Aqui e ali ainda encontramos, na imprensa, artigos e matérias que tentam mostrar a precariedade do sistema portuário brasileiro, especialmente em relação ao agronegócio.
Reconheço que ainda existem ineficiências que precisam ser tratadas, com brevidade, tanto pela iniciativa privada como pelo governo federal, tais como aumentar a capacidade de silagem (na produção) e viabilizar o escoamento da produção de soja do centro-oeste por hidrovia e ferrovia, rumo a terminais no Norte e Nordeste do país, respectivamente.
Mas não há como negar que o Plano Nacional de Dragagem, o Reporto, os projetos de expansão dos terminais de uso público e o atual marco regulatório permitiram avanços incontestáveis, em relação à eficiência do sistema portuário brasileiro.
Um bom exemplo disso é que os números divulgados, nesta manhã, pela Codesp, mostram que o porto de Santos continua oferecendo um bom serviço na exportação de produtos do agronegócio, especialmente a soja.
Os embarques do complexo soja alcançou índice de 39% até maio, com quase 9,7 milhões de toneladas embarcadas. Somente a soja em grãos acusou aumento de 40,6%, colocando Santos como o principal porto escoador da commodity, com 41,5% de participação no total nacional.
Outro destaque positivo foi o crescimento das cargas conteinerizadas, que alcançaram o total de 1,2 milhão de TEU, com aumento de 10,2%. A operação de mercadorias em contêineres atingiu, no período, cerca de 12,8 milhões de toneladas, um terço do total geral movimentado no Porto de Santos.
Mais importante de tudo, na minha opinião, o número de atracações chegou a 2.350 até maio, caindo 3,1% em relação ao ano anterior, o que representa o aumento da tonelagem média transportada por embarcação, reflexo das novas profundidades que permitem tanto o atendimento a navios de maior calado como otimizar as capacidades de transporte das embarcações.
Em outras palavras, com menos atracações maior volume de cargas foi movimentado, o que mostra que pode-se fazer mais com menos quando as operações são eficientes. O que não aconteceria se houvesse o tal do “colapso portuário”, algumas vezes anunciado.
José Augusto Valente – Diretor Executivo do Portal T1 e da TVT1
E só pesquisar com vontade ,para demonstrar contrariedade entre os dados e os discursos.
Em relação ao porto de Santos com a dragagem os navios para exportação de milho,soja e seus derivados ,farelo e outros e os de importações de fertilizantes estão sendo carregados com 21% a mais que antes do período pré dragagem. E no caso dos contêineres o cais santista vem sendo servido por linhas comerciais com navio de maior capacidade .
Nenhum comentário:
Postar um comentário