O sistema operacional de um porto é composto pelos subsistemas:
chegada de navio, transbordo de carga, armazenagem,
recepção terrestre e despacho.
Um terminal portuário dedicado a minério de ferro é classificado como um terminal
de granel sólido especializado,sendo o
elo entre a mina e o cliente”, tendo como funções básicas: receber,
armazenar, classificar e despachar.
No Porto de Tubarão, terminal de minério de ferro, a sequência
das operações começa com o recebimento do material das minas,
através das linhas férreas, descarga do produto nos Viradores de
Vagões (VVs), encaminhamento e estocagem e o embarque em navios. Em resumo, interagem os seguintes
equipamentos e estruturas: Viradores de Vagões (VVs), Pátios, Peneiras,
Empilhadeiras (EPs), Recuperadoras (RCs), Empilhadeiras-Recuperadoras (ERs) ,Transportadores de Correia (TRs)e Carregadores de Navio (CNs).
Para o sistema de descarga, dos VVs segue para o peneiramento ou pátios de armazenagem
por meio de rotas de capacidades diferentes, de acordo
com seus equipamentos (TRs, EPs e ERs). As rotas são as possibilidades
e caminhos de movimentação do produto aos pátios de
estocagem para empilhamento e daí para os embarques nos navios.
No sistema de embarque, as RCs e ERs coletam o material nas
pilhas localizadas nos pátios de armazenamento e, através dos TRs, o direcionam até os CNs. As recuperadoras devem manter uma taxa
constante de retomada, evitando “vazios” na correia e proporcionando
uniformidade no carregamento . Os CNs se
posicionam sobre os porões dos navios para realizar o carregamento.
O Virador de Vagões é um equipamento utilizado para descarregar
minério de ferro, pelotas e insumos para as usinas de pelotização.
Os materiais chegam através de composições ferroviárias,
que são posicionadas no pátio de manobras.
No Porto de Tubarão, a descarga de vagões é feita através de
5 VVs com capacidade de 7.000 t/h .
Os vagões são posicionados
2 a 2 e descarregados sem desacoplar, utilizando-se
de engates rotativos, conforme PDO .
Peneiramento
e a operação necessária
para a última adequação granulométrica antes do embarque . No Porto de Tubarão, ocorre o peneiramento somente
dos minérios granulados (acima de 6,3 mm), contando com 12 peneiras
que realizam a retirada de materiais finos de minério granulado
à taxa de 6.000 t/h, conforme PDO .
Pátio de Estocagem e Equipamentos
O Regulamento de Operações Portuárias conceitua
pátio como “local onde são estocados granéis sólidos”. O PDO apresenta que, em Tubarão, funcionam duas grandes
áreas de estocagem, a Área Velha, com os Pátios A, B, C e D e a
Área Nova, com os pátios E, F, G, H, I, J e P com capacidade para
acomodar cerca de 3,4 milhões de t. O pátio L abastece as Usinas I
a IV e o pátio K é utilizado para estocagem de pelotas das Usinas
V a VII.
A empilhadeira é um equipamento utilizado para formar pilhas
de granéis sólidos .
No Porto de Tubarão, a estocagem
é feita por quatro empilhadeiras, 3 empilhadeiras/recuperadoras,
além de duas empilhadeiras “escravas”, que trabalham
acopladas à empilhadeira para auxiliar na estocagem .
A recuperadora de caçambas é utilizada para retirar o minério
de ferro das pilhas formadas no pátio para embarque no navio. No
Porto de Tubarão, existem 2 recuperadoras de capacidade nominal
de 6.000 t/h,3 de 8.000 t/h e 3 empilhadeiras/recuperadoras
de 8.000 t/h. O Porto ainda opera e administra duas recuperadoras
de 6.000 t/h e uma de 8.000 t/h dos pátios de pelotas das usinas,
conforme PDO que define
a capacidade máxima de carga como o valor máximo, acima da
capacidade nominal, que poderá ser recebida pelo equipamento, ou
transferida ao subsequente. Esse valor é em função dos dimensionamentos
mecânicos e elétricos do equipamento.depende do volume que a recuperadora
trabalha, multiplicado pela densidade do material representa
a taxa horária durante a operação. Sabe-se que produtos de menor
densidade têm maior volume sobre as correias, reduzindo sua taxa
padrão. Portanto, na sua recuperação deve-se reduzir o fluxo, para
evitar transbordamentos, entupimentos, entre outras ocorrências.
O operador deve sempre buscar maior produtividade,
isto é, recuperar maior quantidade num menor espaço de
tempo, dentro dos limites de segurança dos equipamentos, pessoas
e da própria operação . O material recuperado é transportado para os navios por
correias transportadoras, o tempo desta transição deve ser ideal para que o material contido na seção côncava
não caia pelas bordas do transportador ao passar pela seção
plana.
As pelotas tendem a sair mais facilmente pelas bordas do
transportador, o que faz que os transportadores possuam guias de
material para evitar fugas de materiais .
Esse conjunto de transportadores e o encaminhamento de materiais
são denominados de rotas, sendo que, atualmente, o Porto
possui mais de 5.000 rotas, com origens nas recuperadoras ou empilhadeiras/recuperadoras
e destinos finais os carregadores de navio.
O carregador de navio é uma máquina utilizada nas atividades de operação destinada
ao carregamento de granéis sólidos para navios.
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