4 de nov. de 2009

A Estratégia Portuaria

O uso mais intenso dos grandes navios de até seis mil TEU apresenta
como resultado imediato a redução do número de escalas em portos,
pois há grande redução de custos com a concentração da operação.
Se um navio de seis mil TEU escala em seis portos na Europa para carga e descarga
e leva três dias nas operações em cada porto, a eliminação de três dessas escalas
significaria uma redução de custos de cerca de US$ 250 mil por viagem.
Por exemplo, a Mediterranean Shipping Company (MSC) utiliza, na Europa, o porto de Felixtowe (Inglaterra) como concentrador das exportações e o
porto de Antuérpia (Bélgica) como concentrador das importações,
estratégia que elimina custos adicionais de escala em outros portos do continente,
permitindo, ao mesmo tempo, a constituição de esquemas de logística abrangentes
para captação e distribuição de cargas.
Evidentemente, um menor número de portos a serem escalados pelos navios que operam nas rotas principais (leste-oeste) exige o aumento das operações de transbordo,
com rotas de feeder services.
Na Europa, já existem portos concentradores de contêineres,
especializados na prestação de serviços aos grandes armadores mundiais,
como, por exemplo, Malta (com 92% das operações de transbordo) e
Algeciras, na Espanha, e Damietta, na Itália (com 90% das operações).
Portos maiores e com operação diversificada também apresentam elevada participação das operações de transbordo de contêineres, como Roterdã, na Holanda, o maior porto do mundo, que tem 40% de sua movimentação de contêineres concentrada nesses serviços.
Hamburgo, na Alemanha, e Antuérpia, na Bélgica, apresentam 35% da
movimentação em transbordos.
Os grandes armadores europeus têm realizado estudos e apontam para a "sobrevivência" de,
no máximo, quatro grandes portos concentradores (mega-hubs) no Atlântico Norte.
Material pesquisado no site da antaq.

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