13 de fev. de 2018

O Carnaval Portuário


A tradição do "pode tudo" é uma marca de carnaval  onde estivador vira mestre  e conduz o pavilhão .
O festejo  que da prazeres onde se pode desfrutar da    magia da passarela em troca mesmo que  seja somente de  alguns dias do trabalho pesado ,perigo (insalubre e periculoso), compromissos e das  restrições .

Para min, o carnaval e sinônimo de alegria, prazer e descontração. Mas para alguns e de permissividade e imprudência .Mais para outros e uma forma cultural de cutucar a sociedade brasileira como fez a Paraíso  Tuiuti e a Beija Flor .Pena que nos sambódromos que desfilei essa função não foi tão bem explorada .
O espaço público do cais, o estivador   crítica  a ganancia do empregador o continuísmo sindical e  o inchaço operacional das escalas cada vez mais quilométricas  , tornando o ogmo num bloco de pode tudo .Igualmente a violência  burocrática  dissimuladas por máscaras  a cada capa de revista tornando o pierrô em um mero carregador de mala  e a colombina numa dona de casa da luz vermelha dobrando o tempo da permuta e o Alecrim continua pedalando de um ponto ao outro ,na beira do cais ,em busca do sustento de sua família .

Num momento de retrocesso de direitos  de desmonte do terno ,da avulsabilidade , escancaram-se as fissuras da instituição criada para proteger  os TPAs .
 O carnaval lava a alma  e faz seus foliões viajarem para outros portos , onde não se levantam falsos  argumentos .
Na teoria do domínio do fato,onde seu terminal e Automatizado , fundamenta, sob o fato da teorização, emitindo a ordem, tão chamuscada pela proibição de portar celulares .Equipamento que envergonha a política de manipular, ocultar ou turbinar visões . Deixando para trás da corda os fake news portuários .
Voltando a realidade nua e crua no dia 9 de fevereiro foi novamente noticia a queda dos 46 contêineres do navio Log-In Pantanal ao mar,  foi causada por negligência da tripulação. Esta é a conclusão do inquérito aberto pela Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), que investigou o episódio. O comandante da embarcação , imediato,o primeiro e segundo oficial de náutica do cargueiro como  responsáveis, agora, segue para julgamento do Tribunal Marítimo.
Isto sim daria um belo Samba enredo .
Faria o sambódromo Drauzio da Cruz tremer e o povo da Zona Noroeste a aplaudir .
Quem sabe em 2019....

No cais cinzento santista
Onde estava a estiva
Um conteiner também vivia
Juntos no convés  ou no poão
No banho de sereno
E também na apeação

Dançavam juntos
Em todo terno

E no costado, contramestre e o conferente
Cantavam 
Se liga na manobra 
Nas festa da saída

Mas loucamente  na barra
Teve seu amor roubado
Por uma onda faraonica
E foi-se embora
Passear no canal de navegação
Doando bicicletas e ar condicionados 
Já não era mais aquele

E o estivador chio

Até que um dia a marinha
Lá no cais apareceu
Ao ver sua estivagem
Pro navio correu

Pediu  varão pediu castanha  
Mas o marinheiro não deu
enquanto isso

Desesperado o conteiner esta no mar a vagar
E o estivador ficou no cais a cantar
Se liga na manobra 




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