A filosofia da TPM tem sua origem no Japão e apresenta como
principal mentor e divulgador o Prof. Seiichi Nakajima, desenvolvendo
os conceitos apresentados pelo JPMI (Japan Plant Maintenance
Institute) em 1971, e que teve como base os princípios da manutenção preventiva introduzidos inicialmente nos EUA nos anos 50 e 60,
os quais foram se desenvolvendo gradualmente e hoje se apresentam
como um dos programas mais aplicados internacionalmente .
A TPM é ligada ao Sistema Toyota de Produção e largamente
empregada por empresas dos mais diversos setores. E um programa de manutenção que
envolve todos os empregados da organização, desde a alta administração
até os trabalhadores da linha de produção, com o objetivo
de maximização do rendimento operacional .
Nakajima (1989) identificou sete perdas que impedem a eficiência
do equipamento, prejudicando o rendimento operacional :
1. Perda por quebra esporádica ou crônica dos equipamentos;
2. Perda devido a ajustes e tempo de preparação e regulagens;
3. Perda por substituição de ferramentas e peças das máquinas
que se desgastam ao longo da produção;
4. Perda até o equipamento entrar em regime de produção normal,
ocasionada pelo emprego de ferramentas inadequadas,
problemas por falta de domínio técnico dos operadores para
acertar a máquina ou outra;
5. Perda por parada temporária sem que haja ocorrência de
falha (quebra);
6. Perda por redução da velocidade de produção;
7. Perda devido ao retrabalho ou eliminação de produtos
defeituosos.
O JIPM – Japanese Institute of Plant Maintenance e um esforço elevado na implementação de uma cultura corporativa que
busca a melhoria da eficiência dos sistemas produtivos, por meio
da prevenção de todos os tipos de perdas, atingindo assim o 0
acidente, 0 defeito e 0 falhas durante todo o ciclo de vida
dos equipamentos, cobrindo todos os departamentos da empresa
incluindo Produção, Desenvolvimento, Marketing e Administração,
requerendo o completo envolvimento desde a alta administração até
a frente de operação com as atividades de pequenos grupos .
Eficiência Global do Equipamento (OEE)
e uma das ferramentas utilizadas na medição da capacidade e desempenho de seus equipamentos diz respeito
ao Índice de Eficiência Global do Equipamento (OEE – Overall Equipment
Effectiveness). O fator do OEE aponta a eficiência da máquina ou da operação e é expresso pela relação percentual entre a produção
real e a padrão, ou pela relação percentual entre o tempo padrão
da operação e o real de execução. Quanto mais próximo de 1 (100%) for o índice OEE, tanto mais
produtiva será a linha de produção. Esse índice, ao medir o desempenho de equipamentos e
máquinas ou seu conjunto, possibilita a identificação dos de menor
índice de eficiência e, também de perdas.
A implantação da ferramenta OEE
pode levar a ganhos expressivos de desempenho, produtividade e
redução de custos pelo controle separado de indicadores de disponibilidade
de equipamentos, seu desempenho operacional e qualidade
da operação e sua posterior agregação para gerenciamento.
A VALE utiliza o OEE para acompanhamento do desempenho
diário dos portos .
Para o cálculo do OEE, são
considerados como fatores a Disponibilidade Física, Utilização e
a Produtividade.
O cálculo se baseia em estimativas relacionadas, quais sejam:
Taxa Comercial, Taxa Efetiva, Tempo Operacional Efetivo, Taxa
Efetiva Relativa, Disponibilidade Física, Produtividade Relativa,
Utilização e Índice de Eficiência Global do Equipamento (OEE).
As
equações são:
Taxa Comercial
Mede o desempenho global de um navio, equipamento, linha,
berço ou porto.
A Taxa Comercial (TCB) calculada para um navio é
a seguinte:
Equação 1 – Taxa Comercial (TCB)
CM = carga movimentada em t;
TOD = tempo operacional disponível, ou seja, é o tempo total
de horas corridas em que o navio permanece atracado no terminal,
desde sua atracação até a desatracação. Taxa Efetiva
Mede o desempenho médio dos períodos de operação de um
navio, equipamento, linha, berço ou porto, desconsiderando-se
quaisquer paralisações, independentemente de sua causa ou responsabilidade.
Equação 2 – Taxa Efetiva (TE)
TOE = tempo operacional efetivo, ou seja, é o tempo total de
horas em que o sistema esteve efetivamente em operação. Ele é
calculado pela soma dos períodos em que o sistema operou, ou
pela relação:
Equação 3 – Tempo Operacional Efetivo (TOE)
TEX = tempo de paralisações externas, ou seja, o tempo total
de paralisações não de responsabilidade do porto como condições
atmosféricas adversas, bloqueio do plano de carga pelo cliente,
entre outras.
TOP = tempo de paralisações operacionais, ou seja, tempo total
de paralisações de responsabilidade do porto, como limpeza de correias,
posicionamento de equipamentos, troca de turno, entre outros.
TMAN = tempo de manutenção, ou seja, tempo total de manutenções corretivas, preventivas, preditivas, reformas, implantações ou
manutenções de oportunidade, em que o equipamento ou sistema
esteve bloqueado para operação, independente de haver ou não
necessidade de sua utilização por parte da operação. Taxa Efetiva Relativa
mede a relação percentual entre a taxa nominal do equipamento,
linha, berço ou porto e a taxa efetiva realizada e é expressa pela relação:
Equação 4 – Taxa Efetiva Relativa (TER)
TNOM = taxa nominal ou valor de projeto da taxa.
Disponibilidade Física
mede a relação percentual entre o tempo em que o equipamento
ou linha de produção não esteve bloqueado por manutenções e o
tempo total do período avaliado.
Moellman et al. (2006) conceituam disponibilidade como o
tempo em que a linha de produção ou equipamento é empregado
efetivamente em operação, ou seja, representa o tempo total disponível
em que a máquina realmente pode ser utilizada.
Equação 5 – Disponibilidade Física
×100% − − =
CAL
CAL MAN IME
T
T T T Disp
TCAL = tempo calendário, ou seja, tempo total do período considerado;
TIME = tempo de implantação de melhoria, ou seja, tempo total
de intervenções da engenharia, bloqueando o equipamento ou sistema
para operação. Produtividade Relativa
mede o desempenho médio dos períodos de operação propriamente
dita de um equipamento ou linha de produção, desconsideradas
quaisquer paralisações, independentemente de sua causa ou
responsabilidade. Equação 6 – Produtividade relativa
Utilização
Relação percentual entre o total de tempo efetivamente operando
e o total do tempo disponível do equipamento.
Equação 7 – Utilização
Índice de Eficiência Global do Equipamento
O sistema de gerenciamento da VALE gera o desempenho diário dos portos – OEE no PRO , pela relação
dos fatores de Disponibilidade Física, Utilização e a Produtividade,
conforme segue:
Equação 8 – OEE (Eficiência dos Equipamentos)
OEE = DISP% × PROD% ×UTIL% .
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