16 de dez. de 2015

A Greve da Estiva que não Cruza os Braços


Há uma apatia generalizada dos orgãos que supervisionam e tutelam os portos portugueses relativamente às previsíveis consequências negativas desta postura deliberada e irresponsável das empresas portuárias de Lisboa para o futuro do porto e da região as quais podem vir a agravar mais , conseqüência do governo português ter seguido aos mandamentos da comissão européia para o trabalho portuário
É um crime o que se está a passar em Lisboa. 

O Porto de Lisboa vive uma situação caótica, provocada pela limitação das operações portuárias, com o consequente congestionamento dos navios que demandam o porto e mesmo o desvio de alguns navios para outros portos, como Aveiro, Leixões, Sines e portos estrangeiros.
Devo salientar que algumas das empresas portuárias que operam no porto de Lisboa integram grupos econômicos que detêm concessões de terminais em outros portos nacionais.
Esta realidade é provocada pela situação operacional deficiente que tem vindo a ser oferecida pelos operadores/empresas de estiva que detêm as concessões dos terminais portuários de Lisboa e não está relacionada,  com a greve em curso.
A  Hapag-Lloyd troca porto de Lisboa por Leixões devido à greve dos estivadores,a um equivoco pois as razões das alterações laborais no porto de Lisboa são neste momento da única e exclusiva responsabilidade dos Operadores, uma vez que a AETPL – ASSOCIAÇÃO-EMPRESA DE TRABALHO PORTUÁRIO (ETP) LISBOA, de que os mesmos são os únicos associados, deixou de colocar cerca de 50 trabalhadores avulsos, que sempre prestaram trabalho exclusivo no porto de Lisboa, desde há cerca de 8 anos, e que, por escrito, já manifestaram por várias vezes a sua disponibilidade para trabalhar. Ora, não sendo os aludidos 50 trabalhadores sindicalizados, e não havendo recusa deste Sindicato,  todos prestavam trabalho no porto de Lisboa em Setembro de 2015. 
Há uma miopia sobre as consequências negativas desta postura deliberada e irresponsável das empresas portuárias de Lisboa para o futuro do porto e para região.
Os estivadores AINDA NÃO PARARAM qualquer navio ou terminal desde 14 de Novembro. 
Foram as empresas que deixaram de colocar a trabalhar 50 estivadores "avulsos" que trabalham no porto de Lisboa há OITO ANOS.O grupo Maersk abandona as operações no porto de Lisboa ,lembrando o episodio de Buenos Aires e o de Itajai .
 A exemplo da alemã Hapag-Lloyd  trocou Lisboa por Leixões até 31 de Dezembro. 
Outro problema sentido não somente no Porto de Lisboa como em Antuerpia e Rotterdam e parte da imprensa insiste em manipular a opnião publica de forma despudorada
Como fez a TSF, cuja o jornalista fez seu trabalho,ouvindo as duas partes em conflito no Porto de Lisboa ,transmitiu a noticia completa ,tal como ela foi feita ,e meia hora depois, ás 13h30, a mesma noticia voltava a radio amputada , numa musica de uma nota so .
. Um exemplo claro, onde alguém da emissora  mandou calar quem incomoda por defender os direitos dos estivadores e denunciar as negociatas no porto de Lisboa. Voltamos a princípios operacionais do início do século passado , que atualmente são mostrados graças a internet .

Porto de Lisboa  pode tirar licenças dos operadores  portuários por não cumprimento do serviço.
 A autoridade portuária de Lisboa como as de Antuerpia e Rotterdam somente mostram preocupações  financeiras as sociais estão em ultimo plano , pois são de responsabilidade do Estado .
 Se as greves trazem prejuízos   face a isso .
Quais as atitudes e procedimentos para que tal distúrbio não fosse concretizado .
Enquanto o Governo somente acompanhar a situação , quem pagara a conta será o povo não só o lusitano  mas o europeu pois os empresários como acima citado estão em todos os portos somente preocupados com seus números .
Devemos salientar que o porto de Lisboa já convive com isto e a lei feita aos sentimentos do parlamento europeu a qual os estivadores da Europa foram esfaqueados  e os portugueses insurgem com um movimento pelo direito social , contra a lei que prevê a caducidade do contrato coletivo em vigor .
E como explicar isso a sociedade , transformar a angustia de um pai e mãe de família que se dedicou a uma profissão e quando o patrão quiser fecha as portas  ou vende para outro  o empregado  simplesmente fica a ver navio , boiando sem era nem beira .
Ou um universitário que chega no ultimo ano de engenharia e vem o governo e a faculdade criam uma lei e o universitário tem que retornar ao primeiro ano e começar tudo novamente .

O que vemos acontecer nos portos de  Antuerpia , lisboa e Rotterdam e a busca de gerar lucro a alguns em prejuízo as cidades portuárias ,será um fim de ano amargo para a comunidade européia portuária  .
imagens de amigo portugues 

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