10 de jan. de 2020

Um ZÉ para a Muralha


Qual e o recado que o empresariado  portuário português esta dando as carreiras   profissionais emblemáticas da sociedade portuária portuguesa , o estivador,especialmente pelos contornos assumidos pela organização da gestão da muralha .
Na atual fase os “projetos”, com forte redução de custo , que recai a perda sobre a mão de obra dos portos  ,buscando constante adaptação, de flexibilidade e da gestão de sua empregabilidade .
Mas qual  e a  justificativa do gestor portuário no procedimento  no qual o destaque é criar e se inserir na muralha portuguesa um  ser imóvel ,polivalente e sem brio a pátria mãe ,família, o colaborador . 
A campanha de valorizar os colaboradores  busca engajar pessoalmente em novos projetos, trabalhadores doutrinados  em  aceitar  a flexibilidade de seus direitos  num  modismo de capa de revista , primeira pagina de jornal ou de propaganda de tv  .
 Indagando aos lusitanos que precorrem a muralha , sobre essa nova configuração do trabalho, e o que  significaria esta relação de  flexibilidade aos olhos dos estivadores .
 Onde o novo espírito do capitalismo nutri  seu lucro num contexto de fragilização e precariedade da mão de obra .Apostando na bolsa de valores a ideia da insegurança do emprego e de grande rotatividade da mão de obra .

  Este é o “Zé” o “Zé” está há 16 MESES a trabalhar 40 horas mais quase outras tantas semanais em Prol da Saúde Financeira da sua empresa , o “Zé” chega a horas , desempenha a sua Função com o Maior Profissionalismo e Respeito que lhe compete , mas o “Zé” NÃO RECEBE o seu ORDENADO ao fim do mês , recebe só á PERCENTAGEM ao longo do mês mesmo da maneira que o Patrão lhe apetece pagar , este MÊS é dia 10 e o Patrão ainda só lhe pagou 25% do Ordenado , o Patrão está a ADOECER PSICOLOGICAMENTE e a fazer com que o “Zé “ não consiga honrar os seus compromissos mensais pondo até a sua Família a sofrer com toda esta situação , Boa Noite ... o Meu Nome é ZÉ ...

This is “Zé”
“Zé” has been working for the last 16 MONTHS 40 hours and almost as many in overtime on behalf of his company's Financial Health,
“Zé” arrives on time, performs his job with the most professionalism and respect
but “ZE” DOES NOT RECEIVE his wage at the end of the month, he will receive a PERCENTAGE throughout the month just as the stevedoring companies wants to pay him,
this MONTH is the 10th
and the Boss still only paid him 25 % of the wage of december,
the Boss is PSYCHOLOGICALLY HARESTING “ZÉ” and making “Zé” unable to honor his monthly commitments, even putting his FAMILY to suffer with this situation,
Good Night ...
My Name is ZÉ …
Na longa história da atividade dos estivadores , em sua incessante luta pela sobrevivência, pela conquista da dignidade e do respeito social  em seu  mundo de trabalho seja na muralha ou no navio. 

,Foi combatendo este contexto que o empresario portuário   , redesenhou novas e velhas modalidades de trabalho, com o objetivo de recuperar sua margem de lucro .
Proliferaram, a partir de então, as perolas “empreendedorismo”,   e "colaboradores" distintas formas alternativas de trabalho precarizado. 
E o depoimento do ZÉ  e de um  trabalhador precarizado  que se encontra,  em uma fronteira incerta na  flexibilização de sua  riqueza. Seu soldo, por atitude   do Patrão é debilitado. Nessa guerra de desgaste nervoso , o estivador  é deixado completamente descoberto, sem suas garantias  financeiras ,numa tentativa de  apagar sua  consciência, no desenho e na   forma do direito, conquistado a muito sangue e suor ,do objeto de seu trabalho. E por isso que a   Estiva vai continuar a lutar .
Nenhum passo atras 
We will never walk alone again!

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