30 de nov. de 2010

Hidrovias planejamento integrado

Transporte aquaviário:
hidrovias e portos planejamento integrado da logística
A participação do modal aquaviário na matriz de transportes brasileira
ainda tímida quando comparada com a de outros países.
Nos Estados Unidos, 25% das cargas são transportadas por hidrovias
e no Canadá 35%.
Já no Brasil, somente 13% das cargas são transportadas por esse modal.

Para a melhoria da qualidade desse modal e,
conseqüentemente maior participação na matriz de transporte de cargas,
estima-se que o investimento necessário para o setor
seja de R$ 60 bilhões até 2022.
Atualmente a maior parcela dos investimentos é proveniente do setor público,
representando 98% dos recursos ou cerca de R$ 4,5 bilhões anuais.
No entanto,
também esperamos aqui que haja uma inversão dessa proporção ao final de 2022,
quando os investimentos mistos privado e público
deverão representar pouco mais de 90% R$ 55,5 bilhões dos investimentos totais.
Até o final de 2022 espera-se que o investimento médio anual
seja da ordem de R$ 4,6 bilhões.
Mas a média anual de investimento R$ 4.615 milhões .
Esses investimentos são necessários para que a meta do setor,
estabelecida pelo PNLT, seja atingida.
A meta é que a participação do transporte hidroviário
aumente dos atuais 14% para 29% em 2025.
Considerando esse fato,
a LCA calcula que em 2022 o transporte aquaviário deva representar
cerca de 26% na matriz de cargas .
Considerando os aspectos ambientais,
o transporte hidroviário emite menos gases poluentes que o transporte rodoviário.
Isso foi identificado pelo Plano Nacional sobre Mudança do Clima
PNMC 2008.

O Brasil possui 63 mil km de rios e lagos,
dos quais 40 mil km são navegáveis.
No entanto, a navegação ocorre em somente 13 mil km,
com maior concentração na região da Amazônia.
Estimativas da ANTAQ
apontam que atualmente são transportados cerca de 45
milhões de toneladas/ano nas hidrovias brasileiras,
sendo que o potencial é de pelo menos 4 vezes esse valor.
O Department of Transportation dos Estados Unidos
apontou que o modal hidroviário,
apresenta eficiência energética relação carga/potência 29 vezes superior;
consumo de combustível 19 vezes menor;
e emissões de 6 vezes menos CO2 que o modal rodoviário.

Efetivação do Operador de Transporte Intermodal – OTM:
mesmo depois de promulgada a Lei nº 9.611, de 19 de fevereiro de 1998,
a regularização desse instrumento não tem se dado com a abrangência esperada.
Deve-se propor aperfeiçoamento da legislação do ICMS ao CONFAZ,
juntamente com padrões e prazos para a emissão do seguro do OTM.
Em termos econômicos o transporte hidroviário
possibilita a redução de tarifas e fretes,
além de contribuir para a redução do fluxo de caminhões nas rodovias,
possibilitando ganhos de competitividade na comercialização dos produtos,
além de diminuir o número de acidentes,
de custos hospitalares e menores custos com manutenção de rodovias.

O baixo nível de investimento no setor pode ser comprovado
pelo reduzido percentual de recursos do PAC 1 e 2 destinados ao modal,
com investimento de 2% em intervenções de infraestrutura dragagem,
eclusas, desterramento, elevaçãode pontes, terminais de transbordo etc ,
mas certamente deverão subsidiar novos projetos de hidrovias,
e é de se esperar que o interesse de investidores privados
cresça substancialmente após resolvidos os gargalos legais e fiscais
e estudos ambientais, e obras de manutenção.

A importância do PGO de hidrovias está relacionada ao fato
de que esse plano servirá como ferramenta de planejamento do governo
e da iniciativa privada, dando maior segurança para o investimento.
Essa ação conjunta precisa envolver as agências ANA, ANTAQ, ANEEL
e DNIT, de modo que haja especificações claras para cada setor,
organizando o uso múltiplo das águas para geração de energia,
abastecimento industrial, irrigação, pesca e, também, para navegação,
maximizando os benefícios sociais, econômicos e ambientais.
Nesse mesmo sentido,
é importante também a manutenção de um planejamento integrado
entre projetos de produção de energia elétrica com a navegabilidade dos rios.
O setor de transporte hidroviário também apresenta
dificuldade para aprovação de licenças ambientais,
o que impede o pleno desenvolvimento do modal.
O problema central está na dificuldade
para definição clara do objeto a ser licenciado.
Para alguns, o licenciamento ambiental de intervenções hidroviárias
deve abranger a hidrovia como um todo;
para outros,
o licenciamento ambiental deve ser exigido de forma individual,
abrangendo cada obra ou serviço de engenharia,
porém dentro de uma visão global da hidrovia.
Nesse sentido,
a principal ação a ser realizada é a elaboração de um marco regulatório
para o licenciamento ambiental em intervenções de hidrovias
com o objetivo de definir o objeto a ser licenciado.
Esse marco regulatório deve ter elaboração conjunta do
Ministério dos Transportes, Ministério do Meio Ambiente e do IBAMA.
Outro problema enfrentado nas hidrovias está relacionado
à inexistência de uma estratégia
que garanta a execução de serviços contínuos de dragagem,
sinalização e balizamento.
Atualmente,
essas atividades são realizadas de forma segmentadas e descontínuas.
Para isso,
o Ministério dos Transportes pretende criar procedimentos
que garantam a manutenção hidroviária ao longo de ciclos de 5 anos,
abrangendo licitação para projetos de sinalização, dragagem, balizamento
Fonte
Construbusiness2010
9ºCongresso Brasileiro de Construção

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