cobertura do empresário e administrador do Tps (Von Appen) Porto de Valparaíso, também como dois dirigentes do Tps Valpo cotraporchi.

Como se explica essa manhã para a violência descoberta e ninguém fala nada ...?

Algum comunicado de Tps, dois dirigentes sérios, da empresa portuária, contra esses pseudo portuários, de que amamos vocês verdadeiros portuários ...?

Quer continuar a beneficiar, não só com a exploração da sua própria organização, mas não mais, estar atento para quebrar quaisquer greve ou mobilizações que sejam muito válidas e dignas contra os seus colegas do TCVAL ...?

Esperamos que as autoridades competentes tomem atitudes contra este ato terrível e violento, ou é necessário que apareça algum trabalhador morto ...?

Chega de abusos, Sr. Von Appen, chega das suas práticas anti-infinitas, chega das suas mais práticas de comércio contra seus pares. Ganhe seus clientes com dignidade e não usando artefatos de secules anteriores.

S. G. Cruz

Esta  empreiteira, que pegou a figura de sindicato durante a greve de novembro a dezembro de 2018, que contou com a vênia da administração da TPS e da Cotraporchi, mal pode justificar a sua ação como defesa do trabalhador portuário, pois se o Sindicato dos Estivadores de Valparaíso conseguiu melhores condições salariais e trabalhistas para quem trabalha com eles e se as pessoas que trabalham para o Sr. Olguin preferem trabalhar com o Sindicato dos Estivadores, este cavalheiro não pode impedi-lo, mas atentar contra um princípio básico que é liberdade e busca permanente de melhores condições para o operário portuário.

Estes atos de amedrontamento, que geralmente realiza em Valparaíso, devem ter uma clara declaração de rejeição de parte dos sindicatos do porto e das empresas que aí operam. Não só para punir esse comportamento, mas também para tirar o estigma de que eles promovem esses comportamentos ao fazer vista grossa para esses atos de matonagem.

G.

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