29 de out. de 2010

Diretrizes para o setor hidroviarioV

Ampliar a articulação com os Órgãos de Controle

O avanço previsto na utilização do modal hidroviário
implicará no expressivo aumento da quantidade de intervenções em hidrovias.
Este aspecto reforça a necessidade de ampliar a parceria do
Ministério dos Transportes com os Órgãos de Controle
no sentido de prevenir a prática de procedimentos equivocados
que possam levar a paralisações e atrasos
na contratação e execução de estudos, projetos e obras hidroviárias.
Desta forma,
o Ministério dos Transportes
pretende ampliar o diálogo com os Órgãos de Controle,
o que garantirá a execução das ações no setor hidroviário a um custo compatível,
dentro do prazo previsto e observando os princípios de transparência e legalidade.
A intenção é reforçar a aproximação com estes Órgãos para,
previamente, obter orientações que reduzam
ou eliminem eventuais entraves que possam atrasar as ações.
Nesta perspectiva,
propostas como o
Programa Nacional de Manutenção Hidroviária devem ser
discutidas ainda na fase de concepção.

DEFINIÇÃO DE ECLUSAS PRIORITÁRIAS

O desenvolvimento do transporte hidroviário no Brasil
só será possível caso seja estabelecido um entendimento nacional
que garanta a construção de eclusas junto às hidrelétricas
nos principais corredores hidroviários do país.
Esta situação ganha mais relevância
à medida que o setor elétrico estabelece as demandas futuras de energia elétrica
para o país nos próximos 10 anos
e projeta a implantação de novos empreendimentos hidrelétricos
em locais de forte interesse para a navegação.
Portanto, o Ministério dos Transportes
defende que sejam envidados esforços
para garantir o desenvolvimento integrado de ambas as alternativas:
geração elétrica e navegação interior.
No entanto,
apesar dos esforços da ANA e
do comprometimento do setor transportes em arcar com os custos de transposição,
as usinas hidrelétricas continuam a ser implantadas
sem a previsão de instalação simultânea das eclusas.
Apesar de diversas tentativas,
observa-se que não há adequada sincronia entre
os empreendimentos de geração de energia e a navegação,
pois há diferenças entre as demandas de cada um dos dois setores,
já que os planejamentos setoriais não são integrados.
Considerando que navegação fluvial e geração elétrica
são empreendimentos vitais para o país
e não excludentes no mesmo corpo hídrico,
técnicos do Ministério dos Transportes
organizaram e coordenaram um Grupo de Trabalho (GT Eclusas),
composto por representantes do setor público e privado,
cujo objetivo foi discutir a problemática específica das eclusas e estabelecer,
na visão do setor transportes,
um portifólio mínimo de investimentos para os próximos anos,
enquanto o PHE não for concluído.
Além do Ministério dos Transportes,
o GT Eclusas teve a participação
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento –
MAPA, da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República-
SAE/PR, da Agência Nacional de Águas – ANA,
da Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ,
do Departamento Nacional de Infraestrututra de Transportes –
DNIT, da Confederação Nacional de Agricultura –
CNA e do Instituto Brasileiro de Mineração – IBRAM.

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