28 de abr. de 2017

Strike Santos Port 28/4

A  tese defendida pelo Ministro Gilmar Mendes, de que “por definição a greve é uma opção de risco”, admitindo, com todas as letras, constitui “um instrumento necessário à ponderação de interesses em choque a fim de chegar-se ao fim da paralisação”.Ou seja, fica clara a intenção explícita do STF,  “desestimular greves ”.
Se vão perder os salários mesmo, o acordado sobre o legislado, fatiar as férias em 3 vezes quando o empregador desejar ,trabalho intermitente e home office , dificultar o acesso a justiça do trabalho ,gestante em trabalho insalubre ,terceirização e  fim da obrigatoriedade da contribuição sindical .No Brasil existem 5.190 sindicatos de empregadores e 11327 de trabalhadores .Então realizar  greves com conteúdo social  e fora dos limites de atuação de uma categoria profissional não necessitam manter algum percentual de trabalhadores em atividade.
Mas voltando a terra .
O Rio de Janeiro  , São Paulo e Espirito Santo registraram as maiores cenas de repressão e violência registradas nos protestos desta sexta-feira 28 de Abril .Coincidência nestes estados  seus governadores apoiam o governo Temer .

Em Santos não foi diferente maior porto do Brasil e com uma das policias doutrinadas na escola sem partido .Cenas cotidianas se misturaram com momentos de reflexão , a tempo se pergunta qual o procedimento padrão da guarda municipal santista agora o que mais chamo atenção foi novamente a Guarda Portuária .

Subindo em equipamento de embarque de navio .Alguns acreditam que era para treinamento e no futuro operarem durante paralisações para outros foram solicitar o autografo do cidadão de bem que não quer se aposentar aos 70 ou vir há trabalhar por um salario mínimo . Os portuários participaram do  movimento , assim menos os puros sangue ,categoria diferenciada , não se interessam pelas perdas da clt e da previdência .
 Voltando ao padrão  de desmobilização de obstrução de vias ,
Às 7h30, os manifestantes atearam fogo em pneus e pedaços de madeira ,15 minutos depois, oficias  policia militar foram conversar para pedir a liberação da via e deram um prazo de 20 minutos para abertura.
Com a negativa dos manifestantes, a Polícia Militar acionou a tropa de choque, que entrou em confronto com os estivadores. Os policiais utilizaram bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha , mas não esperavam receber bolinhas de gude , pedras ,  fogos de artificio e bombas.
Poucos minutos após o início do confronto, o choque recebeu o reforço da cavalaria. Um trabalhador deixou o local com a cabeça sangrando, o mesmo não estava participando dos protestos, mas foi atingido por um golpe de espada por um policial da cavalaria.
Na praça Mauá uma ruga não bem curada voltou a se chocar , a guarda municipal santista conseguiu algo histórico confronto na frente da prefeitura de Santos , nove estivadores foram  detidos  e  vários trabalhadores ficaram feridos.

O presidente do Sindicato dos Operários Portuários de Santos e Região (Sintraport), Claudiomiro Machado 'Miro' , um diretor e mais dois funcionários ligados ao Sintraport foram agredidos , sem qualquer chance de defesa ou resistência, pelos policiais em frente à sede da entidade sindical . Câmeras de monitoramento flagraram parte da ação  .

Fruto deste modelo de modernização de relação intrapessoal o  trabalhador de capatazia Josivaldo Rodrigues de Jesus, 43 anos, corre risco de perder a vista direita, por conta das pancadas que levou no rosto, cabeça e demais parte do corpo .

Deixando transparecer ao portuário que o risco e seu maior companheiro tanto no trabalho quanto nos momentos de reinvindicação .

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