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14 de set. de 2023

Estivadores beneficiados com cursos de formação em Valência.

 Cerca de 250 estivadores terão acesso a formação  na Valência CPE

O Centro de Emprego Portuário de Valência oferecera vários cursos de formação, até ao final do ano, que envolverão mais de 250 estivadores. Estas iniciativas de formação visam melhorar as aptidões e competências dos trabalhadores em diferentes funções. Os cursos terão foco em perfis variados, como operadores de caminhão guindaste, mafi, empilhadeira, RTG e porteiner, além de inglês, primeiros socorros e segurança viária.

O plano de formação do último trimestre do ano está previsto para começar no dia 18 de setembro e terminará no dia 15 de dezembro. A formação abrangerá também encarregados e pessoal administrativo em áreas essenciais como primeiros socorros. Desta forma, fortalece as capacidades dos trabalhadores num ambiente portuário que exige aptidões e competências técnicas atualizadas.

Uma característica notável de alguns destes cursos é que incluem sessões prévias nos dois simuladores disponíveis no Centro de Emprego Portuário de Valência. Estes simuladores foram desenhados e construídos pelo Laboratório de Simulação e Modelação (LSyM) da Universidade de Valência, sendo uma inovação pioneira na Espanha. O investimento social  por estivador dos cursos de especialização, como operador de porteiner ou mafi, ascende a 22 mil e 8 mil euros, respectivamente.

 


Uma das principais responsabilidades da CPEV é a melhoria constante das competências e qualificações dos profissionais envolvidos na operação portuária. Por esta razão, a direção do Centro Portuário tem investido esforços consideráveis para garantir que os trabalhadores adquiram e atualizem os conhecimentos necessários ao desempenho eficaz das suas funções nas diversas especialidades da estiva. Esta formação está sempre alinhada com as necessidades manifestadas pelos operadores portuários.

A Coordinadora Valência, sindicato dos estivadores a formação e resultado de negociações e esforços contínuos.

Estas iniciativas visam não só incorporar novos trabalhadores ao CPE e revitalizar a força de trabalho atual, mas também proporcionar uma atualização de conhecimentos essenciais para o estivador realizar o trabalho enfrentando solidamente os desafios e as novas exigências de um setor altamente competitivo, como é o setor portuário.

 

Mas acima de tudo esta formação, contribui para o crescimento e desenvolvimento da comunidade portuária valenciana.

https://www.elestrechodigital.com/2023/09/05/unos-250-estibadores-se-beneficiaran-de-los-cursos-de-formacion-del-cpe-de-valencia/

https://www.diarioelcanal.com/cpe-valencia-formacion-estibadores/

https://www.coordinadora.org/web/2023/09/07/el-comite-de-empresa-del-cpe-de-valencia-impulsa-una-formacion-de-vanguardia-para-sus-estibadores/

9 de abr. de 2022

Assembleia geral da Estiva Espanhola

 Qual e a situação dos portos no contexto atual e sobre o novo Quadro de Estiva.

A estiva realizou sua Assembleia Geral em Las Palmas nos dias 6 e 7 de abril, com a presença de mais de 200 companheiros dos 29 portos  de toda a Espanha, onde se discutiu o futuro promissor, graças ao novo Marco de Estiba com o qual se põe fim a um ciclo negativo para a profissão. Buscando o papel tanto dos estivadores como dos restantes trabalhadores que exercem a sua atividade no ambiente portuário.

Com o slogan 'Somos Puerto. Nuevos tiempos, em relação justamente à nova etapa que iniciam em seu trabalho futuro.

O 5º acordo-quadro de estiva marca o fim de “uma das fases mais sombrias para o setor”. Há cinco anos, o ex-ministro dos Transportes, Íñigo de la Serna, do PP, motivou uma reforma do setor portuário "da pior maneira possível", gerando cinco anos de negociação "para ter mais duas reformas legais e um V acordo nacional que culminaria naquele conflito".

Assembleia de estivadores da Coordenadora ratifica o texto do V Acordo Marco do setor

“Trabalhamos em um texto sólido e robusto”, indica Goya

Os delegados presentes ontem na 43ª Assembleia do Coordenador Estadual de Estivadores Portuários (CEEP) realizada no porto de Las Palmas ratificaram o documento do V Acordo Marco do setor.


Pretendemos com o acordo V é desenvolver este modelo na forma básica de funcionamento dos Centros de Emprego Portuário (CPE) e, concretamente, do CPE com as empresas que são seus empregadores.

Para Goya, ter uma norma clara, como a lei que regulamenta os Centros de Emprego Portuário (CPE), foi fundamental para dar estabilidade ao trânsito, prestar serviços de qualidade e segurança aos nossos trabalhadores, “ainda que não teremos paz absoluta”.

O documento do acordo desenvolve regras gerais de funcionamento que vão desde questões básicas como a gestão da distribuição do emprego ou os tipos de horas de trabalho que devem ser feitas nos portos, até a forma como as operações diárias são organizadas, dando então a possibilidade de cada porto se adaptar a esta situação, dependendo de suas características.

Da mesma forma, aborda como são realizados os processos de formação, processos de distribuição de emprego, nomeações ou como são distribuídos os turnos de trabalho. 

Ao longo deste período os estivadores realizaram e aplicaram "um exercício de responsabilidade" para que os portos tenham estabilidade suficiente "para gerar economia e progresso, bem como para os trabalhadores que exercem a atividade".

Ajuda, sempre é positiva.

O governo tem vindo a gerar desde o início da guerra, bem como as aprovadas nos últimos anos devido à crise económica e do coronavírus.

“Não só definir o nosso papel e qual a função que queremos desenvolver no nosso trabalho, mas ir mais longe na capacidade que temos de conseguir captar tráfego, tentar ter um porto competitivo e ser corresponsável pelo seu crescimento económico”, Antolín Goya.

O acordo não foi assinado antes da assembleia, pois, a Anesco salientou que precisava de um pouco mais de tempo para que todos os seus associados pudessem estudá-lo com calma.

Foram entregues o distintivo de estiva de ouro a Miguel Rodríguez, de Las Palmas; Aurélio Gabarda, de Valência; e Ildefonso Garnica, de Algeciras e a Homenagem póstuma ao  companheiro José Antonio Fernández, Negro , trabalhadores que  deixaram uma marca na beira do cais.

E a luta continuará, pois, Associação das Empresas Operadoras de Portos (Asoport) vai contestar o V Acordo-Quadro de Estiva perante o Tribunal Superior Nacional, Joaquim Coello, o texto “tem muitas semelhanças com o IV Acordo Marco da Estiva, que já foi declarado inválido em vários aspectos pelo Superior Tribunal de Justiça na época”. E"a maioria das empresas pertencentes à Asoport deixará os Centros de Emprego Portuário (CPE)" órgão semelhante ao Ogmo no Brasil.

4 de mar. de 2022

Governo devolve o respeito profissional nos portos.

 O governo espanhol altera o regime de trabalho dos estivadores nos portos. Os novos artigos restauram um sistema semelhante ao anterior à decisão europeia de 2014, que forçou a liberalização da estiva. Com a mudança, o respeito profissional é devolvido aos estivadores, ao permitir que o acordo coletivo estabeleça “as especificações necessárias” para a atividade.

A emenda define os centros de emprego portuários(OGMO) com uma fórmula para atender às necessidades no embarque e desembarque de mercadorias. Esses centros, que serão de propriedade conjunta de empresas e trabalhadores que “contribuirão para a manutenção do emprego e garantirão o respeito profissional. Ou seja, está fechado o caminho da precarização sonhada pelos operadores portuários, possibilidade de demissões coletivas. Na prática, os centros de cada porto se reconfiguram como a empresa que controla a contratação e, ao vinculá-la ao acordo coletivo e à força dos trabalhadores, restabelece-se o respeito profissional dos estivadores.

No entanto, nem tudo e ouro. A decisão determinava que os trabalhadores pertencentes à Sociedade Gestora de Estivadores Portuários (Sagep) não poderiam ser obrigados a contratar prioritariamente. Assim, o texto legal passa a incluir a possibilidade de contratação de pessoal de empresas de trabalho temporário e estabelece que a adesão das empresas aos centros de emprego portuário é voluntária. Mas se fizerem esta opção por terceirizar, perderão o acesso prioritário a pessoal qualificado, algo muito prejudicial em momentos de alta demanda. Além disso, na prática, a possibilidade de contratação de trabalhadores de fora do sistema portuário será limitado. Desta forma, os novos centros de emprego portuário serão muito semelhantes ao Sagep que foi abolida em 2017, pelo Governo liberal de Rajoy .



