27 de out. de 2019

Dividindo o cais

O que esta acontecendo no porto de Santos esta relacionado a um procedimento teórico aplicado nas escolas ,redução de custo a qualquer custo .E de uma armadora que fica em cada porto procurando o menor preço .A soma desta combinação e paga não somente pelos estivadores mas pela cidade portuária onde esta dupla faz negocio .
A política de dividir para conquistar ou para reinar, consiste em ganhar o controle da profissão através da fragmentação dos trabalhadores, numa estratégia que tenta romper as estruturas coletivas existentes .
Esse conceito foi utilizado por César (divide et impera), Filipe II da Macedónia e Napoleão (divide ut regnes) e por  Aulo Gabínio.
A estratégia de divisão desta regra tem sido atribuída aos soberanos no passado hoje ela e tramada nas salas com ar condicionado dos especialista em redução de custo a qualquer custo , pois a responsabilidade social quem paga e a sociedade do entorno dos negócios de seus clientes , utilizando a força publica ,policia federal e militar como escudo de segurança  para assegurar os lucros de seus contratos de risco .


Criando  e estimulando divisões entre os indivíduos com o objetivo de evitar coletividade, auxiliando e  promovendo crescimento profissional  daqueles que mesmo dentro ,nunca conseguiram destacar  e sempre se preocuparam com o outro , mas nunca conquistaram sua independência mesmo sendo ,livres e donos de seus destino  e fomentando a inimizade e a desconfiança na beira do cais .

Neste entendimento um operador portuário , vai coordenar e realizar operação portuária dentro do espaço arrendado por outro operador portuário ,uma terceirização desbaratinada .

Este operador    contrata um numero de trabalhadores na forma de vinculo por tempo indeterminado  e a outra parte ira prestar serviço por uma escala eletrônica ,escala de surprevisor, e estes trabalhadores vão continuar a disputar com os demais trabalhadores portuários avulsos as outras demais  escalas existentes, mas  para este operador em questão ,somente eles vão trabalhar.Essa atitude gera conflito, que não e fácil de entender ,  o que na pratica o cais santista esta assistindo  , uma retorica  política que consiste em ganhar o controle da profissão através da destruição de sua cultura.

E combatendo este neoliberalismo brasileiro os  Estivadores do Porto de Santos, no litoral de São Paulo, continuam realizando um movimento social refletido num  protestosque iniciou na noite de quinta feira dia 24 , no dia 25 ,  entraram no terminal e paralisaram as atividades de um navio RoRo da Grilmaldi atracado no cais do Valongo  ,pois  a embarcação estava sendo operada por um operador portuário no arrendamento de outro operador portuário  sem mão de obra especializada e sem equipamentos de proteção , desrespeitando a lei 12815 (Nova lei dos portos ) e a convenção 137 da organização internacional do trabalho OIT e da resolução 145 da mesma OIT . 

No dia 27  o que desejo o gestor ocorreu , mostrando quanto e contraditório o seu discurso  .A Polícia Federal elevou para dois o nível de segurança dentro do Porto de Santos, pela portaria 11/2019 da Comissão Estadual de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis no Estado de São Paulo (Cesportos-SP).
E o conflito somente esta ocorrendo pois trabalhadores de fora do sistema  possuírem  cartão de isps Code para adentar ao cais santista fornecido pela Codesp ,autoridade portuária do porto organizado de Santos 
O desenrolar do conflito que se traduziu em um   movimento social  ,somente acontece devido ao mal estar gerado  pela falta de segurança laboral e do não comprimento da leis portuárias  por parte dos gestores da EcoPorto .

Os estivadores terão que reinventar as formas de  protestos para combater as atitudes anti sociais dos gestores de  terminais  portuários que se asseguram na impunidade social de suas condutas de redução de custo a qualquer custo e  na politica defendida pela direção da codesp, algo que e inédito , e dos órgãos de segurança  pública .

Pois nos últimos anos a perca salarial e intensa e o valor do vinculo ainda não se equipara  a renda media do ano de 2012 , pois desde que foi implantada o vinculo na beira do cais o salario foi reajustado  $R 208,45 por ano e se continuar este procedimento dos gestores de terminal , alem da participação de lucro para continuarem no vinculo no primeiro momento não haverá aumento  segundo banco de horas e ai começara as reduções salarias. 

Termino com o desabafo do estivador G.S.P

Estávamos todos pacificamente ( companheiros) lutando por nosso mercado de trabalho. Essa empresa está causando um verdadeiro tumulto - investindo no caus e na desordem . Pois ela tem ACT vigente com 100% de estiva avulsa, lavrada em comum acordo entre as parte . Já se desvinculado do acórdão do TST . Tambem pude constatar . 
E ,está caracterizado nas filmagens e fotos que a Polícia militar está totalmente irregular ...Fora de suas atribuições . Pois é , uma área federal . 
Com tudo deixo meu descontentamento e total indignação contra esse gesto fascista que usa a máquina do estado ,com todo seu aparelhamento, em detrimento das elites financeiras ( Operadores portuários ) Mas de forma alguma vamos nos curvar diante dessa ditadura empresarial e reacionária, Contra nossos diretos . 
Contrariando acordos, leis e normal reguladoras de segurança !
 Estiva unida, jamais será vencida . 
Resistência sempre...contra a ganância empresarial ,e suas imposições 
no maior porto da América latina

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