8 de nov. de 2018

Bagrinhos cruzam os braços em Setúbal

Estivadores estão a ver navios no  Porto de Setúbal , literalmente
O desentendimento entre os estivadores e a empresa de trabalho portuário, Operestiva, por causa dos contratos de trabalho é cada vez maior e, na segunda-feira, azedou de vez o caldo do frango. Foi declarada  cruzada de braços  geral e não se sabe quando o porto vai estar com as mãos na lingada.
O movimento de cargas e descargas no terminal de conteineres e automóveis no Porto de Setúbal está parado desde  segunda-feira. Os estivadores ligados à empresa Operestiva desentenderam-se com a administração e avançaram para uma paralisação social . Com isto, neste momento estão sete navios parados no porto, sendo dois deles  roro.

Fonte próxima da empresa diz que os estivadores “não estão preocupados com a crise financeira que podem causar ao Porto de Setúbal”, enquanto os estivadores afirmam não abrir mão de serem solidários uns com os outros. “Não aceitamos que nenhum estivador eventual fique prejudicado, diz um dos trabalhadores que está a par da reunião que decorreu ontem à tarde entre dirigentes do Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística (SEAL), representantes de estivadores e o diretor-geral do Terminal da Sadoport, comandante Ignácio Rodriguez.

O mais recente  disputa de braço de ferro entre os estivadores e a empresa de trabalho portuário Operestiva – com as operadoras portuárias Sadoport e Naviport relacionadas – veio quando as administrações quiseram avançar com contratos de trabalho para efetivar trinta estivadores dos cerca de cem que ali trabalham. O SEAL contestou, os trabalhadores protestaram, e os ânimos subiram as paredes  semana passada com as administrações de acusarem os estivadores de intimidação. Estes negaram e acusaram por sua vez as empresas de “pressionar” estivadores para assinarem contratos sem termo, mais ainda durante a vigência do pré-aviso de greve às horas suplementares.

Mas ao que parece, dos trinta trabalhadores escolhidos para assinar contrato, cerca de seis estiveram quase a fazê-lo contra a vontade dos colegas. Entretanto uns desistiram mas ficou a suspeita que um ou dois tenham mesmo assinado, o que irritou os estivadores. Dai até convocarem a paralisação total foi apenas algumas horas.

“Os trabalhadores pretendem que as empresas declarem, por escrito, que não existem contratos de trabalho assinados e que não vão continuar a ser pressionados para assinar”, diz António Mariano, presidente do SEAL que esteve na reunião.

Se as empresas não fizerem essa declaração “vamos continuar em greve total por tempo indefinido”, garante um dos estivadores. “E se houver contratos que foram assinados agora, têm de ser revogados”. Para os estivadores um dado é certo, “só haverá entendimento quando aceitarem fazer contratos de trabalho a termo certo para 56 estivadores, e garantir que os que ficarem como eventuais fazem um turno ao dia ”.

Ora ao que O SETUBALENSE-DIÁRIO DA REGIÃO sabe, haverá mesmo contratos assinados e fonte próxima da Operestiva confirma que na reunião de ontem o SEAL e trabalhadores “exigiram que a empresa cancele os contratos de trabalho que livremente foram assinados”. Sobre o desenrolar dos fatos, infere que Porto de Setúbal “vai perder ainda mais carga para além daquela que tem perdido” e acrescenta que “vários operadores já desviaram os navios para o porto de Sines e outros da Espanha”.
Uma coisa e certa e isso não muda não importa o pais,idioma ou continente a mídia sempre ....... 
Cada porto tem sua cultura própria baseada num convívio social consolidado na coletividade e esta união que os gestores ,homens de confiança das empresas , por serem criados em uma cultura individualista  , desejam extinguir .
Com a reforma legislativa do setor de 1993, que levou à extinção dos anteriores Organismos de Gestão da Mão-de-obra Portuária (a Portgest, no caso de Setúbal).
O sistema de colocação de mão-de-obra no Porto de Setúbal, com duas Empresas de Trabalho Portuário,nosso popular Ogmo e inédito ,  a: Operestiva (detida pela Navipor - do Grupo Navigomes -, Sapec e Luís Filipe Gomes) e Setulpor (Setefrete, ETT e Liscont). Em todos os outros portos portugueses, apenas uma empresa cede mão-de-obra para as operações de carga e descarga nos portos ,como nos portos organizados brasileiros  .
Mas quase teve 3 Orgãos gestores de mão de obra portuária , a justiça e que não deixou .

Uma grande curiosidade na terra de Manuel maria Barbosa du Bocage e sua ferozes sátiras , mas o interessante que não se trata de um obra literária deste ícone de seu tempo .
Nem uma resenha pre moldada num cop cola  de Queixumes do Pastor Elmano contra  a falsidade da Pastora Urselina fixada e misturada ao bel prazer das magoas Amorosas de Elmano  na conclusão A morte de Dona Ignez.
Mas uma coisa e certa ,dará um belo livro , o desrespeito social que passa  na pele as filhas e filhos de Setúbal .

Mais voltando a atualidade os bagrinhos do porto de Setúbal levaram seu movimento social do gate do porto para a porta do operestiva , no bairro do Liceu  ,exigindo o fim do assedio e a abertura de negociações para um respeitoso e descente contrato coletivo de trabalho  .

Bagrinho = precario ou eventual .
https://www.diariodaregiao.pt/2018/11/07/estivadores-paralisam-grande-parte-do-porto-de-setubal/?fbclid=IwAR1OH79utP22GGDmuq4k6INLIuJmccy_ZkolVw-suXRv-8rD9dRtHdRkPI4

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