O governo espanhol acredita que lançou as bases para que a estiva possa evoluir em clima de paz social é dar um pouco mais respeito profissional aos estivadores.

Uma coisa e certa quando o trabalhador consegue respirar os neoliberais vêm com faca na caveira.

Ao reforçar a falta de concorrência entre os trabalhadores, as empresas suportam custos laborais mais elevados. Isso é especialmente sofrida pela paralisação dos navios por falta de estivadores lhes causaria maiores prejuízos econômicos. Justifica-se a perda de competitividade que os custos laborais mais elevados lhes podem causar.

Enquanto isso, a classe média é excluída da reforma. A norma, que nasceu do Ministério do Consumidor, foca seu conteúdo na correção de situações de indefesa para proteger grupos vulneráveis. Mas são poucas as medidas para as famílias classificadas como “super pagadoras” por arcarem com altas despesas mensais e escalada de preços sem nenhum tipo de auxílio ou redução de impostos.

O Se observarmos a natureza, por exemplo, as flores utilizam seus coloridos para atrair ou afastar insetos. Os países, por exemplo, fazem guerras por honra, para defender interesses, os sindicatos fazem negociações esperando que os donos de empresas tratem dignamente os trabalhadores, as pessoas lutam por condições melhores de vida, sejam trabalhando, estudando, ou os dois, para se sentirem aceitos e prestigiados e ainda, encontrar satisfação através do trabalho.

Seria então prestígio um sinônimo suficiente para expressar respeito?

Dessa forma chegamos à palavra honra, que tem um “quê” de antigo, fora de moda, mas é fundamental para a vida social. A honra antes de tudo é um código de conduta que nos obriga a determinadas atitudes como, por exemplo, quando se dirige uma escola infantil, ou de jovens, ou uma casa para idosos, uma empresa e mesmo um sindicato, a seriedade, as responsabilidades e cuidados, que cada caso requer.

Portanto, reconhecimento, respeito, dignidade, status, prestígio, honra, ética, são todos os valores inerentes ao ser humano no trabalho, enquanto a maneira de praticar esses valores difere de cultura para cultura, de um sistema, quer seja político ou econômico, para outro.

Falta ética por parte do empresário do setor portuário por de forma concreta aos olhos do mundo, questionar o estivador. Até porque existe uma grande ambigüidade, pois, ao ir aos tribunais ele usa advogados e não engenheiros ou arquitetos enquanto a interpretação é “Respeite os outros”. Ele não contesta estes profissionais. Mas quando as circunstâncias econômicas são o desejo de maneira subjetiva, qualquer cidadão que nunca trabalho no porto pode ser estivador. Uma convicção que e ouvida em portos de vários continentes.

13 de fev. de 2022

A busca por respeito para CPE.

A reforma regulatória dos centros de emprego portuários na Espanha foi empreendida pelo atual Governo como resultado que foi acordado pelos empregadores e sindicatos de estiva na negociação do V Acordo-Quadro.

A figura do CPE foi criada no decreto-lei régio para a liberalização da estiva em maio 2017 e, posteriormente, foi regulamentado através da reforma da Lei das Empresas do Trabalho Temporário, através de um decreto-lei régio aprovado em 2019.

No final de 2019, sindicatos e empregadores chegaram a um acordo preliminar sobre o V Acordo-Quadro que foi reportado negativamente até três vezes pela Comissão Nacional de Mercados e Concorrência (CNMC), que apesar das diferentes correções não parou observar que alguns dos princípios acordados iam contra a livre concorrência que precariza a mão de obra portuária em muitos países. Ou gera em Bilbao os bagrinhos estivadores avulsos há 14 anos.

Através da aprovação do V Acordo Quadro, o Ministério dos Transportes concordou em uma reforma legal para clarificar a figura dos centros de emprego portuário, para os quais 2021 preparou um projeto de decreto-lei real com base na consagração do CPE como a casa trabalhista.

No entanto, no final de 2021 o Governo decidiu não levar a cabo a reforma através de um verdadeiro decreto-lei, dadas as condições de excepcional urgência que regem este instrumento normativo, para o qual optou por utilizar a via de introduzir uma emenda a um projeto de lei naquele momento em fase de tramitação no Congresso dos Deputados. Esse projeto foi o Projeto de Lei sobre a proteção dos consumidores e contra situações de vulnerabilidade social e econômica, materializando-se no acréscimo de uma nova disposição final.

O texto em relação ao campo dos centros de emprego portuário, ressaltando que o mesmo está limitada à atividade de estiva como serviço básico portuário, não incluindo outros serviços e atividades comerciais, como as conhecidas atividades complementares.

Afinal, esta é a única modificação ao texto inicial introduzida no parlamento, uma vez que no Senado, como foi apontado, não houve emendas e, portanto, todos os grupos parlamentares já aceitam a redação atual como boa A princípio esperava-se que o Grupo Parlamentar Popular tentasse novas nuances ao texto e buscar apoio nos partidos catalão e basco.

É mais que provável que o Projeto de Lei para a proteção de consumidores e usuários contra a situações de vulnerabilidade social e econômica, que tem prazo de processamento no Senado em 17 de fevereiro, seja alterado em algum outro de seus preceitos.

Dessa forma, o texto deve retornar ao Congresso dos Deputados para sua aprovação.

Será então quando o novo marco legal do CPE for ratificado, momento da que deverá aprovar o V Acordo Marco e, a partir daí, os demais acordos de estiva locais.

O texto da reforma dos centros de emprego portuário consagra a CPE como "empresas de propriedade conjunta mutuamente baseada.

No que diz respeito ao conteúdo original apresentado como alteração pelo Grupo Socialista e pelo Grupo do Podemos, no Congresso a única modificação aprovada foi a relativa à exclusão das atividades complementares ao escopo específico do CPE, delimitando seu escopo exclusivo a do serviço de estiva portuária. As tarefas complementares por lei não são consideradas serviço portuário, mas serviço comercial, fora do âmbito específico de do CPE, portanto, não são contemplados para o alcance do objetivo de contribuir para a manutenção do emprego e garantir o efetivo emprego dos estivadores do centro portuário de emprego, conforme declarado na reforma. De acordo com o texto legal, no CPE “através do estatuto ou um contrato-quadro de prestação de serviços determinará o regime da disponibilizada aos trabalhadores.

Da mesma forma, “a negociação coletiva pode estabelecer as especificações necessárias para o desenvolvimento desta obrigação, nomeadamente através de orientações no domínio da organização e distribuição do trabalho, incluindo a fixação de compromissos e turnos, sistemas de rotação e outros que contribuam para a estabilidade e qualidade do emprego e para uma maior eficiência na prestação do serviço. Além disso, "em regime não exclusivo, as empresas, membros do CPE colaborarão na formação, aperfeiçoamento e promoção profissional dos estivadores do CEP.

Mas em todos os países os detentores do capital ganham precarizando e formando uma prole de desempregados e precarizados. A mão de obra reserva e na Espanha não seria diferente. Não podemos esquecer o que está acontecendo no porto de Bilbao. Nesse sentido, as empresas, simpatizantes da Asoport, terceirizaram o trabalho portuário, contratando trabalhadores de outras áreas econômicas, trabalhistas e com piores condições de trabalho e sem a devida experiência profissional. Asoporte, retirou as tarefas de recepção/partida de navios, deixando aos estivadores apenas as operações a bordo dos navios. Este fato levou os bagrinhos a ver navio. Então não e surpresa ele combate um ganho social a comunidade portuária.

Asoport informa que vai continuar a sua batalha jurídica contra a reforma do CPE de estiva.

A associação empresarial Asoport transmitiu à Comissão Nacional de Mercados e Concorrência (CNMC), a sua retumbante oposição à reforma dos Centros de Emprego Portuário (CPE) do setor da estiva. O presidente da Asoport, Joaquim Coello, explicou que "informamos à CNMC que a nova lei CPE nos parece um atentado à concorrência". Nesse sentido, Coello revelou que a entidade vai continuar a batalha judicial contra a reforma da CPE, que se baseia em uma emenda 45, concretamente no artigo 18, assinada pelos Grupos Parlamentares Socialistas e Confederais do United We Can-En Comú Podemos-Galicia in Common, na qual foi afirmado que "as CPE são sociedades de propriedade conjunta em base mútua, constituídas voluntariamente”. Com a obrigação de formação aos trabalhadores para prestar de forma eficiente o serviço portuário de movimentação de mercadorias.

