A reforma da previdência posta em pratica em 1981 pelo ditador Augusto Pinochet – com a coordenação de economistas formados na Escola de Chicago – acabou com a contribuição do estado e dos patrões, tanto na Previdência quanto na saúde. Cada trabalhador passou a poupar individualmente para a própria aposentadoria, depositando cerca de 10% dos salário em contas administradas por bancos privados.
Trinta e oito anos depois é provado em números o quanto prejudicial foi aos trabalhadores e a classe media . A capitalização pinochetista prometia um retorno de 70% do salário médio das contribuições. Mas hoje, a primeira leva de aposentados recebe em torno de 35% de sua renda média.
Mesmo após as mudanças da era Bachelet, quase 80% das aposentadorias pagas hoje no Chile estão abaixo do salário mínimo. E 45% dos pensionistas vive abaixo da linha da pobreza (com cerca de 600 reais). A classe média foi a mais afetada, porque passou receber na terceira idade muito menos do que recebera durante a vida laboral, mas não foi beneficiada pela contrarreforma.
Outra promessa de que os investimentos da Previdência privada impulsionariam a economia chilena. Do fundo de 200 bilhões de dólares em recursos poupados pelos trabalhadores, quase 3/4 do PIB do país, cerca de 40% estão investidos em outros países.
Embora tenha sido apresentada como “alternativa” aos novos ingressantes no mercado de trabalho, a proposta de Guedes levanta campo para a privatização da Previdência. Se for aprovada como está repetira os dramas chilenos.
No Chile, em 1981, os empresários deixaram de contribuir para a pensão de seus empregados, tanto na Previdência quanto na saúde. O sistema sobreviveu exclusivamente do aporte dos empregados, com uma capitalização e má qualidade de empregos. Resultado 79% das pensões financiadas pelo sistema, mesmo após os subsídios estatais, estão abaixo do salário mínimo chileno (cerca de 1810 reais). E 44% dos aposentados vive abaixo da linha da pobreza, ganhando menos de 600 reais por mês. Simplesmente a unica mudança que houve foi a introdução de um projeto neoliberal. E o mercado financeiro foi introduzido nas pensões e nos planos de saúde. O que arrasou a seguridade social, introduzindo a politica do livre mercado .
Uma coisa fica clara o grande aopio da midia mesmo se passando 38 anos no chile como no Brasil volumosos investimentos em publicidade garantem apoio e silenciam vozes dissonantes ao discurso do governo e do mercado
O amigo se dedicar algumas horas diárias a acompanhar a programação jornalística via TV, rádio, mídias impressas ou internet terá a sensação de que a saída para os principais problemas do Brasil está numa única medida: a reforma da Previdência Social. Ja vi este filme na reforma trabalhista .
Em sua capa, o Estadão frisou estarmos diante da “mais ambiciosa das reformas” , na mesma edição, o articulista do jornal, José Nêumanne, adjetivou a proposta de reforma como “ambiciosa e justa” e disse que “Bolsonaro cumpriu seu principal dever na presidência da República ao levar o texto da reforma mais ambiciosa e justa da Previdência Social na História do Brasil ao Congresso Nacional”.
No mesmo dia, a Folha abriu a sua edição com o título, “sucesso à reforma”. Ao apontar “condições fundamentais” que uma Reforma da Previdência deve atender e sinalizar quais os desafios do governo a partir dali, o editorial posiciona o jornal como um agente com interesses diretos na pauta.
O jornal O Globo, quando estampou na capa que a Reforma da Previdência “mira redução de privilégios”no editorial, em que a proposta de reforma é avaliada como “coerente”.
Mas, como dito no início, o apoio diuturno à reforma da Previdência está na pauta da mídia entrevistas, pesquisas e matérias produzidas e/ou repercutidas pelas redes de TV, emissoras de rádio e jornais impressos em apoio à medida?
E toda essa defesa da Reforma da Previdência não foi sem custos. Ao contrário, apenas entre janeiro de 2017 e dezembro de 2018, o governo Temer gastou R$ 110 milhões em propaganda pró-reforma.
Segundo dados do portal Congresso em Foco, com base na Lei de Acesso à Informação, a emissora que mais recebeu com propaganda exclusiva da reforma da Previdência à época: a TV Globo R$ 36,1 milhões,a Record (rádio e TV) , R$ 12, 3 milhões , o SBT, R$ 9,9 milhões ,o Facebook R$ 3,6 milhões,a rádio e TV Band R$ 1,9 milhão , o Grupo Abril R$ 1,4 milhão , a Indoor Mídia Comunicações R$ 1,4 milhão , a Rede Mulher e o Estado de S. Paulo (cada uma com pouco mais de R$ 1 milhão) e a Rede Século 21 R$ 910 mil completam a seleção das empresas que mais lucraram com o dinheiro público gasto na divulgação da reforma da Previdência do Governo Temer.
