Os estivadores se reuniram em Lisboa no SEAL no passado sábado, dia 5 de Outubro, em Assembleia Geral, com estivadores dos diversos portos portugueses onde está representado, com o objetivo de fazer uma avaliação profunda e global da realidade portuária portuguesa, tendo sido colocadas em cima da mesa todas as possibilidades, uma vez que os problemas que temos vindo a identificar, denunciar e combater estão longe de estarem resolvidos.
Foi o entendimento geral que parte significativa desses problemas estão feridos de ilegalidade, a começar pelo descumprimento total do acordo da estiva de Lisboa, na falta de respeito às atualizações salariais, rasgando sem qualquer fundamento pelos patrões o contrato coletivo firmado entre as partes .
Para além disso, foi também discutida a questão de as empresas portuárias não estarem sequer a cumprir a lei, naquilo que diz respeito ao pagamento dos valores devidos aos trabalhadores portuários, nomeadamente no que concerne a férias e subsídio de férias cujos valores nunca refletiram todos os componentes das retribuições mensais que, regra geral, são pagas pelas empresas. Apesar de esta questão já ter sido objeto abordado e discutido pelo SEAL, as empresas portuárias que operam no porto de Lisboa, optaram por, mais uma vez, nada fazerem para cumprir as regras acertas e assim agirem na legalidade.
Os sócios do SEAL, contrariando as intenções subjacentes ao comportamento leviano de algumas empresas que apostam num conflito permanente na beira do cais , decidiram que não era a hora de partir para novas formas de luta sem que, no plano judicial, permita consagrar o cumprimento dos acordos assinados entre instituições supostamente idôneas, tendo também a via judicial sido a escolhida como meio adequado para aplicação da legalidade em matéria de valores devidos aos estivadores, nomeadamente em matéria de férias e subsídio de férias.
Uma leve retrospectiva .
A curto prazo daremos conta de ações subsequentes que iremos despoletar.
Os estivadores do porto de Lisboa têm os seus salários congelados desde 2010.
O SEAL conseguiu assinar um acordo em 2018 que prevê a sua atualização em 4% neste ano , acrescidos de 1,5% em 2019. Para além de todos estes estivadores não terem visto concretizadas as referidas atualizações salariais, acresce que há mais de um ano que estão sujeitos ao pagamento do seu salário mensal a prestações, na AETPL,( ogmo Local ) a empresa de trabalho portuário de Lisboa. Como é evidente, se o trabalho é executado integralmente, tem que ser pago da mesma forma. Até quando pensam as empresas que podem continuar a viver num ambiente de paz se todos os meses provocam atos de guerra? Os patrões não podem querer o melhor de dois mundos: ou devolvem a paz que recebem, ou estão condenados a voltar a viver em guerra.
De diferentes perspectivas, os empresários portuários pensam e tentam aplicar em seus portos a condição desigual e vulnerável do trabalho . Na dinâmica da exploração , denominada precarização mesmo com um governo socialista ou em plena geringonça .O capital se expressa pelos efeitos da condição de subordinação do trabalhador o assalariando ha uma situação de vulnerabilidade .
O Que levara o sindicato dos estivadores e da atividade logística o SEAL ,a presenciar ,um novo Cerco de Lisboa que ocorreu de 1 de julho de 1147 até 21 de outubro, e os estivadores portugueses encarnarão as forças de D. Afonso Henriques e com o auxílio dos Cruzados - estivadores de todo mundo .
Na mítica batalha de Sacavém , mesmo ao longo de gerações ,uma nova batalha com o mesmo principio , onde os estivadores brigam por respeito social e por dignidade a comunidade portuária portuguesa .
https://oestivador.wordpress.com/2019/10/07/seal-avanca-para-tribunal-com-o-incumprimento-de-aumentos-salariais-de-lisboa/?fbclid=IwAR1fSbIhiyXu64zhZxJXtzo6pnB-epEY2X53GwbY0VD7uu04FUS1fwO1Sus
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