A rejeição da nova norma por parte da associação levou à decisão de "uma parte significativa dos nossos associados de abandonar os Centros de Emprego Portuário". Nesse sentido, "agora vamos estudar os mecanismos e procedimentos para o tornar possível". Os associados optaram por esta via ao verificar que “a permanência no CPE não os favorece”.

https://movil.ctmvalencia.com/noticias/c/0/i/62163420/ningun-partido-propone-enmiendas-la-reforma-de-los-cpe-que-se-aprobara-sin-mas-cambios?fbclid=IwAR0LTJEYbQ12vzDkEw04NdV8Ym3y22FzRihIdeu0C65wYsd35a1OmGs7-rA

https://www.naucher.com/asoport-traslada-a-competencia-que-seguira-su-batalla-juridica-contra-la-reforma-de-los-cpe-de-la-estiba/?fbclid=IwAR1GyKn_tbl9QltCi_JtAZ3WFNHMPp03_UnTBr4QcQVnkdtvuGM8rUuI9eY

26 de jan. de 2022

A Homenagem ao Estibador

Na beira do cais correm lágrimas de dor e saudade. 

Pela partida do estivador seus companheiros de lingada estão de luto por um companheiro que partiu cedo demais, mas tenho certeza que ele jamais será esquecido pelas muitas pessoas que o amavam. 

Nem sempre somos capazes de entender e até aceitar a vontade de Deus, mas devemos tentar e procurar conforto na certeza de que apenas ele sabe o que é melhor para nós.


 Que seu descanso seja tranquilo que você encontre a luz e nos proteja para sempre. Você estará para sempre nas preces dos estivadores que tiveram o prazer de fazer lingada com você. Vá em paz.


Quando um estivador faz a passagem a beira do cais daquele porto, ganha um anjo que garante a segurança do suor de outro companheiro que ali exerce sua lingada.

6 de mai. de 2021

O bulinete da Vacinação de estivadores

Após ofícios, reuniões, cruzada de braços e vários estudos técnicos o SAS começa a vacinar 2.000 estivadores em Algeciras para prevenir a sociedade espanhola da cepa indiana.

Os estivadores não desistem de exigir vacinação, apesar da jarra de água fria que têm sido as declarações da ministra da Saúde Carolina Darias. Mas, porque os especialistas espanhóis estavam lutando contra a correnteza será que estão seguindo os mesmos dogmas dos brasileiros . O exemplo dado pelos especialistas americanos, australianos, chineses, chilenos, coreanos, e de todo oriente médio e dos países asiáticos.

O coordenador geral do CETM, Antolín Goya, enviou carta ao ministro solicitando que os trabalhadores portuários fossem incluídos na Estratégia de Vacinação contra a Covid-19, levando em consideração que a atividade que desenvolvem tem sido considerada prioritária porque afeta um setor estratégico “essencial para garantir o fornecimento de bens e serviços básicos aos cidadãos durante os meses mais duros da pandemia”.

A comissão da estiva do porto de Algeciras e a Coordinadora de Estibadores Portuarios del Estrecho (CEPE), realizaram manifestações para exigir a vacinação nos portos.

Em assembleias, os estivadores foram informados das iniciativas tomadas para conseguir a consideração de trabalhadores essenciais para vacinação contra a Covid-19. “Nosso porto pode ser uma porta de entrada para novas linhagens, já que recebemos navios de todos os cantos do mundo e acreditamos que a exposição perigosa dos trabalhadores e da sociedade, em geral, deve ser evitada”.


O tempo virou.

E após 3 navios em dois portos diferentes da Espanha terem tripulantes com a cepa indiana o bulinete mudou e os especialistas espanhóis começam a dar ouvido aos estudos que fizeram em outras cidades portuárias de vários países vacinarem seus trabalhadores na frente de outros cidadãos. O Porto de Valência acolheu na segunda-feira a tripulação de dois conteineiros, um de Algeciras e outro de Barcelona, ​​com seis e quatro tripulantes, com sintomas da doença provocada pelo vírus Covid-19.

A pressão dos estivadores, as solicitações do Prefeito de Algeciras, José Ignacio Landaluce, do Ministério da Saúde e do Provedor de Justiça, Francisco Fernández Marugán; e, sobretudo, as providências tomadas pelo presidente da Capitania dos Portos da Baía de Algeciras, Gerardo Landaluce, conseguiram que A Junta de Andalucía anuncia que vai começar a vacinar os estivadores do porto de Algeciras para evitar a chegada de novas cepas do coronavírus.

O SAS começa a vacinar 2.000 estivadores em Algeciras na sexta-feira de 7 de maio para prevenir a cepa indiana. Em nota o Ministério da Saúde e da Família vai começar a vacinar os 2.000 estivadores do porto de Algeciras (Cádiz) contra o Covid-19, com o objetivo de impedir a entrada de outras cepas, como a Índia. O facto foi confirmado pelo diretor do plano de vacinação do Conselho, David Moreno, em entrevista à Rádio Canal Sur , na qual destacou que se trata de um dos portos mais importantes de Espanha e o que conta com mais estivadores.

O Ministro da Saúde já anunciou na terça-feira que vai começar a vacinar os estivadores, pois, segundo ele, está a ser visto nestes últimos dias que as cepas de Covid-19 estão a entrar "por meio de navios cargueiros" no País Basco e na Galiza, por isso este grupo esta sendo priorizado.

O conselheiro Jesús Aguirre , a decisão de vacinar estivadores foi tomada no âmbito do Plano Sumamos, que prevê a colaboração da administração com as empresas para acelerar o processo de recuperação da saúde e económica após a Covid.

O prefeito de Algecireño, José Ignacio Landaluce, intermediava a administração para atender à demanda dos portuários de serem considerados pessoal de linha de frente.

Aguirre apontou a detecção de cepas positivas de Covid-19 como a Índia entre as tripulações dos cargueiros que fazem escala nos portos, como já aconteceu no País Basco e na Galiza.

Enquanto isso, estivadores, deixaram de forma clara e transparente a pressão exercida na última semana, com a realização de duas "assembleias informativas" que paralisaram, por horas, dois dos mais importantes terminais de contêineres do país, tem servido para dar juízo as autoridades sanitárias e o próprio Ministério acataram esta afirmação que, indiretamente, tem sido corroborada pelos acontecimentos, visto que vários casos de contágio foram detectados nos últimos dias em marinheiros de outros países que viajam a bordo de navios que operam em portos. 

Precisou uma cepa muito mais forte para fazer com que os especialistas espanhóis dessem o devido tratamento sanitário de imunização aos estivadores.

https://industriaspesqueras.com/noticia-65613-sec-Portada

 https://www.europapress.es/andalucia/cadiz-00351/noticia-junta-empieza-vacunar-vfriday-2000-estibadores-algeciras-prevenir-cepa-india-20210506104030.html

https://www.elmundo.es/andalucia/2021/05/04/60913739fc6c83692c8b4660.html

https://www.europasur.es/algeciras/coronavirus-Junta-vacunacion-estibadores-Puerto_0_1570944624.html

https://www.elestrechodigital.com/2021/05/05/satisfaccion-generalizada-por-el-anuncio-de-vacunacion-de-los-estibadores/

4 de mai. de 2021

A cepa indiana nos portos

O mutante duplo indiano está envolto em mistério. E embora seja prematuro dizer algo com certeza sobre o B1617, a devastação oferecida na segunda onda da Índia é um sinal preocupante. Pois, a não vacinação dos trabalhadores de aeroportos e portos pode promover a disseminação e o desenvolvimento de variantes resistentes à vacina de Covid-19 , nas portas do mundo.

Um exemplo chocante de quão rapidamente as variantes estrangeiras podem se tornar problemas domésticos está em oferta agora na forma de B.1.1.7. Uma cepa de coronavírus que surgiu no Reino Unido e se tornou dominante nos Estados Unidos apenas alguns meses depois que foi identificada pela primeira vez. Mesmo na Índia, B.1.1.7. Causou um aumento no número de casos, principalmente no estado de Punjab.

