4 de nov. de 2017

TPM Portuária

A filosofia da TPM tem sua origem no Japão e apresenta como principal mentor e divulgador o Prof. Seiichi Nakajima, desenvolvendo os conceitos apresentados pelo JPMI (Japan Plant Maintenance Institute) em 1971, e que teve como base os princípios da manutenção preventiva introduzidos inicialmente nos EUA nos anos 50 e 60, os quais foram se desenvolvendo gradualmente e hoje se apresentam como um dos programas mais aplicados internacionalmente . 
A TPM é ligada ao Sistema Toyota de Produção e largamente empregada por empresas dos mais diversos setores. E um  programa de manutenção que envolve todos os empregados da organização, desde a alta administração até os trabalhadores da linha de produção, com o objetivo de maximização do rendimento operacional . Nakajima (1989) identificou sete perdas que impedem a eficiência do equipamento, prejudicando o rendimento operacional :
 1. Perda por quebra esporádica ou crônica dos equipamentos; 
2. Perda devido a ajustes e tempo de preparação e regulagens; 
3. Perda por substituição de ferramentas e peças das máquinas que se desgastam ao longo da produção; 
4. Perda até o equipamento entrar em regime de produção normal, ocasionada pelo emprego de ferramentas inadequadas, problemas por falta de domínio técnico dos operadores para acertar a máquina ou outra; 
5. Perda por parada temporária sem que haja ocorrência de falha (quebra); 
6. Perda por redução da velocidade de produção;
 7. Perda devido ao retrabalho ou eliminação de produtos defeituosos.

 O JIPM – Japanese Institute of Plant Maintenance e um esforço elevado na implementação de uma cultura corporativa que busca a melhoria da eficiência dos sistemas produtivos, por meio da prevenção de todos os tipos de perdas, atingindo assim o 0 acidente, 0 defeito e 0 falhas durante todo o ciclo de vida dos equipamentos, cobrindo todos os departamentos da empresa incluindo Produção, Desenvolvimento, Marketing e Administração, requerendo o completo envolvimento desde a alta administração até a frente de operação com as atividades de pequenos grupos .
Eficiência Global do Equipamento (OEE) e uma das ferramentas utilizadas na medição da capacidade e desempenho de seus equipamentos diz respeito ao Índice de Eficiência Global do Equipamento (OEE – Overall Equipment Effectiveness). O fator do OEE aponta a eficiência da máquina ou  da operação e é expresso pela relação percentual entre a produção real e a padrão, ou pela relação percentual entre o tempo padrão da operação e o real de execução. Quanto mais próximo de 1 (100%) for o índice OEE, tanto mais produtiva será a linha de produção. Esse índice, ao medir o desempenho de equipamentos e máquinas ou seu conjunto, possibilita a identificação dos de menor índice de eficiência e, também de perdas. 
A implantação da ferramenta OEE pode levar a ganhos expressivos de desempenho, produtividade e redução de custos pelo controle separado de indicadores de disponibilidade de equipamentos, seu desempenho operacional e qualidade da operação e sua posterior agregação para gerenciamento. 
A VALE utiliza o OEE para acompanhamento do desempenho diário dos portos . 
Para o cálculo do OEE, são considerados como fatores a Disponibilidade Física, Utilização e a Produtividade. 
 O cálculo se baseia em estimativas relacionadas, quais sejam:
 Taxa Comercial, Taxa Efetiva, Tempo Operacional Efetivo, Taxa Efetiva Relativa, Disponibilidade Física, Produtividade Relativa, Utilização e Índice de Eficiência Global do Equipamento (OEE). 
As equações são:
 Taxa Comercial Mede o desempenho global de um navio, equipamento, linha, berço ou porto.
 A Taxa Comercial (TCB) calculada para um navio é a seguinte:
 Equação 1 – Taxa Comercial (TCB) CM = carga movimentada em t; TOD = tempo operacional disponível, ou seja, é o tempo total de horas corridas em que o navio permanece atracado no terminal, desde sua atracação até a desatracação. Taxa Efetiva Mede o desempenho médio dos períodos de operação de um navio, equipamento, linha, berço ou porto, desconsiderando-se quaisquer paralisações, independentemente de sua causa ou responsabilidade. 
 Equação 2 – Taxa Efetiva (TE) TOE = tempo operacional efetivo, ou seja, é o tempo total de horas em que o sistema esteve efetivamente em operação. Ele é calculado pela soma dos períodos em que o sistema operou, ou pela relação:
 Equação 3 – Tempo Operacional Efetivo (TOE) TEX = tempo de paralisações externas, ou seja, o tempo total de paralisações não de responsabilidade do porto como condições atmosféricas adversas, bloqueio do plano de carga pelo cliente, entre outras. TOP = tempo de paralisações operacionais, ou seja, tempo total de paralisações de responsabilidade do porto, como limpeza de correias, posicionamento de equipamentos, troca de turno, entre outros. TMAN = tempo de manutenção, ou seja, tempo total de manutenções corretivas, preventivas, preditivas, reformas, implantações ou manutenções de oportunidade, em que o equipamento ou sistema esteve bloqueado para operação, independente de haver ou não necessidade de sua utilização por parte da operação.  Taxa Efetiva Relativa mede a relação percentual entre a taxa nominal do equipamento, linha, berço ou porto e a taxa efetiva realizada e é expressa pela relação:
Equação 4 – Taxa Efetiva Relativa (TER) TNOM = taxa nominal ou valor de projeto da taxa. 
 Disponibilidade Física mede a relação percentual entre o tempo em que o equipamento ou linha de produção não esteve bloqueado por manutenções e o tempo total do período avaliado. Moellman et al. (2006) conceituam disponibilidade como o tempo em que a linha de produção ou equipamento é empregado efetivamente em operação, ou seja, representa o tempo total disponível em que a máquina realmente pode ser utilizada. 
Equação 5 – Disponibilidade Física ×100% − − = CAL CAL MAN IME T T T T Disp TCAL = tempo calendário, ou seja, tempo total do período considerado; TIME = tempo de implantação de melhoria, ou seja, tempo total de intervenções da engenharia, bloqueando o equipamento ou sistema para operação. Produtividade Relativa mede o desempenho médio dos períodos de operação propriamente dita de um equipamento ou linha de produção, desconsideradas quaisquer paralisações, independentemente de sua causa ou responsabilidade.  Equação 6 – Produtividade relativa
Utilização Relação percentual entre o total de tempo efetivamente operando e o total do tempo disponível do equipamento. 
 Equação 7 – Utilização Índice de Eficiência Global do Equipamento O sistema de gerenciamento da VALE gera o desempenho diário dos portos – OEE no PRO , pela relação dos fatores de Disponibilidade Física, Utilização e a Produtividade, conforme segue:
 Equação 8 – OEE (Eficiência dos Equipamentos) OEE = DISP% × PROD% ×UTIL% .

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