15 de fev. de 2021

A Entropia da Vacinação

 Governo federal do EUA pede para que governos estaduais priorizem trabalhadores essenciais em vacinação

Cada estado decidirá quem priorizar na segunda leva de vacinação, a primeira foi a dos profissionais da saúde e das casas de repouso e asilos. O CDC pediu para que os governos deem preferência a professores, profissionais dos setores de farmácia, dos serviços de correios, dos transportes, de segurança e de redes varejistas de alimentos. No caso de cidades com aeroportos internacionais, portos e de fronteira priorização aos profissionais destas áreas.

O comitê é vinculado ao centro de Controle e Prevenção de Doenças. Os governos estaduais vão usar as recomendações do painel como parâmetro para tomar suas decisões sobre quem vacinar primeiro.

Já no Brasil

A ordem de vacinação dizem que é copiada e colada do modelo americano de vacinação. Só que a sociedade brasileira, na prática, se percebe uma desigualdade ao Vacinar o diploma de profissionais de medicina, odontologia, psicologia, fisioterapia, terapia ocupacional, enfermagem, médicos veterinários, biomédicos, odontologistas, fonoaudiólogos, biólogos, nutricionistas, profissionais de educação física e serviço social. As imagens nas redes sociais de vacinados jovens, saudáveis, aposentados, em teletrabalho ou que atuam em consultório. Segregando quem nunca parou de trabalhar  correndo risco.

Claro que num país sem corporativismo, além dos profissionais de saúde, os trabalhadores de outros setores essenciais entre eles os trabalhadores do transporte coletivo de pessoas e de carga, da segurança pública e professores da educação básica. Mas no Brasil esses profissionais, mesmo  que estejam entre os grupos prioritários do PNI, não são contemplados pelas três primeiras fases e ainda não há definição para o início da imunização de uma quarta ou quinta etapa.

Acontece que os mais velhos ficam em casa. E os adultos jovens que tem que buscar comida, trabalhar, não ficam. São esses que vão ter a doença. Quem está morrendo mais são os trabalhadores quem não podem trabalhar no home officer. Então este grupo que nunca parou terá em seu ambiente de trabalho aglomerações devido à volta à normalidade no ritmo de vida dos adultos vacinados acima de 60 anos. Não podemos esquecer que as prefeituras através de suas secretarias de saúde podem alterar as listas devido às características de sua cidade a exemplo de cidades com aeroportos internacionais e portos ou de fronteira.

Recomendo "Ensaio Sobre a Cegueira", livro de José Saramago.

Num mundo onde a entropia é uma constante.

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