A cepa indiana - B.1.6.1.7. - pode ser mais problemática para uma população que não foi vacinada criando cinturões vacinados. Enquanto outras variantes conhecidas carregam uma mutação na proteína spike que permite que o SARS-CoV-2, o vírus que causa o Covid-19, infecte células desavisadas, a variante indiana carrega duas delas. Múltiplas mutações como essas ameaçam criar um vírus que não só é mais contagioso e potencialmente mortal, mas também pode escapar do sistema imunológico de um corpo vacinado. Enquanto as vacinas existentes prometem eficácia contra variantes mais bem estudadas, como as do Reino Unido e da África do Sul, o duplo mutante indiano está envolto em mistério.

 Exemplos

1 De acordo com o diário chinês Global Times, pelo menos 11 tripulantes chineses de um navio de carga testaram positivo para o coronavírus após retornarem da Índia, na cidade de Zhoushan, porto Ningbo, na província oriental de Zhejiang, no leste da China.

Todos os pacientes, 10 casos confirmados e um caso assintomático, foram enviados a um hospital para tratamento, enquanto outros nove tripulantes chineses permanecem no navio para observação.

O navio, Huayang Chaoyang, está registrado Hong Kong, na China. Desde 2021, o navio de carga atracou em portos incluindo Chittagong em Bangladesh, Kakinada na Índia, Cingapura e Xiamen na China. Agora está ancorado em um estaleiro em Zhoushan, aguardando reparos.

De acordo com a atual política de controle de epidemia no porto, os navios que passaram por portos da Índia dentro de três meses não estão autorizados a entrar no porto, enquanto aqueles que deixaram os portos indianos por mais de três meses poderão entrar com todos os seus membros da tripulação retornando testes de ácido nucleico negativos.

2 O navio mv consolidador apos passar pela Índia, colocado em quarentena no porto de Durban após teste de 14 tripulantes, positivo para covid.

3 Proprietários de navios buscam tripulantes vacinados à medida que casos da Covid aumentam na Índia. Com centros marítimos como Cingapura, Dubai, Hong Kong, Fujairah, Reino Unido e Canadá colocando restrições à mudança de tripulação envolvendo marítimos com histórico recente de viagens à Índia, esta parada a troca de pessoal em navios.

4 O porto confina dois navios com tripulantes doentes e é investigado se é devido a uma cepa indíana

Valência

A tripulação de dois conteineiros, 'Maersk UTAH', da Maersk, e o 'Skiathos I', da Marfret, proveniente de Algeciras e Barcelona, ​​estão confinados no cais de cruzeiro 2 e 3, ambos dentro do troço norte do Porto de Valência, por seis e quatro tripulantes, respectivamente, apresentarem sintomas de Covid. A Health investiga se algum dos afetados pode estar infectado com a cepa indiana. Os dois navios chegaram ao Porto de Valência no último fim de semana, especificamente no sábado, 1º de maio, e ambos informaram que, em suas respectivas tripulações, havia marinheiros com sintomas de Covid-19.

5 Investiga se qual variante do coronavírus causou um surto com marinheiros indianos no navio Prometheus Leader bandeira de Cingapura que veio de Southampton no Reino Unido, onde já tinha chegado da Alemanha e da Bélgica e está atracado no porto desde segunda-feira; há seis infectados, dois deles internados no Hospital Vithas Vigo (Nossa Senhora de Fátima) um deles tem 28 anos e 16 em quarentena.

O serviço de microbiologia do Complexo Hospitalar Universitário de Vigo (Chuvi) está sequenciando meia dúzia de amostras, para saber qual variante do coronavírus os pacientes apresentam. Como vários tripulantes do navio são índios, uma possibilidade é que se trate da chamada variante índia, cientificamente conhecida como linhagem B.1.617.

O silenciamento do vírus é normal, faz parte do processo natural dos vírus. Existem variantes que foram colocadas sob vigilância internacional porque dão vantagens ao vírus. Uma dessas vantagens é sua maior transmissibilidade, que faz com que uma variante se espalhe muito rapidamente em um território, como aconteceu com a britânica. Outra vantagem é que o vírus pode iludir o efeito da vacina. No momento, a variante indiana não é considerada uma variante de preocupação (VOC) ou variante de interesse (VOI), que são as duas nomenclaturas internacionais utilizadas na vigilância de variantes (o Ministério da Saúde espanhol chama de VOCs variantes de maior impacto saúde pública).

https://www.aa.com.tr/en/asia-pacific/covid-19-indian-strain-detected-in-chinese-cities/2224521

https://www.globaltimes.cn/page/202104/1222517.shtml 

https://www.lasprovincias.es/valencia-ciudad/puerto-valencia-confina-20210503204511-nt.html?fbclid=IwAR3sIZtj1CeSnOd9RK_U0-j6qrDWSB8DsUILcUFQI9E5ZMn27pVsroEkyt

https://www.lavozdegalicia.es/noticia/vigo/2021/04/29/investigan-variante-coronavirusprovoco-brote-marineros-indios-barco-vigo/00031619692072101664791.htm

1 de abr. de 2021

Operadores portuários em vez de vacina buscam conflito

 Congresso apoia a melhoria do setor de estiva

Um PNL aprovado pela maioria dos grupos parlamentares insta o Governo a usar os instrumentos jurídicos necessários para esclarecer e completar o regime jurídico do CPE

A Comissão de Transportes, Mobilidade e Agenda Urbana do Congresso dos Deputados, deu apoio majoritário à Proposta de Lei (PNL) sobre a necessidade de adequar o regime jurídico dos Centros Portuários de Emprego (CPE) instituído na Lei 14/1994, de 1º de junho, que regulamenta as empresas de trabalho temporário, para melhorar a segurança jurídica da atividade de movimentação de mercadorias na área portuária.

A PNL foi apresentada pelo Grupo Parlamentar Socialista, à qual foi adicionada uma emenda transacional do Grupo Parlamentar Popular, e foi adiante com o apoio de oito grupos parlamentares presentes na Comissão, o que foi avaliado de forma muito positiva pelo Coordenador Estadual dos Estivadores Portuários, Antolín Goya, que expressou sua satisfação pelo amplo apoio obtido dos grupos políticos.

Um resultado "muito positivo" para o sector, sublinhou Goya, e sobretudo com vista à concretização do enquadramento jurídico-societário adequado às CPEs e à garantia dos direitos laborais é “um passo muito importante para concluir o processo de reforma da atividade portuária com garantias de segurança jurídica e ultrapassar qualquer impedimento que conduza à assinatura do V Acordo-Quadro do setor, acordado entre os empregadores e os sindicatos”.

O documento final do PNL afirma que o Congresso dos Deputados “exorta o Governo a utilizar os instrumentos jurídicos necessários para clarificar e completar o regime jurídico do CPE para que, sem alterar a configuração geral do atual regime, seja reconhecido o seu carácter. mútuos e estabelecer as especialidades necessárias à sua adaptação à realidade específica do setor ”. Da mesma forma, acrescenta que “garantindo o cumprimento dos pronunciamentos da Comissão Europeia, e promovendo a competitividade dos portos espanhóis”.


Nesse sentido, Goya agradece expressamente aos deputados da comissão pela análise da situação, por destacarem, mais uma vez, que se trata de um setor essencial para o desenvolvimento econômico e social do país, por compreender a importância de ter uma regulamentação laboral adaptada às necessidades atuais e à eficiência do trabalho portuário e de não ser influenciada por uma parte minoritária do empresariado que apenas procura o enfrentamento e a instabilidade nos portos.

O sindicato dos estivadores aplaude a Proposta de Lei para regulamentar os Centros de Emprego Portuário, enquanto a associação patronal Asoport reclama de monopólio.

Asoport iniciou ações para tentar impedir esta iniciativa no Congresso para que não chegue a um Real Decreto-Lei

Aquele empresariado que critica o sindicato, formado por operadores portuários, se reúne em Asoport, de onde já estão sendo tomadas medidas para tentar barrar essa iniciativa no Congresso para que não chegue a um Real Decreto-Lei.

O coletivo recorda que a CE instou a Espanha em novembro de 2011 a modificar o regime de estiva, regulado pela Lei 48/2003, alterada pela Lei dos Portos de 2010, por não estar em conformidade com o artigo 49 do Tratado de Fundação da UE, relativo a a liberdade de estabelecimento. O atraso na adaptação levou a uma condenação do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJEU) ao Reino de Espanha, em dezembro de 2014, por entender que a estiva violava a regulamentação comunitária. Por fim, e após multa de 3 milhões, a sentença do tribunal europeu foi transposta com atraso nos RDL 8/2017 e 9/2019.

