19 de jan. de 2015

O Rumo dos Ventos

Me deixe livre de suas mãos
Desta sala escura e solitária
Projeto uma sombra melancólica
E meus olhos são espelhos
Do mundo lá fora
É um tanto engraçado, este sentimento aqui dentro
Eu não sou um daqueles, que conseguem facilmente esconder
Você sabe que não pode me segurar eternamente
Eu não assinei contrato com você
Imaginando o caminho
No qual o vento pode mudar de rumo
E estas sombras mudam
Eu sei que isso não é muito, mas é o melhor que posso fazer
Eu me sento no convés
Sonhando com o dia
Em que esta porta vai se abrir
E ele poderá abrir
E voará para longe novamente
A onde os cães dos capitães do mato
Não tem pés
Além dos sonhos
que você deixou há tanto tempo para trás
Conheço o sol da manhã
Sinto a chuva
 numa brisa de verâo
O  calor  sai suavemente
E é pra mim que eu preciso mostrar
Como é profundo
Eu realmente preciso descobrir
Pois vivemos num mundo de tolos
Que  destroem com prazer os sonhos dos outros  
Deixe me acordar de manhã
E sentir o cheiro do cais
Para rir e chorar, viver e morrer
Na luz do meu dia
Eu quero ouvir os apitos repicando
Dos Navios e rebocadores
O diretor berrar Cambio para o trabalho
Correr ate a escada de portolo
Escolher o lado de mar
E ver de camarote a lingada  entrar
Mas mais que tudo... isso me liberta

Eu finalmente decidi que o meu futuro está
Além da amurada ou da catraca
na leitura entrando de cabeça nos Livros e na Net
Eu viajo me desloco pelos continentes
Eu aposto que  tentara derrubar  essa asa

E isso não e uma piada
Eu tenho sofrido com esse modo de pensar
Mas agora está tudo bem, tudo certo
Você pode olhar de outra forma
Nós podemos tentar entender
Mas eu não percebi
Quanto os oceanos são distantes
As informações estão no  meu cérebro
Não tem escapatória
Foram bons tempos
Mas você está negociando com um homem louco o preço
Como irremediavelmente estou perdido
Mas não posso desistir
E então eu desperto
Ouvindo historias de um outro alguém
 é somente uma mentira
Eu ainda tenho de decidir
Não estou com medo
Enxugando minhas lágrimas que choro
É aquela época do ano de ficar solitário
E aquela tempestade vai soprar
E o gringo a Gritar

Os tampões a gemer a luz a se esconder
E num pique na escada quebra peito a vencer 

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