Entrada em operação de Itapoá acirra disputa por cargas na região
O Porto de Itapoá, no extremo Norte do litoral de Santa Catarina,
O Porto de Itapoá, no extremo Norte do litoral de Santa Catarina,
está com tudo pronto começar a operar no dia 22 de dezembro.
Os investimentos de R$ 475 milhões
Os investimentos de R$ 475 milhões
em uma obra que levou cerca de dois anos para ser concluída
esbarram apenas no prazo de entrega da SC-415.
A estrada de acesso ao terminal portuário vai encurtar
A estrada de acesso ao terminal portuário vai encurtar
em 14 quilômetros o acesso ao terminal,
mas ainda está em fase de obras, a expectativa do Tecon Santa Catarina,
é de que até o fim de janeiro a estrutura esteja pronta para começar a operar.
Com foco na movimentação de contêineres,
o novo porto parte de uma capacidade para movimentar 500 mil TEU’s por ano.
A profundidade natural de 16 metros,
A profundidade natural de 16 metros,
deve ajudar o porto de Itapoá a atingir a movimentação esperada
no prazo de um ano após o começo da operação.
Ainda há a necessidade de instalar os serviços alfandegário
Ainda há a necessidade de instalar os serviços alfandegário
e de cadastramento no ISPS.
A determinação inicial é de que a Receita Federal e o Ministério da Agricultura,
A determinação inicial é de que a Receita Federal e o Ministério da Agricultura,
instalados no porto de São Francisco do Sul,
a cerca de 120 quilômetros por via terrestre de Itapoá,
atendam o novo porto.
Os dois terminais ocupam as águas da Baía da Babitonga e
é possível enxergar a movimentação de navios
que chegam a São Francisco das margens de Itapoá.
Em Santa Catarina,
Em Santa Catarina,
o complexo portuário de Itajaí é o principal
ponto de movimentação de cargas em contêineres
A proximidade com outros dois portos São Francisco do Sul,
A proximidade com outros dois portos São Francisco do Sul,
Paranaguá, no Paraná, está cerca de 80 quilômetros de distância pelo mar .
O empreendimento do Tecon Santa Catarina,
O empreendimento do Tecon Santa Catarina,
em Itapoá,
é formado pela parceria entre o grupo Aliança e Hamburg Süd,
com 30% de capital, e a Portinvest, com 70%.
Já a Portinvest é composta por 60% de capital do grupo Batistella
e 40% do Fundo de Logística Brasil (FIP),
administrado pela BRZ Investimentos.
A carga frigorificada poderá responder por 40%
da movimentação de contêineres já no primeiro ano.
Para isso,
Para isso,
o projeto do porto de Itapoá possui 1.380 tomadas reefers.
Além das carnes e derivados, madeira e móveis,
peças e produtos da indústria metal-mecânica, produtos têxteis,
frutas e fumo.
O Batistella deve operar as cargas de seu braço madeireiro no porto de Itapoá.
O Batistella deve operar as cargas de seu braço madeireiro no porto de Itapoá.
O grupo possui empresa
de reflorestamento e fabricação de painéis e placas de madeira,
parte vendida para o exterior.
A Hamburg Süd, que também é acionista,
deve concentrar suas rotas que passam na região no terminal.
Segundo o porto,
Segundo o porto,
são oito serviços semanais mantidos pela Hamburg Süd na região.
Em médio prazo, todas as linhas terão concentração ,
inclusive alguns serviços de cabotagem.
Para o vice-presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina ,
Glauco Côrte,
a expectativa é que o Estado
se capacite como um complexo portuário muito representativo no país.
Segundo o dirigente,
hoje cerca de 15% dos contêineres exportados por Santa Catarina
vem via terrestre de outros Estados e a expectativa
é de que esse número seja ampliado com a inauguração de Itapoá.
“O porto de Itapoá está estrategicamente bem posicionado
“O porto de Itapoá está estrategicamente bem posicionado
e deve tornar-se uma alternativa para o Paraná e para São Paulo,
que já opera com portos muito congestionados”, diz.
O crescimento acima do esperado na movimentação de cargas,
puxado por movimento de importações,
câmbio e benefícios como o Pró-Emprego,
gera um ambiente de otimismo para o setor.
Apesar disso,
Côrte anuncia que seriam necessários R$ 400 milhões
em investimentos em rodovias e ferrovias
para complementar o aspecto logístico no Estado.
“Hoje a cada R$ 100 faturados,
deixamos de 18 a 20 em logística,
enquanto nos Estados Unidos, este custo é de 9 a 10.”
Fonte: Valor Econômico
Fonte: Valor Econômico
Nenhum comentário:
Postar um comentário