26 de dez. de 2011

A luta dos Portuarios de Aveiro

Trabalhadores do aporto de Aveiro contestam a insolvencia da empresa de trabalho portuario ETP e debatem formas de lutas.
Pela falta de pagamento de ferias e de natal e a falencia da empresa de trabalho portuario.
Trabalhadores portuários em greve por tempo indeterminado
Estivadores do Porto de Aveiro entram dia 24 de dezembro em paralisação contra a presença de trabalhadores "alheios ao sector", numa altura em que foi pedida a insolvência da empresa de trabalho portuário (ETP).
Os estivadores do Porto de Aveiro entram hoje em greve por tempo indeterminado, contra a presença nas instalações portuárias de trabalhadores "alheios ao sector", numa altura em que foi pedida a insolvência da empresa de trabalho portuário (ETP).
O Presidente da Administração do Porto de Aveiro (APA), José Luís Cacho, considera a greve "inaceitável, que só vai contribuir para agravar a situação do Porto" e lembra que houve um acordo, em que o sindicato participou, para a instalação das empresas na área portuária que ali fizeram os seus investimentos.
"A greve põe em causa as negociações que têm vindo a decorrer para a viabilidade da empresa de trabalho portuário" e "é uma tentativa de usar as empresas que investiram no Porto de Aveiro para exercer pressão", lamentou José Luís Cacho à Lusa.
A Associação Nacional de Pellets Energéticas de Biomassa (ANPEB) criticou, em comunicado, a convocação da greve, afirmando que "visa sectariamente" algumas das suas associadas (Enerpellets, PelletsPower Lda e Pinewells S.A.) "numa disputa laboral a que são totalmente alheias".
Salientado que essas empresas representam mais de 50 milhões de euros anuais em volume de exportação, a ANPEB adverte que serão fortemente penalizadas pelo incumprimento dos contratos de fornecimento, pelo que a greve põe em causa mais de 160 postos de trabalho e 1300 postos de trabalho indiretos.
O pré-aviso de greve por tempo indeterminado foi entregue pelo Sindicato dos Trabalhadores do Porto de Aveiro (STPA), após decisão tomada segunda feira em assembleia geral, por "ocupação de postos de trabalho por parte de mão-de-obra estranha ao sector, em cinco áreas portuárias.
Aquele Sindicato acusa a Administração do Porto de Aveiro e o Instituto Portuário e de Transportes Marítimos de "se terem demarcado das suas atribuições" no funcionamento da estrutura portuária e da Associação de Trabalho Portuário de Aveiro (ETP).

Esta funciona como bolsa de trabalhadores, sendo participada pela Mota / Engil e Empresa de Tráfego e Estiva, que entraram com um pedido de insolvência.


Os estivadores do Porto de Aveiro cumpriram no sábado o primeiro dia de uma greve por tempo indeterminado cujos efeitos deverão ser sentidos "especialmente a partir de segunda-feira [hoje]", informou um dirigente sindical.
Orlando Miguel, delegado sindical e membro do conselho fiscal do Sindicato dos Trabalhadores do Porto de Aveiro (STPA), disse à agência Lusa que "não há nenhum estivador" ao serviço desde as 00:00 de sábada, o que representa uma "adesão total" à greve.
No entanto, explicou, "habitualmente quase não se trabalha ao fim de semana", prevendo-se que a paralisação venha a ter maior repercussão de segunda-feira em diante.
O pré-aviso de greve por tempo indeterminado entregue pelo STPA abrange cerca de 70 trabalhadores do Porto de Aveiro.
"A greve vai prosseguir até haver algum diálogo" da administração do Porto com a direção do Sindicato, presidida por Eduardo Marques.
Através da greve, os trabalhadores manifestam-se contra a presença nas instalações portuárias de trabalhadores "alheios ao sector", numa altura em que foi pedida a insolvência da empresa de trabalho portuário (ETP).

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