Este livro é dedicado a todas as trabalhadoras e trabalhadores portuários que colaboraram com suas histórias de vida e trabalho nos portos aqui abordados .
O trabalho portuário e seu aprendizado se efetivava durante a realização do trabalho no cais e nos navios e guardava características do trabalho de “ofício” . Atividade presente desde a antiguidade, que só se firma como profissão a partir do final do século XIX.De lá para cá o mundo do trabalho sofreu diversas transformações. A partir do final da década de 1960, a crise do modelo fordista - keynesiano provocou mudanças significativas . Utilizando recursos tecnológicos e novas ferramentas na mecanização da produção.
As transformações afetaram o trabalho, dos trabalhadores portuários, seus direitos e sua forma de resistência, que por todo o século XX mantiveram o controle sobre a gestão do seu trabalho. Em várias partes do mundo, os sindicatos das diversas categorias de trabalhadores portuários, a saber, estivadores, conferentes de carga e descarga, vigias portuários, consertadores, trabalhadores de capatazia,ou unificados em um sô representante laboral , exerceram importante papel neste período no que diz respeito às lutas por melhores condições de trabalho, por salários dignos e por controle sobre o trabalho.
As mudanças ocorridas nas últimas décadas, requereram (e continuam requisitando) a manutenção e o fortalecimento dos trabalhadores. No conhecimento do trabalho portuário e seu aperfeiçoamento num mundo que nunca se para e tudo se faz para embarcar .
No esforço da compreensão dos caminhos do trabalhador no porto tomamos como intenção construir este livro que aborda vários aspectos da comunidade portuário ,apresentados por pesquisadoras (es) de universidades brasileiras e estrangeiras, pesquisadoras (es) no nível de pós-graduação, sindicalista e trabalhador portuário conformando um espectro de conhecimento que abrange os vários saberes na esfera das análises sobre o trabalho portuário.
Acesse o livro "AS METAMORFOSES DO TRABALHO PORTUÁRIO Mudanças em contextos de modernização" que foi organizado pelas professoras doutoras Maria de Fátima Ferreira Queiróz e Carla Regina Mota Alonso Diéguez .
Parte I – Do Ofício dos Trabalhadores à Automação do Trabalho Portuário.
1. Atividade de Guincheiro no Porto de Vitória-Es
Gustavo Roberto da Silva Psicólogo, Mestre em Psicologia Institucional pela Universidade Federal
do Espírito Santo ,Rafael da Silveira Gomes Psicólogo, Doutor em Saúde Pública (ENSP/Fiocruz), Professor do Departamento de Psicologia e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Institucional da Universidade Federal do Espírito Santo e Ueberson Ribeiro Almeida
Professor de Educação Fisica. Doutor em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo. Docente do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Institucional da Universidade Federal do Espírito Santo. Pesquisador do Laboratório de Estudos em Formação,Trabalho e Transversalidade – LEFT/ PPGPSi.
2. Organização do Trabalho e Saúde do Trabalhador em perspectiva comparada: portos de Santos e Lisboa
Maria de Fátima Ferreira Queiróz Professora Associada da Universidade Federal de São Paulo, campus Baixada Santista Doutora em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo-USP.
Ergonomista. Docente do Eixo Trabalho e Saúde da Unifesp. Pós-doutorado -Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa, Instituto de História Contemporanea - Grupo de Estudos do Trabalho e dos Conflitos Sociais. Desenvolve estudos na área de Saúde Coletiva e Saúde do Trabalhador,atuando principalmente as temáticas: agravos à saúde no trabalho em geral e
no trabalho portuário, análise ergonômica das condições de trabalho, fadiga gerada pelo trabalho e aspectos relacionados à organização do trabalho. É ainda organizadora e autora do livro “Porto de Santos: Saúde e Trabalho em Tempos de Modernização” - (Editora Fap-Unifesp-2015) ,
Ricardo Lara Professor da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Doutor em Serviço Social - UNESP. Pós-doutorado - Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa. Desenvolve estudos nos seguintes temas: fundamentos do Serviço Social; teoria social; trabalho e questão social; políticas sociais e saúde do trabalhador e
António Mariano António Mariano Graduado pelo Instituto Superior Técnico da Univesidade de Lisboa. Trabalha na Associação Empresa Trabalho Portuário de Lisboa-AETPL. Presidente do SEAL-Sindicato dos Estivadores e da Actividade Logistica-Portugal. Membro do Working Group do IDC-E (International Dockworkers Council – Europa).
