E vero, verdade não é fake, nós não estamos na década de 60 do século passado, isso ocorre em 2023 e somente sabemos graças as redes sociais. No país do presidente linha dura. Ele foi algo novo, diferente, que apareceu na política, defende o seguidor que não se considera nem de direita, nem de esquerda. "É um fenômeno mundial". Estes como sempre precarizam os trabalhadores em favorecimento dos empresários, fato que ocorre não importando serem de esquerda ou de direita. Tudo e aceito em nome da modernidade e do liberalismo.
Trabalhadores do terminal de Acajutla são deslocados por militares da Defesa e alertam para o risco à segurança do pessoal devido à falta de capacitação profissional.
O porto de Acajutla, localizado no departamento de
Sonsonate, a administração do terminal deu instruções ao pessoal portuário para
treinar elementos do Ministério da Defesa Nacional.
Uma das diretrizes para todo o pessoal encarregado da
operação de guindastes dos navios é permitir que os militares "opere os
comandos do guindaste sob sua orientação, colaboração e acompanhamento", com
o objetivo de completar as horas práticas que incluem os fundamentos do curso
de guincheiro.
No jargão portuário, "guincheiro" é o estivador que opera os guindastes para carregar e descarregar os navios. Os trabalhadores do terminal, que pediram para manter sua identidade em sigilo por medo de represálias, afirmaram que esta situação os mantém "ansiosos", pois, temem serem substituídos por militares.
Explicaram também que a formação para este tipo de trabalho
requer entre três a quatro anos, ou 3 mil horas trabalhadas pelo que um, ou
dois meses não é suficiente para preparar este operador. O risco é que se um
operador der a ordem errada quando estiver movimentando contêineres pelo
equipamento, poderá ferir os colegas que estão por perto, exemplificaram. As
fontes consultadas disseram que os trabalhadores estão com medo, pois, em caso
de acidente a responsabilidade recairia sobre os operadores.
Por isso, o STIPES, em um de seus comunicados, afirmou
"que a presença de efetivos das Forças Armadas na movimentação de
guindastes graneleiros tem gerado problemas operacionais e colocado em risco a
estrutura do navio, bem como os próprios guindastes que foram movimentados
inadequadamente", para que os trabalhadores do terminal "se
distanciem da situação atual".
Na carta emitida pela direção do porto de Acajutla, as
autoridades detalham que a atividade faz parte do “apoio interinstitucional que
está sendo realizado entre o Ministério da Defesa Nacional como Nova Autoridade
Marítima e o CEPA”.
Em maio passado, um impasse relacionado à não renovação do
contrato coletivo dos estivadores causou procedimentos padrões no atendimento
dos navios. No dia 30 de abril expiraram os contratos de 240 trabalhadores
temporários da área operacional, manutenção e segurança portuária, que
desempenhavam funções como estivadores, operadores de guindastes navais,
operadores de equipamentos portuários e vigias.
E por este motivo o gerente do Porto de Acajutla ordenou que
treinassem o pessoal das Forças Armadas para operar os guindastes e os ameaçou
com sanções caso se opusessem a essa instrução.
O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Portuária de El Salvador
(Stipes) demostrou nas redes sociais uma série de irregularidades nas
instalações do Porto de Acajutla, administrado pela Comissão Executiva
Portuária Autônoma (CEPA).
Desde o dia 15 de julho passado que receberam o pedido do
CEPA para treinar soldados no uso de guindastes, algo que o sindicato disse
discordar porque "é um desrespeito à classe trabalhadora".
“É injusto que os militares estejam a ser formados com toda
a prioridade e privilégio que não têm tido os nossos verdadeiros heróis
portuários. A função deles é operar guindastes, não treinar pessoal sem
experiência em trabalho portuário, pois, vidas humanas estão em jogo.
Diante dessa situação, o sindicato solicitou em seus vídeos
a intervenção tanto do presidente Nayib Bukele quanto do ministro do Trabalho,
Rolando Castro, porém, nem o Ministério do Trabalho, nem a Presidência publicou
informações relacionadas à situação em Acajutla.
Somente nesta hora e que os trabalhadores portuários
entendem que está nova política em nada defere dos velhos políticos de direta
ou de esquerda. Em atitudes para apoiar os empresários.
Neste ponto, o pedido de Andreatta é “um abuso de poder e
autoridade”, e demonstra que este funcionário não respeita o acordo coletivo
dos trabalhadores daquele terminal portuário.
Da mesma forma, alguns parágrafos adiante pode ler-se que “o incumprimento (da instrução) acarretará os respetivos processos sancionatórios ou disciplinares correspondentes”.
Representantes da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai se
solidarizam com o sindicato Stipes pela tentativa arbitrária da Cepa de
substituir estivadores por militares.
O fato ocorre em um momento em que os níveis de exportação
do país caíram.
Da organização afirmaram que estão dispostos a defender seus
direitos trabalhistas, seus empregos e impedir os abusos contra a segurança e a
vida dos trabalhadores.
“Fomos a primeira linha da economia em tempos de pandemia e
na atualidade, mas não nos deixaremos tratar com métodos típicos de governos
anteriores, nem sob ameaças.
As medidas arbitrárias e descumprimento do Acordo Coletivo e
do Código do Trabalho de Salvador, por pressionar os trabalhadores portuários a
treinar a força militar que se instalou no Porto de Acajutla. Tudo o que está
relacionado com a operação de carga e descarga no porto é feito exclusivamente
pelos estivadores! A presença das tropas da marinha precariza os mais de 400
trabalhadores deste terminal marítimo.
Em cada país o PPP (parceria público privada) se faz de uma forma ou com uma postura.
No Brasil e mais embrionado, sofisticado com uma pinta de
modernidade e em nome da liberdade de mercado, os cidadãos pagam caro para
terem cursos de funções portuárias em escolas técnicas, para trabalhar em
arrendatários que não cumprem e nem aplicam por convicção as leis portuárias
internacionais e, nem a nacional.
Então a luta na comunidade portuária por respeito a
categoria profissional, será árdua.

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