30 de nov. de 2010

Modernizar e expandir o rodoviario



Transporte rodoviário: modernizar e expandir
Com base no PNLT, o transporte rodoviário irá requerer investimentos da
ordem de R$ 60 bilhões de 2011 até 2022.
O IPEA aponta valores ao redor de R$ 183,5 bilhões
e estudo da ABDIB aponta para a necessidade anual de R$ 12,6 bilhões
nos próximos 10 anos.
Deste montante,
segundo nossas premissas de manutenção dos
atuais níveis de gasto público,
a participação privada (de 2,4% em 2010) deve
crescer significativamente para suprir esta necessidade de investimentos,
com o quê passará a representar mais da metade do total (51,4%) em 2022.

Na prática,
se de fato os gastos públicos crescerem pouco nos próximos
anos sobre os patamares relativamente elevados de 2009/2010 e
mantiverem-se as proporções por setor,
o volume de investimento necessário em rodovias irá requerer
forte aumento da participação do setor privado nas modalidades hoje disponíveis
– concessão simples ou PPPs – e é possível que haja espaço para novas
modalidades de participação privada – como no caso de Concessões
Administrativas, nas quais o Governo contrata por um período longo
(5 a 10 anos) os serviços de pavimentação, manutenção, expansão, etc.
Média anual de investimento: R$ 15.385 milhões
Total acumulado 2010-2022: R$ 200 bilhões
Em milhões de Reais
O objetivo destes investimentos é avançar a posição do Brasil
nos parâmetros mundiais de competitividade.
Segundo o Global Competitiveness Report
(GCR) do World Economic Forum, a nota recebida pelo Brasil
(em um ranque de 1 a 7) foi de 2,9,
abaixo da média mundial de 4,0.
Esperamos que o Brasil possa atingir, em 2022, a nota atual do Chile,
país mais bem posicionado da América Latina, ou seja,
que o Brasil possa subir 3 pontos no ranking.
Há muito, portanto, a se fazer para atingir tal meta.
Ranking do indicador de qualidade
de estradas de 1 a 7 2010/2011
Países selecionados da América Latina
.
Fonte: LCA Consultores com base nos indicadores do
World Economic Forum 2010.
Chile 5.9
Uruguai 4.4
Média Mundial 4.0
Equador 3.5
Média Mercosul 3.4
Argentina 3.3
Peru 3.3
Venezuela 3.2
Brasil 2.9
Colômbia 2.9
Bolívia 2.6
Paraguai 2.2
A malha rodoviária brasileira é a quarta maior do mundo,
segundo dados do World Factbook 2009.
No entanto, apenas 12,2% do total são pavimentados,
abaixo de países desenvolvidos e em desenvolvimento,
como México (49%), Índia (47%) e Turquia (41%).

Ranking de países por porcentagem de estradas pavimentadas
Ranking Países % estradas pavimentadas (km) Extensão rodoviária (km)
1 Alemanha 100,0 644.440
2 França 100,0 951.220
3 Itália 100,0 484.688
4 Reino Unido 100,0 387.674
5 Suíça 100,0 71.214
6 Holanda 100,0 126.100
7 Espanha 99,0 666.292
8 Coréia do Sul 86,8 100.279
9 Rússia 84,7 871.000
10 China 81,0 1.870.661
11 Bélgica 78,0 150.567
12 Japão 77,7 1.177.278
13 Estados Unidos 64,5 6.433.272
14 México 49,5 235.670
15 Índia 47,4 3.383.344
16 Turquia 41,6 426.906
17 Austrália 41,6 810.641
18 Canadá 39,9 1.408.900
19 Suécia 30,5 424.947
20 Brasil 12,2 1.610.081

Ao se levar em consideração o Índice de Mortara para rodovias
(indicador que relaciona a extensão territorial, a população e a frota de veículos)
na América Latina,
o Brasil, maior economia da região,
ocupa a 10ª posição do ranking,
atrás de países como Panamá, Paraguai e Uruguai (NTC&Logística).
Assim, uma meta intermediária factível para 2014 no que se
refere à pavimentação de estradas seria dobrar a atual porcentagem:
passar de 12,2% para 25%, metade dos números atuais mexicano ou indiano.
A despeito da grande extensão da malha rodoviária brasileira,
é notável que tal dimensão é insuficiente para acompanhar
a demanda por carga nesse modal
de maneira a não provocar gargalos que resultem
em perda de competitividade
para a indústria local.
Fonte
Construbusiness2010
9ºCongresso Brasileiro de Construção

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