3. A Força de Trabalho Feminina no Porto de Santos
Cláudia Mazzei Nogueira Graduada em Serviço Social pela PUC/SP, 2000. É Mestre, Doutora e Pós-doutora pelo Programa de Pós-graduação em Serviço Social pela PUC/SP. Professora Doutora Associada do Curso de Serviço Social e do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar
da UNIFESP-BS. É também coordenadora do Programa de Pós-graduação em Serviço Social e Políticas Sociais da UNIFESP-BS. Além de ser Pesquisadora Bolsa Produtividade CNPq na área de Serviço Social, com ênfase em Relações e Processo de Trabalho. Coordenadora do Núcleo de Estudos do Trabalho e Gênero - NETeG. É ainda autora dos livros “A Feminização no Mundo do Trabalho” - (Editora Autores Associados) e “O Trabalho Duplicado” – (Editora Expressão Popular).
e Edina Silva Costa Enfermeira, Doutoranda em Ciências da Saúde (UNIFESP/BS); Mestre
em Saúde Coletiva (UECE); Especialista em Saúde da Mulher.
4. A Formação do Trabalhador Portuário no Porto de Santos e no Porto de Antuérpia
João Renato Silva Nunes Graduado em Administração de Empresas pela Unimes. Técnico de Segurança do Trabalho Fortec Estivador do Porto de Santos – OGMO-Santos e Mestrando Unifesp . e Maria de Fátima Ferreira Queiróz
5. Automação e mudanças no processo de trabalho: um novo
trabalhador Portuário?
Carla Diéguez É doutora em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (2014), mestre em Sociologia pela Universidade de São Paulo (2007) e bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista (2001). É docente e pesquisadora da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. É autora do livro “Trabalho à Deriva: privatização e cultura do trabalho no Porto de Santos” (2016).
Parte II – Resistências e Lutas dos Trabalhadores Portuários
6. O IDC e o internacionalismo portuário: uma análise a partir do caso português
Raquel Varela Varela Historiadora, Investigadora e professora universitária. Starting Grant da Fundação para a Ciência e Tecnologia/Universidade Nova de Lisboa/IHC e Fellow do International Institute for Social History (Amsterdam). Professora-visitante internacional da Universidade Federal Fluminense, onde leciona uma cadeira na área de história global do trabalho no programa de pós-graduação em História. É membro do NIEP. É avaliadora internacional do CNPQ/Brasil. É coordenadora do projeto internacional de história global do trabalho In The Same Boat?
Shipbuilding industry, a global labour history. Autora e coordenadora de mais de 25 livros sobre história do trabalho, do movimento operário, história global. Publicou como autora 42 artigos em revistas com arbitragem científica, na área da sociologia, história, serviço social e ciência política indexados no ISI Thompson,CAPES Qualis A, Scopus, entre outros. É editora de Critique Journal of Socialist Studies (Uni. Glasgow) e Workers of the World (IASSC). É membro do editorial board de várias publicações periódicas académicas. É fundadora da Rede de Estudos Globais do Trabalho.
É membro convidado do Board of Trustees of the ITH-International Conference of Labour and Social History (Áustria), a mais antiga associação de estudos do trabalho na Europa. É atualmente presidente da International Association Strikes and Social Conflicts, uma rede que conta com 35 instituições da Europa do Norte e Sul, EUA e América latina.
7. Repertorios de acción coletiva en el conflito laboral portuário: el caso de una federación portuária en el norte de Chile
Camila Álvarez Torres Historiadora con mención en Ciencias Políticas, Pontificia Universidad Católica de Valparaíso (PUCV), Chile. Magíster en Ciencias Políticas, FLACSOEcuador. Se ha desempeñado como investigadora en temas de conflictividad laboral, movimientos sindicales, estudios de regímenes y gobernanza transfronteriza. Ha realizado investigación en Perú, Ecuador y Chile. Desde el 2013 a la fecha es miembro fundadora del Grupo de Estudios Del Trabajo (G.E.T) de Flacso Ecuador. Actualmente es Co Investigadora del proyecto FONDECYT (1150812) e investigadora asociada del Instituto de Estudios Internacionales (INTE) de la Universidad Arturo Prat (Iquique, Chile), donde ademas coordina el Magíster en Relaciones Internacionales y Estudios Transfronterizos.
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