De Asoport acredita-se que o problema básico continua existindo. A lei espanhola obriga os operadores portuários a contratar prioritariamente os estivadores das sociedades anônimas (ogmos) para a gestão dos estivadores portuários (SAGEPS, hoje Centros de Emprego Portuário ou CPE), que funcionam como um gestor de trabalhadores portuários, em detrimento ao  livre mercado. Em relação a essas empresas, a associação insiste que são controladas pelo sindicato .

Havia também o imperativo de que as empresas fossem membros desses SAGEPs, hoje CPE. E Asoport continua a falar de um “monopólio abusivo” que faz a força de trabalho disparar entre duas e três vezes o custo de mercado.

A Lei dos Portos de 2010 procurou dar estabilidade a um quadro de pessoal, o estivador, exposto à ao trabalho avulso e que exige uma certa componente de experiência face aos riscos envolvidos na sua atividade. A CE e os tribunais a acusaram em diferentes ocasiões.

Cartas para a CNMC, o Governo e a CE

A Asoport, desmembrada da Anesco, enviou carta de reclamação sobre a situação dos portos à CE, e também a encaminhará ao Governo e à CNMC. Neles, ele acusa os "abusos repetidos e repetidos dos sindicatos, que prejudicam a competitividade da economia espanhola". As empresas asseguram que a liberalização da estiva não é eficaz e que não fazem parte do CPE por vontade própria mas por causa da “chantagem da greve”. Note-se também que por trás da natureza mútua destes Centros Portuários de Emprego estão ocultas obrigações laborais para as empresas.

Os operadores portuários em Espanha não podem contratar estivadores fora das CPEs,(ogmo) o que já foi condenado pelo TJEU. Também são introduzidas barreiras à possível saída de uma empresa estivadora de uma CPE "através do apoio jurídico a soluções de sub-rogação", o que na opinião da Asoport é contrária à opinião da CNMC.

Asoport rejeita reforma dos Centros Portuários de Emprego com base em "chantagem"

A Associação Estadual das Operadoras Portuárias, Asoport, se opõe à Proposta nº de Lei (PNL), apresentada pelo PSOE na Comissão Parlamentar de Transportes, com a qual se pretende converter os Centros de Emprego Portuário (CPE), do antigo Sagep , em sociedades mútuas. Em nota, Asoport indica que a resolução aprovada na Justiça “se baseia em duas falsidades: as empresas que integram o CPE e as que permanecem associadas não o são de forma voluntária, mas por causa da chantagem de uma greve”.

O operador portuário em vez de lutar pela vacinação imediata dos trabalhadores portuários espanhóis como já foram vacinadas as polícias portuárias das cidades espanholas, como já fez os portos americanos, australianos, de Cingapura, chilenos, chineses entre outros. Em vez disto se volta à essência do conflito no meio de uma pandemia em torno dos requisitos de uma dita liberdade que precariza seus prestadores de serviço. Atracando na comunidade do entorno do porto, miséria e precarização. Querendo implantar na beira do cais a chantagem do fantasma do desemprego sobre os estivadores.

https://www.elestrechodigital.com/2021/03/26/el-congreso-apoya-la-mejora-del-sector-de-la-estiba/?fbclid=IwAR3zPumXdx1CqdLc4_vF5_PulEg_2IOrkiWNOOYxhqt5L23-qwWF7Ln7v_A

https://cincodias.elpais.com/cincodias/2021/03/26/companias/1616786945_785863.html?id_externo_rsoc=FB_CC&fbclid=IwAR1huKz-dO-DCfiHjhKmhrcZtzdP_qseft3R-ZYi2o15M5euxkGI6oyk25k

https://www.naucher.com/actualidad/comunidad-portuaria/asoport-rechaza-la-reforma-de-los-centros-portuarios-de-empleo-al-partir-de-un-chantaje/?fbclid=IwAR0dazEvabA05OjAfsrciyZP8kQDoJH5tF5tX2eA1m1i2UzeXv9I8lQ_J4M

25 de mar. de 2021

Quem tem boca se Vacina

Polícia portuária pede para ser incluída no plano de vacinação, por prestar  serviço em Instalações sensíveis à Covid-19,

 O Sindicato Profissional dos Bombeiros e Policiais Locais (SPPLB), solicita à ministra da Saúde, Carolina Darias, que inclua os policiais portuários no plano estratégico de vacinação o quanto antes e alerta que já foram esquecidos mais de 2.000 agentes que fazem parte de um grupo de pessoas sensíveis que desempenham uma função essencial para a sociedade.

O presidente do sindicato, Manuel Domingo, lembra na carta enviada a Darias, que a organização que preside após ter conhecimento do plano de vacinação contra covid 19 solicitou em janeiro a inclusão da polícia portuária junto com policiais e bombeiros locais e os Eles foram deixados de fora do plano de vacinação das forças de segurança.



“Que nesta secção se esqueceram da polícia portuária do Estado espanhol, mais de 2.000 militares que garantem a segurança dos nossos portos espanhóis”, e Domingo argumenta, que “não devemos esquecer que este grupo de Polícia Portuária presta o seu serviço em Instalações sensíveis à Covid-19, onde o trânsito de pessoas e mercadorias é muito importante, uma vez que realizam constantemente controles de segurança em pessoas, especialmente terceiros de outros países.

Por tudo isso, pedem ao sindicato que a polícia portuária seja incluída no Plano Estratégico de Vacinação o quanto antes, por ser um pessoal sensível e com função essencial para a sociedade, segundo o documento de 11 de fevereiro.



E como diz o ditado quem tem boca vai a Roma.

 Começou a vacinação da Polícia Portuária de Cartagena. 

Os agentes da Polícia Portuária de Cartagena receberam  a primeira dose da vacina contra COVID-19 nas instalações desportivas municipais de Cabezo Beaza, no âmbito da campanha de vacinação lançada pelo Ministério da Saúde, nos mesmos termos que as Forças de Segurança do Estado e Corpos.

A presidente da APC, Yolanda Muñoz, agradeceu à Comunidade Autônoma a decisão de incluir os mais de 50 policiais portuários no plano de vacinação.

“São uma ferramenta essencial a serviço do cidadão. O seu empenho e dedicação permitem levar a cabo a atividade quotidiana do Porto através do controlo, vigilância e segurança das instalações ”, detalhou Muñoz.


O presidente lembrou que o Porto "é uma das principais entradas e saídas das necessidades básicas".

“Durante a pandemia, eles estiveram na linha de frente para garantir o abastecimento e ajudar a economia a não parar. Eles fazem parte da atividade essencial e temos que garantir sua proteção nas melhores condições possíveis”, acrescentou.

Nesse sentido, a Autoridade Portuária também solicitou a inclusão de integrantes dos grupos portuários que fazem parte da atividade essencial na campanha de vacinação e que serão incluídos logo após o cronograma estabelecido no protocolo de vacinação.

A vacinação da Policia Portuária começa como pessoal essencial no porto de Malaga. Esta ocorrendo 

Agora eles podem continuar seu trabalho com segurança.

19 de nov. de 2020

Os estivadores aconselham você a não ser precarizado

A Organização dos Portuários do Porto de Barcelona, ​​o sindicato dos estivadores de Barcelona, ​​é a única organização que conseguiu derrubar um decreto-lei na Espanha. Ele agora enfrenta uma crise pandêmica com um acordo até 2027 onde renuncia a aumentos salariais em troca de manter o emprego. 

Albert Gil é membro da Organização dos Portuários do Porto de Barcelona (OEPB) e Coordenador Estadual dos Trabalhadores do Mar, embora goste de se apresentar apenas como membro da comissão de empresa dos estivadores de Barcelona . Ele recebe o Diari del Treball na sede do sindicato em Barcelona, ​​um edifício de vários andares em Barceloneta que abriga estivadores há 120 anos e que desde o fim do regime de Franco é a sede do sindicato, que também abriga várias organizações. cívica e solidária do bairro.

Qual é o seu retrato da estiva em Barcelona do ponto de vista do trabalho?

Em Barcelona somos 997 estivadores, quase todos filiados à OEPB e à Coordenadoria Estadual de Marinheiros da área de Barcelona.

Então, no mundo da estiva, você representa os trabalhadores que operam no porto de Barcelona, ​​é um pouco incomum, não é?

