Os estivadores abriram nos últimos 11 meses uma cruzada por seus direitos sociais de saúde e segurança no maior porto do país na maior pandemia de nossos tempos o covid 19. Solicitando mascara e álcool em gel, receberam uma sova com o fechamento do ponto de escalação, local de encontro social dos estivadores. Os mesmo responsáveis por esta atitude, mais unidos do que no passado, os gestores que geralmente tem a palavra final nas decisões na beira do cais, pressionam por sua bandeira do novo perfil, publicada nos jornais da cidade portuária.
Por trás desta metamorfose ambulante está pactuado o desavesso a cultura profissional portuária. Com certeza isto não e comum nos portos do Estados Unidos e Europa. O ativismo do gestor por seu arrendamento teve efeito prático negativo no porto organizado, o que prevaleceu geralmente de descaso para recursos para a saúde e segurança dos estivadores. Pois, entendem que a CPATP e uma problema por resolver mesmo no meio de uma pandemia.
O caso mais recente e emblemático dessa convicção de gestão se desenrolou na beira do cais do Saboo.
Autoridades científicas dos EUA, sugeriram que será necessária uma cobertura de 70% a 85% da população para que as coisas voltem ao normal.
Israel, que já vacinou seus trabalhadores portuários, está se encaminhando para uma cobertura de 75% em apenas 2 meses. Os EUA, já vacinou os trabalhadores essenciais e está vacinando os idosos, chegara no Ano Novo de 2022 (embora Dakota do Norte possa chegar lá seis meses antes do Texas).
Anunciada vacinação em massa de estivadores de San Antonio, seguindo os passos de Singapura e de Dubai.
Nos próximos dias, os estivadores de San Antonio serão vacinados contra a Covid-19. Isso se enquadra no plano de vacinação do Governo, que estipula um calendário para os grupos correspondentes. Nesse sentido, as operadoras portuárias pertencem ao grupo 1f a 1c, o que lhes confere uma priorização aprimorada que lhes permitirá receber a dose mais cedo.
Ricardo Rodríguez, presidente do Sindicato dos Estivadores das Cais de Maipo, “somos a primeira linha no abastecimento nacional por isso é tão importante que possamos ser vacinados contra o Coronavírus. O Chile transita por portos com importações e exportações, e o país não pode ser paralisado pelo contágio dos trabalhadores. É espetacular, termos sido considerados pessoas essenciais e prioritárias para a vacinação”.
Sobre o processo, Rodríguez comentou que parte de seu trabalho como dirigente sindical é incentivar os estivadores a se vacinarem contra o vírus. “Como em todos os lugares há quem não queira se vacinar, principalmente por causa do medo, dos comentários nas redes sociais e das notícias falsas sobre o assunto. Devido ao nosso tipo de trabalho, nós estivadores estamos mais expostos ao Covid-19 e com a vacina tiramos um peso dos ombros da nossa família e da comunidade portuária”.
Demostrando a preocupação com os trabalhadores de aeroportos, terminais rodoviários, portos, farmácias, forças armadas e segurança pública, serviços que não podem fazer home Office.
Enquanto isso no Brasil a notícia que saiu, neutra e burocrática, apenas divulgava as datas de vacinação para funcionários da saúde e brasileiros acima de 65 anos. Acompanhando o procedimento realizado nos portos mundiais, a conversa produzida com o único objetivo de vacinar o estivador pelo interesse público. As fileiras da estiva estão sendo diminuídas com perdas de companheiros.
A vacinação e importante .
A emocionante homenagem a Cristian Ignacio Condori Lopez, estivador do Iquique Terminal Internacional, que seus companheiros proporcionaram. Cristian tem sido mais uma vítima desta terrível pandemia que está assombrando em todo o mundo, mas também de um sistema neoliberal voraz capaz de colocar a vida dos trabalhadores em risco antes de parar de ganhar um simples dólar.
Nossos mais sinceros sentimentos à família, companheiros e amigos.
Descanse em paz.
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