E no tocar do controle remoto não sera diferente os números em 2019.
Trinta e oito anos depois é provado em números o quanto prejudicial foi aos trabalhadores e a classe media . A capitalização pinochetista prometia um retorno de 70% do salário médio das contribuições. Mas hoje, a primeira leva de aposentados recebe em torno de 35% de sua renda média.
Mesmo após as mudanças da era Bachelet, quase 80% das aposentadorias pagas hoje no Chile estão abaixo do salário mínimo. E 45% dos pensionistas vive abaixo da linha da pobreza (com cerca de 600 reais). A classe média foi a mais afetada, porque passou receber na terceira idade muito menos do que recebera durante a vida laboral, mas não foi beneficiada pela contrarreforma.
Outra promessa de que os investimentos da Previdência privada impulsionariam a economia chilena. Do fundo de 200 bilhões de dólares em recursos poupados pelos trabalhadores, quase 3/4 do PIB do país, cerca de 40% estão investidos em outros países.
Embora tenha sido apresentada como “alternativa” aos novos ingressantes no mercado de trabalho, a proposta de Guedes levanta campo para a privatização da Previdência. Se for aprovada como está repetira os dramas chilenos.
No Chile, em 1981, os empresários deixaram de contribuir para a pensão de seus empregados, tanto na Previdência quanto na saúde. O sistema sobreviveu exclusivamente do aporte dos empregados, com uma capitalização e má qualidade de empregos. Resultado 79% das pensões financiadas pelo sistema, mesmo após os subsídios estatais, estão abaixo do salário mínimo chileno (cerca de 1810 reais). E 44% dos aposentados vive abaixo da linha da pobreza, ganhando menos de 600 reais por mês. Simplesmente a unica mudança que houve foi a introdução de um projeto neoliberal. E o mercado financeiro foi introduzido nas pensões e nos planos de saúde. O que arrasou a seguridade social, introduzindo a politica do livre mercado .
Uma coisa fica clara o grande aopio da midia mesmo se passando 38 anos no chile como no Brasil volumosos investimentos em publicidade garantem apoio e silenciam vozes dissonantes ao discurso do governo e do mercado
O amigo se dedicar algumas horas diárias a acompanhar a programação jornalística via TV, rádio, mídias impressas ou internet terá a sensação de que a saída para os principais problemas do Brasil está numa única medida: a reforma da Previdência Social. Ja vi este filme na reforma trabalhista .
Em sua capa, o Estadão frisou estarmos diante da “mais ambiciosa das reformas” , na mesma edição, o articulista do jornal, José Nêumanne, adjetivou a proposta de reforma como “ambiciosa e justa” e disse que “Bolsonaro cumpriu seu principal dever na presidência da República ao levar o texto da reforma mais ambiciosa e justa da Previdência Social na História do Brasil ao Congresso Nacional”.
No mesmo dia, a Folha abriu a sua edição com o título, “sucesso à reforma”. Ao apontar “condições fundamentais” que uma Reforma da Previdência deve atender e sinalizar quais os desafios do governo a partir dali, o editorial posiciona o jornal como um agente com interesses diretos na pauta.
O jornal O Globo, quando estampou na capa que a Reforma da Previdência “mira redução de privilégios”no editorial, em que a proposta de reforma é avaliada como “coerente”.
Mas, como dito no início, o apoio diuturno à reforma da Previdência está na pauta da mídia entrevistas, pesquisas e matérias produzidas e/ou repercutidas pelas redes de TV, emissoras de rádio e jornais impressos em apoio à medida?
E toda essa defesa da Reforma da Previdência não foi sem custos. Ao contrário, apenas entre janeiro de 2017 e dezembro de 2018, o governo Temer gastou R$ 110 milhões em propaganda pró-reforma.
Segundo dados do portal Congresso em Foco, com base na Lei de Acesso à Informação, a emissora que mais recebeu com propaganda exclusiva da reforma da Previdência à época: a TV Globo R$ 36,1 milhões,a Record (rádio e TV) , R$ 12, 3 milhões , o SBT, R$ 9,9 milhões ,o Facebook R$ 3,6 milhões,a rádio e TV Band R$ 1,9 milhão , o Grupo Abril R$ 1,4 milhão , a Indoor Mídia Comunicações R$ 1,4 milhão , a Rede Mulher e o Estado de S. Paulo (cada uma com pouco mais de R$ 1 milhão) e a Rede Século 21 R$ 910 mil completam a seleção das empresas que mais lucraram com o dinheiro público gasto na divulgação da reforma da Previdência do Governo Temer.
E no tocar do controle remoto não sera diferente os números em 2019.
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