Não existe um estivador filiado a outro sindicato e só existem, em regime de rodízio, 3 ou 4 trabalhadores que, por motivos pessoais, não são filiados, mas participam em tudo o que é debatido e decidido.

Lembra que em 2017 você estava mergulhado em uma forte disputa trabalhista, não só em Barcelona, ​​mas em todos os portos da Espanha, qual foi o motivo?

Sim, foi o ano de 2017 na sequência de uma decisão da União Europeia que questionou um elemento-chave do modelo de trabalho dos estivadores. Como resultado dessa decisão, o governo espanhol emitiu um decreto-lei que excedeu a decisão do tribunal europeu em muitos aspectos importantes.

Explique o significado deste decreto-lei do governo do PP?

Em nossa opinião, o que a norma buscava era transformar um trabalho decente e profissional em um emprego como o que infelizmente a maioria das pessoas tem hoje: precário e quase sem direitos.

Em que aspectos o decreto-lei precarizou a profissão de estivador?

Para ser direto, uma coisa que o decreto-lei pretendia fazer era despedir todos os trabalhadores da estiva, e por isso foi fornecida uma compensação financeira que a administração pagaria com dinheiro público. Em seguida, eles queriam recontratar todas as pessoas por meio de Empresas de Trabalho Temporário (ETT).

Lembro que então o PP decidiu e tínhamos chegado a um acordo com o empregador ANESCO e o próprio Partido Popular. O pacto envolvia a busca conjunta de um mecanismo que permitisse a transferência da decisão europeia para a legislação espanhola sem prejudicar indevidamente os direitos dos trabalhadores. Mas Iñigo de la Serna chegou, como Ministro das Obras Públicas. Ele apresentou seu projeto de decreto-lei e disse que não poderia ser alterado. O documento, na prática, significou o fim do trabalho de estiva como o conhecemos e também a morte da profissão de estivador.

O que disseram os estivadores após a leitura do decreto-lei?

Tentamos fazer com que o governo central reconhecesse o trabalho que havia sido feito para chegar a um entendimento. Lembramos a eles que tínhamos anteriormente um acordo com o empregador e o PP. Um acordo que também foi bem recebido pela CE.

Eu entendo que por não querer mudar o decreto real toda a batalha começou?

De fato, os estivadores se opuseram com todas as nossas forças ao decreto-lei, e no final foi o primeiro decreto-lei derrubado pela democracia na Espanha.

Primeiro, agimos de forma que eles, o governo, não tivessem votos parlamentares suficientes para aprovar o decreto. Na época, nem todos foram suficientemente claros sobre esse assunto. Houve um pacto parlamentar entre o PP e Ciudadanos e uma oposição feroz liderada pelo PSOE em nível estadual. Ficamos claros que, com os votos do PP e de Ciudadanos e de algum outro pequeno partido, eles poderiam se safar e aprovar regulamentos que teriam acabado com a estiva.

E o que eles fizeram. Parece difícil articular uma oposição dos portos, simplesmente?

Fizemos alguns trabalhos para explicar ao PP o que o decreto significava para os trabalhadores em nossos portos. O esforço se espalhou para todas as partes. Lembro-me de ter conhecido Albert Rivera, que, aliás, é de Barceloneta. Eu disse a ele que não entendia como Ciudadanos poderia apoiar o decreto real que minou o que havia sido criado por tantos anos. Não argumentamos que havia uma sentença a ser executada, mas tínhamos certeza de que o decreto do governo central a excedia. Achamos que a sentença poderia ser aplicada sem acusação à profissão.


Lembro-me também de me encontrar com Joan Tardà, do ERC de Madrid, e também com Ferran Bel e Carles Campuzano dos Junts per Catalunya e César Ramos do PSOE, tudo para tentar travar a operação.

Entre os partidos de oposição, os partidos catalães tiveram um peso importante no apoio à estiva. Pareceu fácil para o PSOE, ERC, Podemos, Compromís e Junts por Catalunya votar contra o decreto real, mas a abstenção de Ciudadanos, com Albert Rivera, os desalojou.

Afinal a ligação à Barceloneta funcionou?

Bem, pode-se dizer isso, ou que a proximidade funcionou e que Rivera entendeu o modelo de estiva. Ele considerou que havia outras formas de cumprir a sentença sem quebrar tudo o que havia. Certamente havia outras coisas também, pois Rivera e eu conversávamos há muito tempo em Madrid, ambos em catalão.

Você sabe que está explicando os aspectos internos da negociação, até então desconhecidos?

Foi uma coisa muito complicada. Do governo espanhol eles armaram uma armadilha para nós que quase nos derrubou. Coincidindo com o dia da votação do decreto real, foi realizado um dia em Nova York, dedicado às mulheres, e vários parlamentares foram convidados de lá. Havia deputados do PSOE e ERC e Compromís e Junts pela Catalunha. Mas os do PP não foram e isso significava que não havia votos suficientes para rejeitar o decreto real. E lembro que estávamos ligando desesperadamente para Teresa Jordà do ERC para pedir-lhes que voltassem mais cedo. E eles fizeram. Estávamos cientes de que sem os parlamentares de esquerda, não importa o que os cidadãos fizessem, perderíamos. Fizeram um grande esforço e finalmente chegaram a tempo, e é preciso dizer que Ciudadanos acabou se abstendo. Quando vimos os deputados aparecerem no Congresso, choramos. No dia seguinte, contaram-nos as aventuras que tiveram de viver para chegar a Madrid a tempo. Os Dockers sempre serão gratos.

Você pode nos contar sobre o modelo de estiva que você defendeu com suas unhas e dentes?

O modelo de arrumação é aberto, mas deve-se entender que trabalhar como estivador requer um alto nível de treinamento. Não é a imagem de pessoas descarregando sacos nas costas. Já os estivadores operam com guindastes de milhares de toneladas e devem manobrar com precisão milimétrica. Por isso, além da capacitação, é necessário muito trabalho de prevenção. Pense nisso como chuvoso, até o final de outubro, tivemos apenas cerca de cinco vítimas da cobiça. A prevenção, segundo as empresas, é gerida em conjunto pelo sindicato.

E como funciona a contratação? Às vezes é dito que é um mundo fechado

Existem aproximadamente 30 empresas em Barcelona. Para poderem trabalhar, os estivadores devem possuir um certificado de profissionalismo que significa que passaram por treinamento teórico-prático e atualização constante.Todos os estivadores com certificado de profissionalismo fazem parte de um pool de trabalhadores (ogmo). As empresas podem procurar trabalhadores para as tarefas do dia-a-dia ou fazer contratações em grupo quando houver um aumento repentino na demanda. Se isso acontecer, existe uma bolsa de trabalho que, para nos entender, funciona como um ETT, mas autogerida pelos próprios estivadores.

Você falava de profissionalismo e dizia que o decreto real do governo do PP o questionava, em que sentido?

Como falei, o decreto significava demitir todos os estivadores e aí cada empresa poderia levar o trabalhador que quisesse contratá-lo para um ETT convencional. Imagine colocar um trabalhador, que costumava trabalhar como depósito em um supermercado, para carregar uma grua que movimenta toneladas e toneladas de produtos frágeis. E isso também significa colocar a vida de muitas pessoas sob a responsabilidade desse operador que pode estar no porto hoje e fazer qualquer outro trabalho amanhã, ou não trabalhar por semanas. O decreto real era inaplicável e caiu por conta da lógica.

Você disse que o mais importante no trabalho de um estivador é o treinamento. Como funciona, por exemplo no porto de Barcelona?

Existe um acordo com o empregador para fazer o treinamento, que deve ser atualizado tecnologicamente. Os monitores são os próprios veteranos, que passam seus conhecimentos aos mais jovens. Sempre quisemos fazer um treinamento que priorizasse a versatilidade. Poucos funcionários podem, portanto, fornecer muitos serviços. Em outras palavras, com menos pessoas, você pode movimentar muito mais mercadorias.

Antes de qualquer composição de trabalho precisava de 40 pessoas. Pense que antes tudo estava se movendo em sacos nos ombros. Agora os estivadores estão movimentando máquinas muito sofisticadas e as equipes de trabalho costumam ser cerca de uma dezena de pessoas e no terminal semiautomático que virá em breve, os equipamentos serão reduzidos ainda mais.

Como a pandemia começou em sua indústria?

