8 de jul. de 2015

A Automação Portuária qualificação versus desqualificação

Automação do latim  Automatus, que significa mover-se por si  é um sistema  automático de controle pelo qual os mecanismos verificam seu próprio funcionamento, introduzindo correções, sem a necessidade da interferência  do homem. 
Em seu uso moderno, a automação pode ser definida como uma tecnologia que utiliza comandos programados para operar um dado processo, combinados com retroação de informação para determinar que os comandos sejam executados corretamente, frequentemente utilizada em processos antes operados por seres humanos , é a aplicação de técnicas computadorizadas ou mecânicas para diminuir o uso de  mão de obra em qualquer processo. 
A automação diminui a sociablidade da renda e aumenta a velocidade da produção e o acumulo de capital .
Também pode ser definida como um conjunto de técnicas que podem ser aplicadas sobre um processo objetivando torná-lo mais eficiente, ou seja maximizando a produção com menor consumo de energia, menor emissão de resíduos e melhores condições de segurança, tanto humana e material quanto das informações inerentes ao processo.
É bastante difundida a idéia de que somente se pode falar em automação quando a substituição do trabalhador ocorre na esfera do controle do equipamento, os conceitos de mecanização e automação:
 mecanização é o resultado do uso de equipamento que substitui a força do trabalhador  e
 automação substitui a ação do trabalhador no controle do equipamento. Entendendo, todavia, que existe automação sempre que ocorre substituição do homem pelos elementos materiais. 
Tão logo a máquina possa executar sem ajuda do homem todos os movimentos necessários para a operação, ainda que o homem vigie e intervenha de vez em quando, teremos um sistema automático de maquinaria  no processo de produção deixa de ser um processo de trabalho.
 Este aparato mecânico não vem a substituir um determinado instrumento, mas sim a própria mão do homem, nas operações que transportam diferentes e diversos materiais. 
As características do trabalho e da operação dessas máquinas são portanto bastante conhecidas nos dias de hoje.

Com a automação vem o desdobramento no processo de desqualificação do trabalho junto à máquina, de forma análoga, que trabalha com a noção de que a desqualificação do trabalho que se observa é mais uma ilustração do processo geral de desqualificação crescente à medida que se passa para níveis mais elevados de automação.
As vantagens tecnológicas tem seu preço extremamente elevado, será muito difícil argumentar que sua introdução possa ser explicada pela divisão parcelar do trabalho que acarretou em seus primeiros passos desgastes sociais .
 Essa dupla tendência com relação ao perfil dos operadores  cada vez mais novos e sem experiência , numa perigosa falta de conhecimento dos procedimentos da área portuária decorre da manifesta preferência, por parte dos terminais, pelo profissional sem apego coletivo . 
Deixando sem  perspectivas de crescimeto profissional os trabalhadores do Ogmo, pois há impede, no futuro, de transformar-se em “operador / preparador / programador” à medida que se disseminam  novos equipamentos nos mesmo procedimentos .
 O trabalhador tem um conjunto imenso de decisões a tomar, necessitando possuir grande  habilidade e conhecimento técnico para realizar de forma eficiente a movimentação  com competência ,certificado  na qualificação que vem com a experiência aliada à especial habilidade.
O processo de transformação do trabalhador  em mero espectador desprovido de conteúdo e supérfluo, é tão brutal o movimento de desqualificação que gera novas nomenclaturas para  a velha  função  .
 O ambiente portuário  confere grande complexidade à tarefa multifuncional no seu funcionamento.
 A bagagem da especialização faz com que o porto esteja em segundo lugar em detrimento do terminal num latu sensu caracterizado pelo mercado ditado pela indústria portuária . 
A colocação dos impactos da nova velha  tecnologia sobre o conteúdo do trabalho como inteiramente determinado na CONVENÇÃO 137 e na RESOLUÇÃO 145 da OIT , mata a questão 
é preciso cuidado com o determinismo tecnológico, onde os requisitos exigidos de mão-de-obra têm seus contornos delineados pelas políticas de administração de recursos humanos  e às lutas específicas dos trabalhadores que irão, efetivamente, interferir nesses requisitos. 
Essa radical mudança de um operário desqualificado ,
o eterno Jacinto,
 traz a tona o estivador cientifico  operário multifuncional .

O desenvolvimento brutal das características próprias do trabalho sob a forma moderna com diferença em relação à anterior, surpreende  a desimportância assumida pela habilidade do trabalhador
não surpreende o fato de propor massivamente que a mão de obra não  e qualificada. 
No entanto, caberia, mesmo assim, perguntar: 
Quem qualifico  os especialistas no trabalho portuário das janelas ao longo do cais. 

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