10 de dez. de 2023

O desrespeito profissional da ORSTED na atividade portuária

 Em resposta ao desrespeito profissional os Estivadores, ILA 1411, iniciaram um movimento paredista traduzido popularmente em greve no State Pier em New London. Ørsted, que junto com a Eversource transformou o cais em um hub port para seus projetos eólicos offshore.

Aconteceu apenas um mês depois de vários estivadores terem feito piquetes nos portos de todo o país em protesto contra a empresa dinamarquesa de energia Orsted, que ignora o respeito profissional.

Os estivadores se recusaram a carregar uma barcaça no State Pier com peças eólicas offshore para um dos projetos de Orsted como parte de seu protesto. Pois, a empresa só quer os estivadores para engatarem desengatarem e peção (lashing e escoramento) e não para operar os equipamentos e supervisionar as operações.

“Não vai ficar carregado. Estamos aqui. Estamos na rua. Não está lá trabalhando. Estamos tentando fazer com que Orsted volte e perceba que o porto é do estivador e não de empreiteiras, e queremos que todos aqui na comunidade percebam que Orsted é uma entidade estrangeira e é para nossa segurança nacional que não sejam eles que ditem como e quando trabalhamos.

“Parece que a indústria eólica será uma grande indústria e eles vão precisar de nós para carregar e descarregar. E sentimos que nos últimos 100 anos progredimos desde qualquer maquinário que surgiu, desde os guinchos a vapor até os portêineres, até agora, e nos adaptamos o tempo todo.”

Um porta-voz de Orsted disse em um comunicado que eles estavam desapontados com as ações da ILA e disseram que a ILA está protestando contra um projeto que coloca até 30 de seus próprios estivadores para trabalhar no carregamento e descarregamento de componentes de energia eólica offshore. No entanto, a ILA continua a sua disputa com a União Internacional de Engenheiros Operacionais sobre dois outros âmbitos profissionais.

Por isto iniciaram uma greve por tempo indeterminado em State Pier, New London, Connecticut, devido à recusa de Ørsted em reconhecer a jurisdição da ILA de carga e descarga de carga no porto. As peças da turbina de Ørsted são para o parque eólico South Fork de Ørsted, na costa de Long Island.

Além da greve e piquetes também esta acontecendo a distribuição de panfletos para conscientizar a comunidade sobre a postura gananciosa da empresa. Em frente aos escritórios Ørsted em Newark .

Esses trabalhos de carregamento e descarregamento do equipamento de moinhos de vento no Porto de Nova Londres pertencem aos estivadores da ILA.

Enquanto os estivadores cruzam os braços, Orsted traz furas greves ou sub profissionais gerando tensões em New London. Será que estamos retornando a década de 1930 para a profissão portuária?

Em um comunicado, o porta-voz da Orsted, Tory Mazzola: “A equipe South Fork Wind continua os preparativos hoje para o próximo carregamento da primeira turbina eólica do projeto. Com a ILA ainda se recusando a trabalhar – e tentando hoje bloquear o acesso de outros trabalhadores sindicalizados de Connecticut ao local de trabalho – tivemos que adotar um plano de contingência para manter este trabalho no caminho certo.”

 


Na manhã de quarta-feira, dois ônibus tentaram cruzar o piquete no porto, com a presença de sub profissionais. Os estivadores foram ameaçados de prisão, mas recusaram-se a ceder. Depois de um impasse tenso, os ônibus finalmente recuaram. Mas com uma forte presença policial com ajuda da polícia estadual os guiou para dentro do porto. Do ônibus desembarcaram trabalhadores dos Sindicatos dos Oficiais de Construção, dos Engenheiros Operacionais e supervisores da Siemens Gamesa, incluindo alguns de outros países.

 A área de State Pier, que está sendo reconstruído para se tornar um hub port para indústria eólica offshore. Em todo país onde grandes empresas querem atuar aumentado seu lucro uma das desculpas e que os sindicatos atrapalham e outra e a falta de qualificação da mão de obra, que o trabalho exige treinamento em máquinas pesadas, o que desqualifica os estivadores para algumas funções no Píer Estadual.

Na quinta-feira, encerrou se a greve de três dias contra a Ørsted.

Uma demonstração temporária de boa-fé, tentando fazer a coisa certa para a iniciativa de energia verde do presidente da nação, mas isso é temporário. No entanto, os estivadores não desistiram da sua afirmação de que devem operar os guindastes e veículos usados para mover peças de turbinas e pás eólicas na beira do cais.

O mais interessante desta disputa e que os impostos destes trabalhadores impedidos de praticarem sua profissão está sendo usado para a empresa realizar o projeto.

“Temos obrigações com o estado de Nova York de entregar South Fork Wind e com o estado de Connecticut de usar o State Pier financiado pelo contribuinte para a montagem de turbinas, e não podemos permitir que esta paralisação improdutiva do trabalho atrase qualquer uma das obrigações”, disse Ziogas em declaração.


As convenções e resoluções da OIT para o segmento portuário, determina que se em um porto acontecer uma mudança tecnológica a mão de obra local deve ser habilitada para poder continuar a trabalhar com dignidade social.

Então quando a ILA local solicita a Ørsted treinamento aos estivadores para operar guindastes e veículos especializados para mover peças de turbinas ao redor do cais até os navios, quem desrespeita a legislação internacional e a empresa. Pois, a Ørsted US assumiu muitos compromissos com os trabalhadores, incluindo a reciclagem para carregar e descarregar produtos Ørsted, mas não os cumpriu.

Os estivadores são os profissionais que fazem o trabalho as tarefas e funções para a carga, descarga e movimentação de mercadorias dentro dos portos e na beira do cais.

“É um crime que uma empresa externa possa fazer o que fez, ignorando e destruindo a jurisdição central histórica e pensando que está tudo bem. É um ataque à nossa jurisdição, não é apenas a perda desses empregos individuais”, disse Paylor.

Se moda pegar veremos médicos em tribunais e advogados em obras dando a palavra final e assinado os documentos, pois, os engenheiros já estão desempregando estivadores, desde que a empresa esteja lucrando..

https://www.wshu.org/connecticut-news/2023-10-25/longshoremen-union-workers-new-london-state-pier

https://ctexaminer.com/2023/10/27/longshoremen-temporarily-return-to-work-at-state-pier-amid-strike/

https://www.itfglobal.org/en/news/strike-against-wind-farm-giant-orsted

https://www.itfglobal.org/en/campaigns/write-orsted-work-ila-just-transition?fbclid=IwAR3qBOpDGTnW96evetoq3E6BP-yIpkkVsot-c0Pm9k5UI2kxJ19Lgy9iXAI

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