20 de fev. de 2021

Mais um acidente no Cais.

 

Uma das áreas em que o acidente de trabalho assume complexidade cada vez mais crescente é no setor portuário. Quando não e uma fatalidade é um longo período de afastamento do acidentado.  E somente temos notícias, graça as redes sociais. O que acaba explicando a forte censura prévia dos operadores portuários. Por outro lado, neste ambiente fica claro a precarização de equipamentos operacionais.

Em 2008, o OGMO contabilizou 138 acidentes, destes 73 com afastamento, entre 2007 e 2008, ocorreram 7 fatalidades, o que levou as partes se conscientizarem e investirem em cursos com foco na segurança dos tpas.

 São eles

CE-NR20 - Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis

CE-NR35 - Segurança e Saúde no Trabalho em Altura

CESSTP - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário

CPOPCS - Procedimento Operacional Padrão (Contêiner e Sacaria)

CATP-Atualização Profissional do Trabalho Portuário.

Assim, claro sem contar os cursos básicos CBAET — Básico de Arrumação e Estivagem Técnica, CBTP - Básico de Trabalhador Portuário e CAAET - Aperfeiçoamento de Arrumação e Estivagem Técnica e os cursos de COCP - Operação de Cargas Perigosas e CSMC - Sinalização para Movimentação de Carga.


Passado mais de uma década, precisamente 13 anos porque continua acontecendo acidentes com trabalhadores portuários avulsos.

 
Uma coisa não e a falta de qualificação. Qual é o real problema na área portuária, por não conseguir reduzir os riscos operacionais. Apesar de possuir no mesmo período, duas Leis. Ou a palavra modernização esta somete contida em uma letra fria no branco papel da lei, pois, a automatização todos sabemos que esta, mas presente na teoria do que, na prática, diária do maior porto do Brasil, ou será mera peça de ficção da propaganda nacional para o setor.

Infelizmente nosso companheiro sofreu um grave acidente nessa madrugada no primeiro terno da celulose, o aparelho desceu para pegar a lingada normalmente, o TPA foi o primeiro a engatar a lingada quando de repente o aparelho desceu em cima dele totalmente, esmagando o mesmo, aparentemente fraturou a perna em duas partes sendo socorrido e levado para a Santa Casa de santos.

O colocando duas vezes em risco a vida de um TPA em período de pandemia se corre um enorme risco a saúde ao frequentar um hospital, para ser submetido a uma cirurgia de reabilitação, que cuida de vítimas da covid19.

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