24 de jun. de 2015

A Qualificação Profissional no Tempo


Sobre a qualificação/desqualificação da força de trabalho.
 As diferenças dão-se entre os que entendem as relações sociais como relações entre classes a os que as entendem como relações entre grupos. 
As qualificações enfocam a perspectiva da classe, levando em conta os interesses coletivos ou individuais em seu interior. 
A sociologia, psicologia, economia do trabalho e ergonomia, o conceito plenamente aceito de qualificação profissional, como um conceito explicativo da articulação de diferentes elementos no contexto de relações de trabalho, capaz de dar conta das regulações técnicas que ocorrem na relação dos trabalhadores com a tecnologia e das regulações sociais que produzem os diferentes atores da produção que resultam nas formas coletivas de produzir. Daí sua proposição de que a qualificação seja entendida como uma noção heurística. 
A ênfase atribuída à educação, visa  oferecer à capacitação técnica e mais àquelas que se referem à preparação dos trabalhadores para enfrentar o trabalho prescrito, cada vez mais presentes quando a produção se rege pela flexibilidade.
 O saber tácito, ou qualificação tácita, oriundo da experiência dos trabalhadores  e do coletivo do trabalho, ganha proeminência porque se reconhece sua força para a resolução dos problemas diários com que a produção se defronta. 
A valorização desse saber e sua incorporação à produção não apenas o saber/fazer, o domínio do conhecimento técnico, mas, principalmente, o saber/ser, a capacidade de mobilização dos conhecimentos  para enfrentar as questões problemáticas postas. 
O modelo de competências surge, em função da adoção de um novo paradigma que obriga a repensar a qualificação
A “novidade” trazida ao debate sobre a qualificação pela reestruturação produtiva apoiada nos paradigmas da flexibilização/integração, faz se no enfoque essencialista da qualificação, na concepção clássica da sociologia do trabalho.
 O que se fortaleceu  nos anos 90, tanto na literatura educacional , econômica, administração de empresas, psicologia e da sociologia, de priorização do conceito de competência .
  Na área educacional, nos setores ligados aos estudos acadêmicos sobre as relações entre educação e trabalho no ensino médio e técnico .
Um conceito mais refinado de qualificação profissional não se difundiu devido às dificuldades inerentes à sua utilização prática ou à sua incorporação como categoria analítica na pesquisa empírica. Pois as concepções “essencialista” e “relativista” de qualificação profissional são  teóricas.
Os estudos precisam estabelecer relações diretas e mecânicas entre inovações tecnológicas e qualificações
A questão de ênfase, e ressaltar os efeitos do progresso técnico sobre a qualificação técnica dos trabalhadores e sua sociabilidade.
 A relação entre o posto de trabalho e o desempenho das tarefas aos requisitos técnicos da força de trabalho necessários à sua realização. 
 A discussão a partir do posto de trabalho ou da área, deságua na experiência vivida sobre as semelhanças e diferenças entre os conceitos de qualificação e competência
A adequação da força de trabalho seu aprimoramento pela via da qualificação implica, necessariamente, tratar a qualificação profissional no âmbito da correlação de forças capital/trabalho.
A qualificação deve ser tratada  no plano econômico, político e  cultural. 
Os critérios sociais, culturais e ideológicos estruturam, as relações de trabalho que envolvem as condições do exercício profissional e as organizações dos trabalhadores.
 Entender a qualificação como síntese de múltiplas determinações, se torna mais promissora e instigante. 
Usá-lo na  elaboração de instrumentos para captar as informações necessárias .
O enfoque da qualificação como relação social e um saudável desafio.
 É consenso que nenhuma formação inicial é suficiente para o desenvolvimento profissional, o que torna indispensável a criação de sistemas de formação continuada e permanente para os trabalhadores
Valorizar a formação continuada, valendo-se, do modelo de competências.

Mas como encarar a qualificação dos trabalhadores sujeitos a processos qualificantes discutidos pela sociologia do trabalho. 
Faria sentido discutir sua qualificação segundo os mesmos parâmetros que vêm sendo utilizados para a formação da mão de Obra Própria. 
A  própria definição do setor de serviços é problemática, restringindo-se, num contexto muito particular, caracterizado pela beira do Cais. 
A melhor forma de compreendê-la e estudá-la reside na análise da situação de trabalho, pois aí se desenrola a trama de relações sociotécnicas implicada na realização das atividades profissionais. Tal enfoque, demanda o conhecimento de como está organizado o trabalho, as redes de relações o processo de intercâmbio de saberes, de quais comportamentos vão sendo definidos em razão da carga ou embarcação.
Compreendidos não apenas no seu acontecer mas na constituição histórica da cultura em que estão envolvidos
Poderia ser acompanhado o modelo de treinamento ja a anos utilizados pelos praticos ,mas para isso ocorrer tem que se primeiro estabelecer quem e o Trabalhador Portuario .Sep,Autoridade Portuaria ,DPC e Ministerios Publicos devem datar,para os Ogmos seguirem um padrão e os trabalhadores Portuarios poderem absorver as competencias  necessarias e almejadas para as necessidades dos Portos .

Nenhum comentário:

Postar um comentário