No início, sofremos com a desinformação e a falta de transparência. No início éramos considerados trabalhadores essenciais. Tínhamos que trabalhar, chuva, neve ou o que quer que acontecesse, é natural. Mas ao mesmo tempo não nos forneceram equipamentos de proteção à saúde ou, como disse, critérios claros.

Você insiste nessa informação?

Sim, nosso trabalho geralmente requer muito contato. Nos encontramos, preparamos juntos a manobra a fazer, e assim por diante. A pandemia mudou a forma como trabalhamos. Tivemos que fechar tudo, desde o bar até os lugares onde trocamos. O trabalho comunicado em fichas escritas colocadas nos locais de encontro foi personalizado e cada operador recebeu uma mensagem do Telegram. Lá, todos sabiam a hora, o lugar para trabalhar e a máquina para dirigir. Protocolos foram estabelecidos para evitar contato, por exemplo, limpeza completa do maquinário. Tudo isso sem equipamentos de proteção suficientes.

Com essa falta de equipamentos de proteção, o que você fez?

Falta material para equipamento de proteção individual (EPI). Sabíamos que os trabalhadores da saúde ou outras profissões essenciais também tinham direito a isso. Fizemos duas coisas. Sempre havia um estivador com um parente que podia pegá-lo, por exemplo, máscaras, ou outro cuja família fazia hidrogel. E no início foi conseguido dessa forma. Em seguida, conversamos com a delegada do governo central, Tere Cunillera, e finalmente as equipes chegaram. Finalmente conseguimos tanto material que o compartilhamos com o resto da comunidade portuária.

Desde 2017, os estivadores realizam ações de solidariedade com o resto do país, quais foram os motivos?

2017 foi um ano ruim para nós, mas teve uma parte boa: conseguimos explicar às pessoas os problemas que tínhamos. As pessoas não nos viam como um coletivo fechado no porto, mas entenderam nossa luta e o resultado foi que recebemos um apoio brutal. Recebemos mensagens de apoio de professores, profissionais de saúde, taxistas, transportadores, entre outros.

Qual você acha que foi o motivo desse apoio?

Naquela época de cortes massivos de direitos sindicais, dos trabalhadores, saindo de um coletivo como os estivadores que lutavam por seus direitos, não por dinheiro, nos transformou em ponta de lança. Acho que fomos um raio de luz para muitas outras lutas sindicais. E quando a nossa luta atingiu o objetivo de nos impedir de sermos precários pensamos que não podíamos esquecer as pessoas que tanto nos ajudaram naquela época e que em troca tínhamos que fazer algo com aqueles que estiveram conosco. .


E o que eles fizeram?

O primeiro era arrecadar dinheiro em meio à pandemia. Sempre fomos solidários, por exemplo, com nossos mais de 1.300 aposentados, a quem oferecemos benefícios, fazemos lotes de Natal e ajudamos viúvas… Pensamos em contribuir para a sociedade como um todo. A fórmula era arrecadar dinheiro em uma soma global equivalente aos produtos relacionados à pandemia que carregamos ou descarregamos. Dissemos que não queríamos cobrar, mas as empresas nos pagaram. E decidimos que todo o dinheiro seria gasto na luta contra o covid.

Como você calculou as contribuições?

Decidimos fazer as contribuições com base na tonelagem e conversamos com a Procicat. Aproximadamente vimos que o dinheiro arrecadado ficaria entre 70.000 e 80.000 euros por mês. Demos o dinheiro ao conselho de emergência do Procicat porque sabíamos que eles o administrariam conforme necessário. No entanto, também temíamos que alguns fundos fossem para os idosos, para lares que precisavam de ajuda com mais urgência ou para comprar produtos de proteção. Não queríamos que ninguém ficasse sem esse material porque não podiam pagar. Sabíamos que com 80.000 euros por mês o problema subjacente não se resolve, mas tínhamos claro que era um gesto, era uma ponta de lança que tornaria mais fácil para outras pessoas fazerem o mesmo que nós.

E como foi?

Fizemos as contribuições nos primeiros dois meses da pandemia, quando todo o país estava confinado, e quando vimos que havia recursos públicos para comprar material resolvemos dar a terceira contribuição para o programa Sou coroado, porque acreditamos que na luta pela saúde é muito importante que contribuições sejam feitas para a pesquisa.

Pode-se dizer que tem sido o rosto pouco conhecido da solidariedade dos sindicatos, dando uma imagem diferente de alguns setores das organizações de trabalhadores.

O fato é que Coordinadora e OEPB não são sindicatos em uso. Já me perguntaram como é ser sindicalista. E eu respondo que não sei o que é ser sindicalista. Procuro brigar com nossos colegas por condições de trabalho. E se tivermos um problema, procuro como posso ajudar. Em conflitos coletivos, se posso ajudar, dou a eles meu ponto de vista, se for válido. Falamos entre os trabalhadores para nos defender se nos atacarem e para trabalhar melhor. Sempre apoiamos. Faz parte do nosso DNA.

Vamos voltar para a estiva. Após a derrubada do decreto real, como foi a questão?

Foi aprovada uma nova lei que, como acontece depois de um conflito, não é o que gostaríamos. Limita-nos a vários pontos, mas não capta o espírito dos regulamentos anteriores. Em seguida, um novo acordo-quadro teve que ser feito dentro dos parâmetros da lei, porque no final precisamos regular as condições de trabalho dos trabalhadores.

Desde 2017, temos tentado validar o acordo-quadro e até agora nas consultas que tivemos com o Serviço de Concorrência fomos atrasados ​​por vários pontos. Consultamos os Ministérios das Obras Públicas e do Trabalho e agora esperamos ter chegado ao fim deste longo caminho. Fizemos acordos com empresas e também temos um acordo com o governo central. Esperamos nos próximos dias sermos informados de que o filtro da Competição foi aprovado.

E no dia a dia como são as relações com o empregador?

Então, acabamos de assinar um interessante acordo coletivo. Com o que está caindo, firmamos um acordo coletivo em vigor até 2027 com o objetivo de dar estabilidade ao setor. No pacto, renunciamos a aumentos salariais. Fazemos isso porque acreditamos que precisamos dar estabilidade ao porto, e dar estabilidade ao porto é dar estabilidade ao país. Um bom negócio de estiva atrairá mais mercadorias e mais tráfego e todos serão beneficiados. Isso afeta toda a cadeia de abastecimento e todos os setores, por exemplo, o automóvel.

Diga-me que você pensou em todo o país quando fez sua renúncia?

Houve uma queda acentuada no tráfego portuário. Por exemplo, os cruzeiros passaram de 100 para zero. Barcelona é o quarto maior porto do mundo em tráfego de passageiros. E outros pontos, como o tráfego com as ilhas, também diminuíram muito. Em nosso caso, temíamos um Arquivo de Regulamentação do Trabalho (ERO). Portanto, nossa proposta era fazer um acordo de contenção de custos, o que nos impediria de ir ao governo pedir dinheiro, quando outros grupos precisam dos recursos mais do que nós.

Queríamos também fazer um acordo entre as partes para mostrar que o modelo, o nosso modelo é bom. Quando a situação econômica é boa, o modelo é bom e quando está ruim, também é bom porque pode se autorregular. As empresas também concordaram em fazer o pacto, mas exigiram cortes que discutimos. Nossa alternativa foi fazer uma contribuição equivalente ao salário de Natal em troca do acordo que estava sendo feito em 2027 e envolvendo a dispensa de ERO. O pacto já foi aprovado pelo empregador e o nosso grupo votou por unanimidade.

O pacto que você explica pode ser adotado por outros setores?

Cada um tem autonomia para fazer o que tem que fazer, mas acreditamos que a linha estratégica de que falamos pode ser seguida por outros grupos. Vamos para o seu lado cidadão. Nas mobilizações que se seguiram aos acontecimentos de 1º de outubro de 2017, estivadores foram vistos na linha de frente dos protestos contra a repressão. Você tem que ter cuidado. Eu digo às pessoas para usarem um colete de trabalho com orgulho quando há uma reclamação de rua. Mas pode acontecer que alguém de fora da comunidade se infiltre e faça coisas que nos desacreditem, mesmo que todos nos conheçamos.

Somos um sindicato não neutro, mas tentamos não estar vinculados a nenhuma ideologia ou partido político. Defendemos os direitos trabalhistas!

