Numa
bela quarta entre o fim da tarde e o início da noite na bucólica paulicéia desvairada,
mas precisamente entre a Avenida paulista e a rua Padre da Nobrega .
Se
concretizou a labuta descrita a seis mãos
,
iniciada em 2008 com uma pesquisa na UNIFESP desbravando o "Porto de Santos e seus homens trabalhadores",no
lançamento mais esperada na beira do cais Santista .
Na livraria Martins Fontes
se deu o beu prazer de degustar com os
olhos .
O Best seller " Porto de Santos saúde e trabalho em tempos de
modernização "de Maria de Fátima
Ferreira Queiróz, Rosana Machin e Marcia Thereza Couto
Este
livro procura investigar as singularidades do processo de modernização do Porto de Santos, sobretudo
com as transformações socioeconômicas ocorridas no país nos anos 1990, e suas
consequências para a saúde dos trabalhadores.
Os
autores questionam como uma categoria profissional associada à valorização de
atributos morais como coragem, força, honra e virilidade – e cuja representação
predominante no imaginário social ainda é vinculada a atividades essencialmente
masculinas e baseadas na força muscular – tem lidado com a modernização e com a
nova gestão do emprego portuário.
O
resultado é uma profícua análise de como tais mudanças ecoam nas formas de
sociabilidade e, também, nas experiências fisiológicas, orgânicas e simbólicas
de saúde e adoecimento.
A redução da força de trabalho, a ampliação das
inovações tecnológicas, a flexibilização e a desregulamentação dos direitos sociais
e a introdução de novas formas de gestão são exemplos de medidas que vêm
evidenciando uma intensa transformação, caracterizada por precarização,
automação e heterogeneização do trabalho.
Ancorada
na articulação entre ciências da saúde e ciências sociais em saúde, esta obra
oferece uma visão interdisciplinar que associa diferentes olhares sobre a
modernização portuária.
A
investigação de pesquisadores com sólidas formações em suas áreas específicas é
combinada com a narrativa dos próprios operários do porto, que se colocam em face de
uma realidade de perdas e desestruturações do seu trabalho, percebido como uma
atividade complexa, gigantesca, por vezes penosa, mas da qual sobressai a ideia
de gosto e satisfação.
Partindo
do trabalho portuário ate 1970,contexto Internacional e nacional , passando
pelo processo de modernização os
reflexos na organização do trabalho chegando na atualidade do trabalho avulso.
As
condições do trabalho na abordagem ergonômica ,as transformações do processo de
escalação uma etnografia da roda
grande do picote ao top on line.
Claro
não esquecendo da família nossa identidade, as influencias na saúde , o sofrimento com os acidentes.
Vida
dura mas não bandida com fadiga mas com o orgulho no rosto agradecendo por poder degustar essa magnífica
obra organizada a seis mãos .
imagens Aina Cabral




Nenhum comentário:
Postar um comentário