Trabalhadores portuários das companhias docas paralisaram as
atividades
em 22 portos do país por seis horas, das 7h às 13h.
Eles
reivindicam a implantação do plano de cargos,
carreira e salários,
uma
solução para a dívida bilionária do Portus
- o fundo de previdência
complementar da categoria -
e ainda a garantia de que a guarda portuária não
será privatizada.
Na quinta-feira, dia 30,
está programada outra paralisação,
desta vez por 24
horas.
No dia 4, haverá uma reunião na Federação Nacional dos Portuários
(FNP).
Caso os portuários não consigam estabelecer um cronograma de ação
com
o governo até lá,
prometem deflagrar greve por tempo indeterminado.
A estimativa é que oito mil profissionais cruzem os braços.
Eles não atuam
diretamente na movimentação de cargas.
"Mas a paralisação pode impactar
a operação",
diz o secretário-geral da FNP, Sérgio Giannetto.
Entre as
atividades realizadas por esses profissionais
estão a permissão para
atracação e desatracação de navios e
o controle de acesso de pessoas e
veículos ao cais.
O ponto mais complexo das reivindicações é a dívida do Portus.
O fundo de
pensão complementar está sob intervenção
da Superintendência Nacional de
Previdência Complementar (Previc)
desde agosto de 2011 e tem visto suas
reservas minguarem.
O Portus se diz credor de uma dívida de quase R$ 4
bilhões
que seria fruto da inadimplência das patrocinadoras
(as companhias
docas) e da União,
como sucessora da extinta Portobrás (antiga estatal
federal).
A intervenção já foi renovada seis vezes e vence no próximo dia 31.
Segundo a FNP, o Portus atende 11 mil portuários ativos e pensionistas.
Considerando os dependentes, são mais de 30 mil pessoas.
A categoria pede que o governo apresente os resultados do estudo
elaborado
por grupo interministerial para auditar a dívida do Portus.
"Não
queremos inviabilizar o país, queremos resolver o problema.
Existe uma
intervenção que não se resolve", diz Giannetto,
que também preside o
sindicato dos portuários do Rio de Janeiro.
Sobre a guarda portuária,
os trabalhadores querem mais participação na
definição das regras para exercer a atividade. No fim de 2013,
o governo
apresentou proposta que permite a contratação de segurança privada
para a
vigilância dos portos.
Os trabalhadores temem a privatização.
Os portuários
pedem ainda a implantação do plano de cargos e salários
, que, segundo
Giannetto, só Santos e Rio possuem.
A Secretaria de Portos informou estar ciente das reivindicações e que "vem mantendo diálogos com os trabalhadores, juntamente com a Secretaria Geral da Presidência da República". Informou que acompanha os desdobramentos do movimento. |
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Os
portuários de Santos
não aderiram à paralisação proposta pela Federação Nacional
dos Portuários (FNP)
que aconteceu no dia 24.
Segundo Edilson de Paula Machado,
primeiro-secretário do Sindicato dos Trabalhadores Administrativos em
Capatazia,
nos Terminais Privativos e Retroportuários e
na Administração em
Geral dos Serviços Portuários do Estado de São Paulo (Sindaport)
, a situação
dos trabalhadores de Santos é distinta do restante do País.
"A situação nossa é diferente de outros portos.
"A situação nossa é diferente de outros portos.
Temos algumas questões que
já estão resolvidas", afirmou Machado.
Segundo ele, reivindicação de um
Plano de Cargos,
Carreira e Salários (PCCS), por exemplo,
"já está 100%
resolvida para os portuários de Santos".
Mas não descartou a participação
dos trabalhadores no próximo ato que está sendo organizado pela FNP,
previsto
para acontecer na próxima quinta-feira 30.
"Temos assembleia programada
para o dia 27,
aí a categoria vai decidir se vai aderir a essa paralisação do
dia 30",
explicou.
De acordo com o sindicalista,
De acordo com o sindicalista,
uma das questões que os portuários de Santos
ainda precisam resolver
é a regulamentação das atividades da Guarda Portuária.
Esse tema nos interessa.
O Sindaport representa cerca de 1.500 trabalhadores da Codesp,
O Sindaport representa cerca de 1.500 trabalhadores da Codesp,
que é a
administradora do Porto de Santos.
Fonte: Valor econômico e Agência Estado
Fonte: Valor econômico e Agência Estado
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