Quando fizemos uma manifestação porque os direitos dos cidadãos estavam a ser violados, houve quem dissesse que éramos pró-independência. Dizemos que assim como defendemos os direitos trabalhistas, defendemos a democracia e o direito de voto. E dizemos isso mesmo sabendo que somos mil estivadores e que uma parte de nós tem sua origem no sul. Entre nós há pessoas que pensam mesmo assim, somos um reflexo da sociedade.

Então, eu venho com ideias, e vê-los desenvolver, é muito divertido. É por isso que quando a manifestação anti-repressão acabou eu fui até um container - agora talvez não - e disse: agora vamos para casa e quem quiser ficar e protestar pelo que quiser, tire os paletós e continue como cidadão. E assim foi feito.

https://diaritreball.cat/quan-els-estibadors-vam-aconseguir-que-no-ens-precaritzessin-no-podiem-oblidar-la-gent-que-tant-ens-havia-ajudat/?fbclid=IwAR32Ei0mTt-plY8WA81sN6hZSXkq8EuwJTFThX37QhVgXErE7UwZkWtq98Q

9 de nov. de 2020

A Estiva em Luta

 Era o mês de julho de 2016, a Ministra Interina das Obras Públicas, Ana Pastor, visitava Valência para a inauguração do cais costeiro que começava a operar para o então terminal Noatum no porto de Valência. A sombra de uma decisão do Tribunal Europeu assombrava o cais onde as empresas portuárias não seriam mais obrigadas a ser acionistas da Sagep, empresa que fornecia estivadores aos terminais, e com aviso de greve na mesa devido a incerteza e a falta de estabilidade no emprego assombravam o funcionamento normal de um setor que vinha crescendo há muitos anos. Questionada a Ministra sobre o caso, ela insistiu para a estiva a aguardar a preparação do Governo para resolver o problema, que garantiu que seria imediatamente resolvido ...

Estrasburgo, Gijón, a reforma do PSOE de 85, são histórias que  foram contados os mais novos pelos cantos mais enferrujados das docas e nas assembleias anteriores. Uma longa jornada de ações sindicais até o limite, vitórias e conquistas de direitos em memória do sangue de tantos estivadores que deixaram suas vidas no cais e com dignidade, muita dignidade. São histórias que te fazem crescer, saber, respeitar e dignificar é o caminho para continuarmos com um legado de pura resistência.


Convocado em assembleia uma vez feito o Governo, fala o presidente da comissão;

 “Viemos de Madrid, onde íamos negociar as condições do novo quadro jurídico e o novo Ministro De la Serna plantou um Decreto Real que nos matará em três anos, disse-nos que é isso que existe e saiu” . Em um ambiente repleto de ruídos e maquinários pesados, foi feito o mais absoluto dos silêncios, o bater das gaivotas ressoou no céu e nos escritórios da sede do PP na rua Genova. A guerra foi declarada e as tropas ainda ouviam histórias de antigamente, de batalhas sem quartel, de fura-greves, de lutas de cães contra a polícia, seja cinza, azul ou verde. Os estivadores assinaram a declaração de guerra levantando as mãos e em assembleia, olhando-se nos olhos e convencidos de que era a hora.

Trabalho é trabalho, e sabemos que produzir a serviço de uma grande multinacional para enriquecer os outros à custa do nosso suor e do nosso esforço, sempre o tivemos em mente, mas a estiva tem sido uma coisa nossa desde a época dos bisavós, do nosso jeito viver, sentir, amar e odiar uma profissão de turnos impossíveis, de uma umidade que destrói seus ossos e arrasta sua alma e sua vida pessoal ao mais profundo inferno marítimo, onde só encontrará o consolo de seus companheiros, almas tão castigadas como os vossos, porém almas dispostas a tomar-vos pelo braço e a conduzir-vos para onde se vencem as lutas, onde se conquistam direitos, onde olhar para trás serve para dizer ao futuro que aí estamos, que nunca nos derrotarão.

Assim que o conflito começou, eles nos colocaram na frente, na frente e na frente. Nenhum parceiro deve ser deixado para trás, e nos levantamos com nossas armas, com um mínimo de 100% dos serviços ilegais, mas tudo isso foi possível graças ao incentivo dos nossos mais velhos, nossos aposentados que nos ofereceram um manual de vitória impecável, quase imaculado, onde as vitórias são contadas por uma vitória.

Pela segunda vez na democracia, um Real Decreto-Lei foi revogado e nada mais foi do que a estiva, uma vitória dos trabalhadores que levou um setor de classe política a votar contra este texto, no que significava o primeiro grande golpe do PP em muitos anos de poder e para regar o início do final de sua legislatura antes da moção de censura. Uma pequena vitória no meio do deserto provocada pela organização e coordenação de cada porto, de cada afiliado, sim, de cada afiliado. A estiva tem 100% de afiliação de seu quadro funcional, mesmo percentual de participação em greves setoriais e gerais. Uma consciência de classe e uma memória sindical trabalharam ao longo de muitos anos e deixaram um resíduo que, agora, temos que manter viva  na minha geração. Um caminho estimulante e uma responsabilidade que devemos assumir para tentar garantir um futuro de qualidade ao nosso setor.


A luta dos trabalhadores está em desuso, estacionada em um antigo galpão industrial ou em uma mina, ali onde os fortes caíram de cabeça do alto mas com os bolsos rasgados, ali onde o sócio te cobre, onde te apoia se teu trabalho não é em condições, onde você faz uma greve se o empregador o abusa e demite por nenhuma outra razão que uma vingança. Hoje em dia ninguém conhece ninguém, uma vida e um dia a dia que rouba a sua cesta de compras, um benefício que nunca chega ou 14 horas de trabalho enquanto o irmão mais velho cuida do pequeno. Imperialismo que devora selvagemente sua geladeira e mal deixa você reagir.

Uma sociedade adormecida que aponta para o estivador ou o mineiro e o considera privilegiado por conseguir  condições socialmente decentes . Uma sociedade que vota em liberais e pede explicações e designa trabalhadores.

Agora pretendem normalizar as furões, substituir os trabalhadores em greve a pretexto de fazer feliz a todos, aos que fazem greve e aos patrões que param a atividade da sua empresa. A greve é ​​um exercício de consciência muito profundo e um momento sagrado na luta pelos nossos direitos, ao contrário de uma festa onde não há lugar para batucadas e se muito pano e gasolina. Organizar é o primeiro passo para a revolução, lidar com os problemas do dia-a-dia e do dia a dia do trabalho com dedicação e esforço para que aos poucos e um dia ninguém mova um dedo por nós e se movamos o dedo que nos fez votar contra desse decreto. Não espere pelo seu sindicato, seja o sindicato e leve-os onde eles precisam estar.

Sempre se disse que os estivadores têm tanta força por pertencer a um setor estratégico, mas te digo, caro companheiro, querido companheiro, que tu desde o caixa do teu supermercado, posto de gasolina, caminhão, autocarro, escritório, hospital, escola, fábrica, restaurante, táxi, redação, a partir daí você move o mundo. 

A cor do inimigo é mascarada em progresso, liberdade, oportunidade e um sonho americano muito legal, um sonho que dá nome à sua miséria e a normaliza.

 Chamar gente que vive sem calefação em cidades onde até o próprio Yeti mataria por um cobertor e dizer que isso é tendência ou moda entre os jovens não é um sintoma, é a confirmação de que perdemos. Levar as pobres mulheres a recorrerem à chamada barriga de aluguel para conceber um filho para outra pessoa, e chamar a isso de liberdade quando na realidade e com total segurança esta mulher está vendendo uma vida que ela criou em si mesma para poder alimentar os que ele já tem em casa, é devastador, não consigo pensar em pior forma de escravidão. Eles investem o dinheiro que saqueiam do seu acordo e das suas condições de trabalho para pagar aos meios de comunicação que veem esse tipo de notícia, é uma derrota mais do que sangramento, é de partir o coração.

Sua única bandeira, cor e língua é o dólar, vamos cobri-lo com a bandeira da dignidade. Hoje em dia os estivadores de Bilbao estão em greve contra uma possível precariedade em seu porto, logo em outros também teremos movimento, qualquer concessão, qualquer sinal de que a precariedade pode se tornar a norma deve ser erradicado. A luta continua viva, uma questão de classe.

Lute, nossa própria existência é pura resistência, torne-a sua. Nem um passo atrás.

https://nuevarevolucion.es/la-estiba-en-lucha/?fbclid=IwAR1N-UXc9oV9VM-tr88zCkgMfXoBua6SpXdYYG2A7hm2_kLtqnv_HgXeplQ